A educação em saúde representa um novo paradigma para organizar as ações de cuidado, buscando inverter na lógica do tratamento tradicional, curativo e prescritivo, pelo tratamento dialógico e transformador, que busca reordenar as práticas com a possibilidade de trabalhar com os determinantes e condicionantes de saúde com vistas ao empoderamento do sujeito e promoção da saúde. Superar a lógica de trabalho na educação em saúde perpassa pelo entendimento de que ações de prevenção estão centradas nas orientações que buscam a mudança de comportamento para evitar as doenças. Na visão tradicional, o poder está nos profissionais e as ações de promoção da saúde estão centradas nas pessoas. Sob nova visão, buscam-se as mudanças de comportamento, buscando o poder que está nas pessoas e na comunidade. Para discutir as diretrizes e organização de uma equipe de ESF, utilizou-se como base os documentos do Ministério da Saúde sendo a Portaria 2488/11 e as Leis 8080/90 e 8142/90. Neste sentido a Estratégia Saúde da Família (ESF) como referência na atenção básica, representa consolidar os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), observando um alto grau de capilaridade e resolutividade. Assim, este trabalho objetivou conhecer de que forma as ações de educação em saúde estão sendo desenvolvidas no cotidiano de uma equipe de Saúde da Família, no município de Guarani das Missões/RS. Os pressupostos teóricos referenciados no diálogo da educação em saúde foram: Freire (2008), Vasconcelos (1997, 2001 e 2007) e Streck (2000) entre outros, com nestes elementos buscou-se identificar as concepções dos profissionais acerca do processo de educação em saúde e revelar como as práticas estão inseridas no cotidiano da equipe. Com este objetivo foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, obtendo-se os dados através da técnica de observação e de uma entrevista semi-estruturada, realizada junto aos participantes da equipe estudada. Para análise do material utilizou-se o método análise de conteúdo, sendo utilizado o referencial teórico de Minayo (1998, 2001 e 2010) e Gil (2010). Os resultados foram organizados em três momentos, primeiramente, procurou-se identificar qual é o perfil da equipe e os processos de planejamento, relacionando-se tudo isso com as recomendações dispostas na Política Nacional de Atenção Básica. Em um segundo momento, observou-se e se identificou as concepções sobre educação em saúde, as percepções relacionadas à prática, além das dificuldades e quais são as potencialidades inseridas ao processo de educação em saúde. Neste estudo surgiram diferentes concepções e práticas relacionadas ao processo de educação em saúde, mostrando possibilidades de problematizar questões frente às características relacionadas ao cuidado. Pode-se dizer que a atuação da equipe de ESF mantém o modelo tradicional com atividades voltadas para a cura de doenças e orientações de prevenção a riscos específicos. No entanto, também foram identificadas atividades educativas, que proporcionam um processo de transformação e empoderamento, voltadas a um modelo dialógico. / 81 f.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:bibliodigital.unijui.edu.br:123456789/4972 |
Date | 07 May 2018 |
Creators | Carvalho, Juliana Virgínia Gomes |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UNIJUI, instname:Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, instacron:UNIJUI |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.002 seconds