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Produção oral de alunos ativos e reflexivos no pequeno e no grande grupo em aula de lingua estrangeira : sua atitude em relação ao trabalho em pequeno grupo

Orientador: John Robert Schmitz / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos de Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-22T07:19:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1997 / Resumo: As tendências educacionais humanistas, que visam à participação ativa do aluno, à valorização de suas experiências, à comunicação interpessoal - aliadas à teoria dos atos de fala, que apontam para o poder e ação inerentes ao enunciado - foram embasadoras, da chamada abordagem comunicativa de ensino de línguas. Entretanto, a sua implementação é dificultada pelas características próprias do ensino formal e do grande grupo, pela assimetria na relação professor / alunos, pelo padrão rígido de interação nesse contexto, pela pressão de tempo / conteúdo. O pequeno grupo surge como viabilizador de alguns desses princípios defendidos por essa abordagem, que são incompatíveis ao grande grupo da sala de aula. Long e Porter (1985) argumentam que a sua utilização pode aumentar a quantidade e qualidade na fala do aluno, tomar a instrução mais individualizada, promover clima mais positivo e motivador. Com o objetivo de determinar os benefícios do trabalho em pequeno grupo, levou-se em consideração três questões centrais: (a) a participação oral do aluno no pequeno grupo e na classe toda, analisada em três aspectos: quantidade, qualidade e variedade; (b) a atitude do aluno em relação ao trabalho em pequeno grupo e, (c) as diferenças individuais quanto à preferência pela ação ou reflexão que podem favorecer, ou não as questões elencadas nos itens (a) e (b). Os dados, coletados no quarto semestre de um curso de língua inglesa, em uma universidade, serviram aos seguintes propósitos: (1) um questionário para identificar e selecionar, como sujeitos, três alunos com preferências nitidamente voltadas para a ação e, três, para reflexão; (2) observação para identificar as preferências individuais; (3) uma entrevista pessoal e diário mantido pelos alunos para apontar os barreiras lingüísticas e emocionais no processo de aprendizagem e revelar a sua atitude em relação ao trabalho em grupos. Os resultados obtidos confirmam que é, realmente, nos pequenos grupos que os alunos têm participação significativamente maior e mais rica, conforme predito por Long e Porter (1985). Embora o desempenho oral dos alunos ativos tenha predominado, nas duas formações de aula - pequeno ou grande grupo - a distribuição das falas foi muito mais equilibrada nos pequenos grupos. Quanto à atitude dos alunos ao trabalho em grupos, os alunos reflexivos, que praticamente só participam no pequeno grupo, (participaram muito pouco do grande grupo) foram justamente os que manifestaram atitude mais critica e desfavorável. Os alunos ativos confirmaram o argumento de Long e Porter de que o trabalho em pequenos grupos promova clima mais positivo e motivador. Entretanto esse argumento não deve ser generalizado, porque não se aplica a alguns alunos com acentuada preferência pela reflexão. Esses dados, mesmo constituindo uma pequena amostra, apontam para os efeitos adversos de se adotar, qualquer que seja, um método padronizado e imposto a todos, sem distinção e respeito pela diversidade quanto às preferências individuais. A obrigatoriedade de produção oral imediata pode minar as atividades de reflexão e de considerações lingüísticas, importantes para os alunos reflexivos, e a insistência no aspecto social, interativo e pessoal, pode causar constrangimento em alunos que prezam a sua privacidade / Abstract: Both the humanistic orientation in education which values the leamer's experiences and promotes interpersonal communication and the speech act theory which stresses the force and action inherent to the word - provided the foundation for the communicative approach in language teaching. However, there are barriers to its implementation, partly, due to the characteristics of the formal instruction and of the lockstep mode of teaching: the asymmetry in the student / teacher relation, the rigid pattern of interaction, the pressure of time / content. The small group emerges as a feasible means of adopting some of these principles otherwise incompatible with the big group of the classroom. Long and Porter (1985) provide support for the small group and argue that it increases the student' s language practice, improves its quality, helps individualize instruction, promotes a positive afIective climate and motivates the leamer. To determine the extent to which the small group benefits students, three central issues were considered here a) the student's oral participation in the small group and in the big group, analyzed in three aspects: quality, quantity and variety; b) the students' attitude toward the small group; c) the students' individual preference for either the active or reflective learning style dimension and the way this preference may effect (a) and (b). The data, collected in the fourth semester of an English course taught at a university, served the following purposes: (1) a questionnaire: to identify and select as subjects of this study, three students whose preferences were strongly oriented to action and three, to reflection; (2) observation to identify the students' type preferences; (3) personal interview and student' s diary: to pinpoint both the linguistic and the emotional barriers in their learning process and to reveal their attitude towards group work. The results confirm that the small group does provide for significantly more language practice and more varied speech when compared to the student' s oral production in the lockstep setting, as predicted by Long and Porter. Although the reflective students participation in both settings, small or big group, predominated, the speech distribution in the small group was much more balanced than in the big group. Concerning the students' attitudes to the work in groups, the reflective students, who for the most part, participated, only in the small group (their participation in the big group was minimal), were the very students who did not appreciate it and who raised objections to it. The active learners confirmed Long and Porter's argument that the small group promotes a positive environrnent and motivation. However, this argument should not be generalized for it does not apply to some students who have a strong preference for reflection. Even constituting a small sample, these data, nevertheless, point to the negative effects of adopting whatever method and imposing it on all students with no distinctions and respect to the diversity in individual preferences. The obligation of immediate oral production may undermine the activities of reflection and linguistic considerations, so important to the reflective learner and the insistence of a method, on the social, interactive and personal aspects, may cause embarrassment to those who highly prize their privacy / Mestrado / Ensino-Aprendizagem de Segunda Lingua e Lingua Estrangeira / Mestre em Linguística Aplicada

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/269383
Date26 March 1997
CreatorsDeuber, Anabel, 1948-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Schmitz, John Robert, 1935-
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem, Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format139f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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