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Constrangimentos músculo-esqueléticos da equipe de enfermagem

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. / Made available in DSpace on 2012-10-20T17:54:17Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / O presente trabalho se refere a um estudo observacional descritivo de caso, que teve como objetivo principal avaliar os constrangimentos músculos-equeléticos, associados às atividades laborais da equipe de enfermagem em hospitais da rede pública da Baixada Santista. Nesse sentido, buscou-se, com ênfase nas cargas físicas que esses profissionais estão sujeitos em suas atividades de rotina, no âmbito desses hospitais, levantar as seguintes informações: a freqüência de queixas de dor e/ou desconforto percebidas em diferentes partes do corpo; a identificação de posturas de riscos; a determinação do gasto energético despendido; e, fatores referentes às condições oferecidas nos diversos ambientes de atuação. A pesquisa contou com 22 (vinte e dois) funcionários, entre técnicos, auxiliares e enfermeiros, onde foram aplicados questionários, um diagrama corporal, para a identificação do desconforto corporal, entrevistas e observações diretas. Para a determinação do gasto energético foi utilizado um pedômetro, em conjunto com o protocolo de Lehman. As avaliações quanto ao transporte de "cargas" foi baseado no método da NIOSH e, das posturas corporais adotadas, pelo método OWAS. Da análise dos resultados percebe-se uma predominância de trabalhadores do sexo feminino, apesar de muitas das atividades laborais serem consideradas "pesadas", principalmente, determinada pelo tipo e condições apresentados pelos pacientes internados, geralmente obesos. Aliado a isso, os hospitais possuem um quadro de profissionais bastante reduzidos, com baixos salários e, por isso, com dupla jornada de trabalho, o que vem acarretar excesso de carga física, mental e psicológica, onde a ocorrência de erros é uma conseqüência direta. Também, há um aumento crescente da complexidade das técnicas médicas, onde o profissional não tem um acompanhamento ou aperfeiçoamento técnico específico. A mão de obra é considerada pouco qualificada, onde a grande maioria dos integrantes da equipe é composta por auxiliares de enfermagem. As posturas inadequadas estão presentes, praticamente, em toda a jornada de trabalho, principalmente nos transportes e manipulação de pacientes, além do excesso de tempo que permanecem em pé. Os mobiliários são geralmente inadequados para o profissional, os espaços de trabalho são pequenos, há a sujeição a riscos de natureza ambiental, o que contribui para inadequações do trabalho de todos os tipos. Em conseqüência disso, foi levantado um alto número de queixas de dor e desconforto postural, além da alta incidência de doenças ocupacionais. Por fim, como é do conhecimento de muitos, há um déficit importante de investimentos no setor como um todo, são poucas as pesquisas em ergonomia aplicadas na área, o que contribui para uma estagnação dessa profissão e do baixo status social que a eles são, historicamente, relegados.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/85360
Date January 2003
CreatorsBoaretto, Jusciliano
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Moro, Antônio Renato Pereira
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatxiv, 72 f.| il., tabs., grafs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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