Return to search

A construção social da prática psicológica na Atenção Primária à Saúde do SUS Fortaleza / The social construction of psychological practice in Primary Health Care in the SUS

NEPOMUCENO, Léo Barbosa. A construção social da prática psicológica na Atenção Primária à Saúde do SUS Fortaleza. 2014. 215 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2014. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2015-02-19T12:50:06Z
No. of bitstreams: 1
2014_tese_lbnepomuceno.pdf: 1476671 bytes, checksum: a948059d323594e04bf1bb2bfabe4f9f (MD5) / Approved for entry into archive by denise santos(denise.santos@ufc.br) on 2015-02-19T12:51:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2014_tese_lbnepomuceno.pdf: 1476671 bytes, checksum: a948059d323594e04bf1bb2bfabe4f9f (MD5) / Made available in DSpace on 2015-02-19T12:51:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2014_tese_lbnepomuceno.pdf: 1476671 bytes, checksum: a948059d323594e04bf1bb2bfabe4f9f (MD5)
Previous issue date: 2014 / The insertion of Psychology in the Family Health Strategy (ESF) is representative of the expansion of Primary Health Care (APS) services, in the Brazilian National Health System (SUS), meaning the expansion of psychological practices in brazilian society, through public health policies. In APS, psychology engages in a complex social process of building professional practices, marked by struggles for recognition and professional autonomy. Within this context, this work aims to interpret meanings of professional practice of psychology in the context of APS of the SUS, from the perspective of psychologists with experience in the field of acting. Specific aims were to search: 1) Describe the field of professional practices of APS and the place occupied by psychologists in this field; 2) Examine the social construction of demands for psychological practice in the APS; 3) Understand how the distinguished psychology intervenes professionally; and 4) Analyze the historical significance of the insertion of the Psychology in the APS. The paper has like theoretical framework the reflexive sociology of Pierre Bourdieu, especially the concepts of social field, habitus and symbolic power. But also part of the theoretical references used, discusses the categories autonomy and professional identity, and is guided in the hermeneutics of Paul Ricoeur proposition for the construction of an interpretive study. Constitutes research with qualitative approach, based on semi-structured interviews with 18 psychologists with expertise in focused attention and training for ESF. The empirical material was coded and categorized constructed with the aid of Atlas TI software, giving rise to 22 units of meaning, which supported the analysis and discussion. The results reveal that the ESF is marked by unequal divisions of power and hegemony of Medicine in the organization and classification of professional practices. The ESF is perceived as contradictory space where some prerogatives of interdisciplinary, intersectoral and territorial coexist with the prevalence of a disease in biologizing and focused technical assistance model. Psychology is recognized as a profession focused on understanding the implied subjective, affective and relational processes in the health-illness care. The social construction of demands for psychology is heavily influenced by the hegemonic identity linked to the practice of the profession of clinical liberal. In this context, clinical psychology is the subject of intense symbolic struggle over the legitimacy of the practice of psychology in the ESF. Work experience in the APS of the SUS is perceived as remarkable for the construction of the professional identity of survey participants psychologists and is recognized as a driving force for changes in dispositions to act and think professionally. Besides the practical potential, the ESF is perceived as an area of poor working conditions, revealing important challenges for the advancement of psychological practices in the context studied. / A inserção da Psicologia na Estratégia Saúde da Família (ESF) é representativa da ampliação dos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS), no Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS), significando a expansão das práticas psicológicas na sociedade brasileira, através das políticas públicas de saúde. Na APS, a psicologia engaja-se num complexo processo social de construção das práticas profissionais, marcado por lutas por reconhecimento e autonomia profissional. Dentro desse contexto, o presente trabalho objetiva interpretar sentidos das práticas profissionais da Psicologia no contexto da APS do SUS, a partir da visão de psicólogos com experiências de atuação no campo. Como objetivos específicos, busca: 1) Descrever o campo de práticas profissionais da APS e o lugar ocupado pelos psicólogos nele; 2) Analisar a construção social das demandas pra prática psicológicas na APS; 3) Compreender o modo distinto como a Psicologia intervém profissionalmente; e 4) Analisar o significado histórico da inserção da Psicologia na APS. O trabalho tem como referencial teórico a sociologia reflexiva de Pierre Bourdieu, especialmente nos conceitos de campo social, habitus e poder simbólico. Como parte também das referencias teóricas utilizadas, discute as categorias autonomia e identidade profissionais, bem como pauta-se na proposição hermenêutica de Paul Ricoeur para a construção de um estudo de cunho interpretativo. Constitui-se de pesquisa com enfoque qualitativo, baseada em entrevistas semi-estruturadas junto a 18 psicólogos com experiência na atenção e formação voltada para a ESF. O material empírico construído foi codificado e categorizado com auxílio do software Atlas TI, dando origem a 22 unidades de significação, que subsidiaram a análise e discussão. Os resultados revelam que a ESF é marcada por divisões desiguais de poder e hegemonia da Medicina na organização e classificação das práticas profissionais. A ESF é percebida como espaço contraditório onde algumas prerrogativas de interdisciplinaridade, intersetorialidade e territorialização convivem com a prevalência de um modelo técnico-assistencial biologizante e focado em doenças. A psicologia é reconhecida como uma profissão voltada para a compreensão dos processos subjetivos, afetivos e relacionais implicados no processo saúde-doença-cuidado. A construção social das demandas para a psicologia é bastante influenciada pela identidade hegemônica da profissão ligada à prática da clínica liberal. Nesse contexto, a clínica psicológica é objeto de intensas lutas simbólicas em torno da legitimação da prática da Psicologia na ESF. A experiência de trabalho na APS do SUS é percebida como marcante para a construção da identidade profissional dos psicólogos participantes da pesquisa, sendo reconhecida como impulsionadora de modificações nas disposições para agir e pensar profissionalmente. Ademais das potencialidades práticas, a ESF é percebida como um espaço de precárias condições de trabalho, revelando importantes desafios para o avanço das práticas psicológicas no contexto estudado.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/10650
Date January 2014
CreatorsNepomuceno, Léo Barbosa
ContributorsPontes, Ricardo José Soares
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0032 seconds