REBOUÇAS, Cristiana Brasil de Almeida. Construção e validação de um modelo de comunicação não verbal para o atendimento de enfermagem a pacientes cegos. 2008. 114 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2008. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-02-13T13:12:44Z
No. of bitstreams: 1
2008_tese_cbarebouças.pdf: 583325 bytes, checksum: bff37adc7eca3b07019336400ad81136 (MD5) / Approved for entry into archive by Eliene Nascimento(elienegvn@hotmail.com) on 2012-02-14T12:04:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2008_tese_cbarebouças.pdf: 583325 bytes, checksum: bff37adc7eca3b07019336400ad81136 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-02-14T12:04:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2008_tese_cbarebouças.pdf: 583325 bytes, checksum: bff37adc7eca3b07019336400ad81136 (MD5)
Previous issue date: 2008 / The goal was to validate a non-verbal communication model for nursing care delivery to blind clients, based on the reference framework by E.T. Hall (1986). This methodological research was developed at the LabCom_Saúde research lab of the Nursing Department at Ceará Federal University between October 2007 and June 2008. Fifteen blind people and 15 nurses were selected for each group, i.e. trained and non-trained, both with the same characteristics. The blind were contacted through the Ceará State Association of the Blind (ACEC) and the nurses through the Academic Centers (CAs). In the non-trained group, data were collected in April 2008 through consultations. These took place inside the LabCom_Saúde and data were collected through movie recordings. The studies carried out about Hall’s theory (1986) represented the first step to construct the model. The nursing consultation was subdivided in four phases, which were called care phases. In each phase, orientations are given for the nurse’s actions and the action is described, as well as how this action should take place. Care phase 1 refers to the organization of the environment to develop the Nursing Consultation (CEnf). In care phase 2, the nurse should receive the patient at the entry of the consultation room to introduce him/her into the environment where the consultation will take place, greet the patient and inform where furniture and objects are located. Care phase 3 addresses the development of the CEnf itself. Care phase 4 constitutes the final phase of the non-verbal communication model and focuses on how to end the consultation and close off communication with the patient. After its construction, the Model was submitted to face and content validation. It was analyzed by three specialists in non-verbal communication specialists, a number already adopted in earlier studies. The suggestions included in the model referred to range, presentation form and content representativeness. Next, the second validation phase started, through which the model was tested. The nurses and blind people were trained in terms of the communication techniques that are important in the use of non-verbal communication as well as the use of the Model with blind people. Data were collected with the help of three film cameras that recorded the entire nursing consultation among the nurse, the blind and the companion, if present. To analyze the movie data, three other judges were chosen, who were nurses and students from the Graduate Nursing Program at Ceará Federal University, master’s and doctoral level. They were trained on how to use to nurse-blind non-verbal communication analysis instrument (CONVENCE) and the model validation instrument. As this was a double-blind study, the judges were not informed about which group – control or experimental - they were analyzing. The collected data were inserted in an electronic worksheet, using SPSS software, version 14.0, and analyzed as absolute frequencies through univariate table. To analyze the association between the variables and the nurses in the control and experimental groups, the chi-square (χ2) test and the maximum likelihood estimation were used. Guidelines for research involving human beings were complied with, in accordance with Resolution 196/96 by the Brazilian Ministry of Health. The comparison between care phase 1 actions in the trained and non-trained group showed that the trained group obtained excellent results (p<0.0001) on four of the five items under analysis. The only exception was the “temperature” item, with an approximately equal proportion on the scale. Table 3 shows that, when comparing care phase 2 actions between the groups, the trained group obtained an excellent result (p<0.05) on all items under evaluation. Hence, statistically significant associations were found for all actions. As to the results obtained in Table 4, excellent results are observed (p<0.05) on eight of the nine items assessed for the trained group in comparison with the non-trained group in care phase 3. Only the item related to “following the CEnf script” remained close to the test value, highlighting that this action obtained a strong association score. Data in Table 5 also showed excellent results (p<0.05) for the trained group in comparison with the non-trained group for three of the four actions developed in care phase 4. As observed in Table 6, all items contributed to the internal reliability of the Nurse-Blind Non-Verbal Communication Model. Through this research, it is concluded that nurses and even nursing students need to implement this Non-Verbal Communication Model with a view to effective and affective care, especially for patients who need to understand and be understood in their daily life. The hypothesis is confirmed that the Nurse-Blind Non-Verbal Communication Model is effective in nursing consultations with blind patients. / Objetivou-se validar um modelo de comunicação não-verbal para o atendimento de enfermagem à clientela cega, segundo o referencial teórico de E.T. Hall (1986). Trata-se de um estudo metodológico, desenvolvido no LabCom_Saúde do Departamento de Enfermagem da UFC, no período de outubro de 2007 a junho de 2008. Foram selecionados 15 cegos e 15 enfermeiros para comporem cada grupo, treinado e não-treinado e ambos tiveram as mesmas características. Os cegos foram contatados por meio da Associação dos Cegos do Estado do Ceará e os enfermeiros a partir dos Centros Acadêmicos. A fase de coleta de dados do grupo não-treinado deu-se durante o mês de abril de 2008, por meio de consultas. Estas ocorreram dentro do LabCom_Saúde e os dados foram coletados por meio de filmagens. O primeiro passo para a construção do modelo foram os estudos realizados acerca da teoria de Hall (1986). Subdividiu-se a consulta de enfermagem em quatro etapas denominadas etapas do cuidado. Em cada etapa de cuidado são orientadas as ações do enfermeiro, descreve-se a ação e como deve ser desenvolvida tal ação. A etapa do cuidado 1 refere-se à organização do ambiente para desenvolver a Consulta de Enfermagem. Na etapa do cuidado 2 o enfermeiro deve receber o paciente na entrada do consultório para introduzi-lo no ambiente onde será realizada a consulta e deve cumprimentá-lo e informar a localização dos móveis e objetos. Já a etapa do cuidado 3 aborda o desenvolvimento da CEnf propriamente dita. A etapa do cuidado 4 constitui-se a última etapa do modelo de comunicação não-verbal e enfoca a finalização da consulta e o encerramento da comunicação com o paciente. Após ser construído, o referido modelo foi submetido à validação aparente e de conteúdo. Foi analisado por três especialistas em comunicação não-verbal, por ser um número já adotado em pesquisas anteriores. As sugestões incluídas no modelo se referiram à abrangência, forma de apresentação e representatividade do conteúdo. Em seguida, iniciou-se a segunda etapa de validação, por meio da qual o modelo foi submetido à testagem. Os enfermeiros e concludentes foram treinados de acordo tanto com as técnicas de comunicação pertinentes à utilização da comunicação não-verbal quanto em relação à utilização do modelo com cegos. Quanto à coleta dos dados, foi realizada mediante o uso de três câmeras filmadoras que registraram toda a consulta de enfermagem entre a enfermeira, o cego e o acompanhante, quando este estivesse presente. Para a análise dos dados das filmagens foram escolhidos outros três juízes, enfermeiros e estudantes do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, do nível mestrado e doutorado, da UFC. Eles foram treinados em relação à utilização do instrumento de análise da comunicação não-verbal do enfermeiro-cego (CONVENCE) e do instrumento de validação do modelo. Pelo fato deste estudo ser duplo cego, os juízes não eram informados acerca de qual grupo, controle ou experimental, eram realizadas as análises. Os dados coletados foram inseridos em planilha eletrônica com a utilização do programa SPSS, versão 14.0, e analisados em freqüência absoluta por meio de tabelas univariadas. Para se analisar a associação entre as variáveis e os enfermeiros nos grupos controle e experimental, foram empregados os testes qui-quadrado (χ2) e o máximo de verossimilhança. Cumpriram-se as normas que regulamentam pesquisas em seres humanos, conforme a Resolução 196/96 do Ministério da Saúde. Ao se comparar as ações da etapa do cuidado 1 entre o grupo treinado e não-treinado, observa-se que o grupo treinado obteve resultado excelente (p<0,0001) em quatro dos cinco itens avaliados. Somente o item “temperatura” apresentou proporção aproximadamente igual na escala. Na Tabela 3, ao se comparar as ações da etapa do cuidado 2 entre os grupos, observa-se que o treinado obteve resultado excelente (p<0,05) em todos os itens avaliados. Portanto, houve associação estatisticamente significante em todas as ações. Em relação aos resultados obtidos pela Tabela 4, observam-se resultados excelentes (p<0,05) em oito dos nove itens avaliados do grupo treinado em relação ao grupo não-treinado na etapa do cuidado 3. Apenas o item referente a “seguir o roteiro da CEnf” ficou próximo ao valor do teste, ressaltando que esta ação obteve forte indicador de associação. Os dados da Tabela 5 mostraram também resultados excelentes (p<0,05) do grupo treinado em relação ao grupo não-treinado nas três das quatro ações desenvolvidas na etapa do cuidado 4. Conforme se percebe na Tabela 6, todos os itens contribuem para a confiabilidade interna do Modelo de Comunicação Não-Verbal Enfermeiro-Cego. Conclui-se com este trabalho a necessidade de implementação prática tanto por parte dos enfermeiros como dos estudantes de enfermagem deste Modelo de Comunicação Não-Verbal com o paciente cego para tornar o cuidado efetivo e afetivo, especialmente com aqueles que necessitam compreender e serem compreendidos em sua vida cotidiana. Confirma-se a hipótese de que o Modelo de Comunicação Não-Verbal Enfermeiro-Cego é eficaz na consulta de enfermagem a pacientes cegos.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/2066 |
Date | January 2008 |
Creators | Rebouças, Cristiana Brasil de Almeida |
Contributors | Pagliuca , Lorita Marlena Freitag |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0059 seconds