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Conspirações da "raça de cor" : escravidão, liberdade e tensões raciais em Santiago de Cuba (1864-1881) / Conspiracies of "colored race" : slavery, freedom and racial tensions in Santiago de Cuba (1864-1881)

Orientador: Sidney Chalhoub / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-22T10:01:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: Entre 1864 e 1881, a jurisdição de Santiago de Cuba, situada na região oriental da ilha, foi palco de conspirações e insurreições antiescravistas e anticoloniais. Em 1867, foi descoberto um plano de sublevação envolvendo escravos e livres de cor com o objetivo de pôr fim à escravidão; nos anos seguintes, a região seria o cenário de duas guerras anticoloniais: a Guerra de Dez Anos (1868-1878) e a Guerra Pequena (1879-1880). Nos conflitos, houve grande mobilização de escravos e livres de cor e os insurretos lograram formar um Exército Libertador multirracial. Estas insurreições forçaram a Espanha a encaminhar a emancipação gradual da escravidão e foram marcadas pela emergência de líderes negros e mulatos que pautaram a luta contra o domínio colonial, a escravidão e as barreiras raciais. Em 1880-1881, após ser aprovado o Patronato (última lei de emancipação), as autoridades espanholas promoveram uma violenta repressão a uma suposta "conspiração da gente de cor" e a deportação de centenas de negros e mulatos para Fernando Pó, na Costa da Guiné. Através destes episódios, investigados a partir de uma vasta documentação, que inclui textos de viajantes, testamentos, censos, processos instaurados pela Comissão Militar, correspondências de autoridades coloniais e debates parlamentares, discuto como uma parte da população de cor passou a reivindicar a identidade racial. Para isto, analiso o complexo sistema de classificação racial em Cuba e as diversas clivagens internas à população de cor, as transformações no vocabulário político dos não brancos e a aproximação entre negros e mulatos para fins de mobilização política. Concluo argumentando que, entre 1864-1881, quando se fortaleceram as críticas à escravidão e foram aprovadas leis de emancipação gradual, houve o recrudescimento das linhas raciais em Santiago de Cuba, ao mesmo tempo em que, junto à formação da identidade nacional que se forjava nas lutas anticoloniais, negros e mulatos se unificavam reivindicando o pertencimento à "raça de cor" / Abstract: Between 1864 and 1881, the jurisdiction of Santiago de Cuba, located in the eastern region of the island was the scene of antislavery and anticolonial conspiracies and insurrections. In 1867, a plan was discovered for an uprising involving slaves and free people of color with the goal of putting an end to slavery; in the following years, the region would be the scene of two anticolonial wars: the Ten Years' War (1868-1878) and the Small War (1879-1880). In these conflicts, there was great mobilization of slaves and free people of color and the insurgents managed to form a multiracial Liberation Army. These insurrections forced Spain to move towards the gradual emancipation of slavery and were marked by the emergence of black and mulatto leaders who highlighted the struggle against colonial rule, slavery and racial barriers. In 1880-1881, after the approval of the Patronato (the last emancipation law), the Spanish authorities promoted a violent repression of an alleged "conspiracy of people of color" and the deportation of hundreds of blacks and mulattos to Fernando Po, on the Guinea Coast. Through these episodes, investigated from an extensive documentation, which includes texts of travelers, wills, censuses, military commission prosecutions, correspondence of colonial authorities and parliamentary debates, I discuss how a part of the population of people of color began to claim racial identity. To this, I discuss the complex system of racial classification in Cuba and the various internal divisions of the population of people of color, changes in the political vocabulary of nonwhites and rapprochement between blacks and mulattoes for purposes of political mobilization. I conclude by arguing that, between 1864-1881, when criticism of slavery was strengthened and laws of gradual emancipation were enacted, there was an upsurge in racial lines in Santiago de Cuba, at the same time that both the formation of the national identity was forged in the anti-colonial struggles and blacks and mulattos were unified affirming membership in the "colored race" / Doutorado / Historia Social / Doutora em História

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/280974
Date22 August 2018
CreatorsMata, Iacy Maia, 1973-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Chalhoub, Sidney, 1957-, Guimaraes, Antonio Sergio, Reis, João José, Albuquerque, Wlamyra Ribeiro de, Slenes, Robert Wayne Andrew
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format255 p., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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