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Previous issue date: 2005 / A sepse apresenta crescente incidência e elevada morbidade e mortalidade,
sendo a principal causa de óbito nas unidades de terapia intensiva. O controle
da infecção depende do adequado reconhecimento dos microrganismos pelas
células do hospedeiro e de resposta efetora competente. Paradoxalmente, na
sepse, os mecanismos de proteção estão também envolvidos no processo de
doença, sendo o limite entre resposta protetora e de lesão ainda impreciso.
Objetivos: Avaliar o estado de ativação dos neutrófilos no continuum da sepse
através da expressão de receptores de superfície e do metabolismo oxidativo;
avaliar o estado de ativação de monócitos pelo metabolismo oxidativo; avaliar a
associação do estado de ativação com disfunção orgânica. Métodos: Foram
incluídos 41 pacientes sendo 14 em sepse, 12 em sepse grave e 15 em choque
séptico, classificados de acordo com o consenso de 1992. Também foram
incluídos 17 voluntários sadios (grupo controle). Por citometria de fluxo, foram
estudadas a expressão dos receptores TLR2, TLR4, CD11b, CD11c e CD66b
na superfície de neutrófilos em sangue total, e foi avaliada a produção de
espécies reativas de oxigênio em neutrófilos e monócitos através da oxidação
de DCFH em sangue total. Disfunção orgânica foi mensurada pelo SOFA.
Resultados: Houve diminuição da expressão de TLR2 (p=0,05) e tendência a
diminuição de TLR4 (0,06) no grupo de choque séptico em relação aos
indivíduos sadios. Não houve diferença na expressão de CD11b e CD11c.
Houve aumento da expressão de CD66b no conjunto de pacientes em relação
ao grupo controle (p=0,01). O metabolismo oxidativo de neutrófilos foi maior no
conjunto de pacientes em relação ao grupo controle na condição basal e após
estímulos com PMA, fMLP, LPS e S. aureus (p<0,001 em todas as condições).
O metabolismo oxidativo de monócitos também foi significativamente menor no
conjunto de pacientes em todas as condições testadas (p<0,01). O
metabolismo oxidativo em neutrófilos na sepse grave foi maior que o grupo
controle em todas as condições, entretanto foi menor que o grupo de sepse
após estímulo com PMA (p=0,04) e menor que o grupo de choque séptico após
LPS (p=0,02) e S. aureus (p=0,04). O mesmo foi observado no metabolismo de
monócitos na sepse grave em relação ao grupo de sepse após LPS (p=0,01) e
ao grupo de choque séptico em relação a fMLP (p=0,03) e LPS (p=0,008).
Houve correlação forte entre metabolismo oxidativo de neutrófilos e monócitos
SOFA foi capaz de discriminar entre sobreviventes e não sobreviventes com
curva ROC de 0,78 (p=0,02). Houve correlação entre disfunção de órgãos e
metabolismo oxidativo em neutrófilos e monócitos nos grupos de sepse grave e
choque séptico, embora o metabolismo oxidativo tenha sido maior no grupo de
choque séptico. O metabolismo oxidativo do grupo de sepse esteve igualmente
aumentado em relação ao grupo de choque séptico, porém o primeiro não
desenvolve disfunção orgânica. Conclusões: Observou-se maior estado de
ativação de neutrófilos e monócitos na sepse avaliados pelo maior metabolismo
oxidativo. Todavia, nas fases iniciais da sepse a produção elevada de espécies
reativas de oxigênio está relacionada a uma resposta efetiva para resolução do
processo infeccioso e em fases mais avançadas parece estar relacionada a
maior dano tecidual com conseqüente aumento do número de disfunções e
morte. Dessa forma, a produção de espécies reativas de oxigênio no continuum
da sepse deve ser interpretada à luz da observação clinica. / Sepsis is the leading cause of mortality in Intensive Care Unit. Sepsis morbidity
and mortality are increasing through years. Infection control depends on
adequate microbes recognition and satisfactory cell activation. Paradoxically it
has been seen that in sepse cell activation can be both good and harmful to the
host. Objectives: To evaluate neutrophil activation in the continuum of sepsis
measuring cell surface receptors and oxidative metabolism; to evaluate
monocyte activation measuring oxidative metabolism; to evaluate the
correlation between cell activation and organ dysfunction. Methods: Regarding
the 1992 ACCP/SCCM consensus, 41 patients were included: 14 with sepsis,
12 with severe sepsis and 15 with septic shock. 17 healthy volunteers were
included as control group. TLR2, TLR4, CD11b, CD11c and CD66b expression
on neutrophil surface using whole blood were measured using flow cytometry.
Reactive oxygen species formation due to DCFH oxidation was also measured
by flow cytometry. Organ dysfunction was characterized and measured using
SOFA score. Results: It was observed diminished TLR2 and TLR4 expression
in septic shock compared to healthy volunteers (p=0.05 and p=0.06,
respectively). There were no differences found in CD11b and CD11c
expression. CD66b expression was increased comparing the whole group of
patients and the control group (p=0.01). Neutrophil oxidative burst has been
increased in the whole group of patients compared to the control group at
baseline and under PMA, fMLP, LPS and S. aureus stimulation (p<0.001 for all
conditions tested). Monocyte oxidative metabolism was also significantly
increased in the whole patient group compared to the control group in all
conditions tested (p<0,01). Neutrophil and monocyte oxidative metabolismo due
to PMA, LPS and S.aureus stimulation in severe sepsis have been diminished
compared to sepsis and septic shock. A strong correlation was observed
between neutrophil and monocyte oxidative metabolism. SOFA score
discriminated patients between survivors and non survivors (ROC curve was
0.78; p=0.02). It has been observed positive correlation between organ
dysfunction and oxidative metabolism in neutrophils and monocytes considering
severe sepsis and septic shock. However, despite oxidative burst in sepsis has
been as high as in septic shock, no organ dysfunction was found in sepsis.
Conclusions: Neutrophils and monocytes are activated in the continuum of
sepsis considering reactive oxygen species formation. Nonetheless, in the
onset of sepsis increased oxidative metabolism was probably involved in
resolution of the infectious course, but on late stages of sepsis it was
associated with tissue damage and consequently organ dysfunction and death.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unifesp.br:11600/39357 |
Date | January 2005 |
Creators | Martins, Paulo Sergio [UNIFESP] |
Contributors | Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Salomão, Reinaldo [UNIFESP] |
Publisher | Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 185 f. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UNIFESP, instname:Universidade Federal de São Paulo, instacron:UNIFESP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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