Return to search

O eterno feminino retorno: Marias, Evas e Liliths no discurso de (des)sacralização saramagueano

Made available in DSpace on 2016-08-29T14:11:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
tese_4571_.pdf: 1512296 bytes, checksum: 2ebbb9af1cbf8a8dd615a90fb8f587b2 (MD5)
Previous issue date: 2011-03-03 / Com base na obra de José Saramago, analisamos a relação conflitante entre o feminino e a religião cristã. Privilegiamos os romances Terra do Pecado, O Evangelho segundo Jesus Cristo e Caim, por entendermos que nesses a temática seja discutida com maior intensidade. No entanto, não deixamos de considerar outros livros do autor que também trazem à tona esta questão. Ao lançarmos mão de conceitos da teoria pós-moderna, de cujos representantes destacamos Linda Hutcheon e Gianni Vattino, procuramos compreender como se estabeleceram as conexões que deram à relação feminino-religião um sentido de (des)sacralização. Por termos constatado em nosso corpora a existência de um movimento cíclico, que oferece um sentido de (re)visão paródica e carnavalesca, empenhamo-nos em refletir sobre o processo de desdobramento de sua obra. A partir de conceituações teóricas, principalmente de Nietzsche e Deleuze, observamos como se inscreveram as concepções de eterno retorno e de diferença e repetição, enquanto mecanismos de (re)leitura cíclica do discurso literário saramagueano. E, nesse sentido, verificamos como ocorreu a (re)inserção do feminino, enquanto elemento da desarticulação, na composição dogmática patriarcal. Na obra de iniciação literária de Saramago, Terra do Pecado, encontramos, nas personagens Maria Leonor e Benedita, um fio que nos auxiliou a percorrer o exterior humano, em uma viagem de (re)leitura e compreensão. Adentramos, a partir de O evangelho segundo Jesus Cristo, guiados por Maria de Nazaré e Maria de Magdala, um labirinto interior, onde permanecemos até encontrar uma nova porta de saída. Em Caim, com a ajuda de Eva e Lilith, visualizamos uma abertura, através da qual saímos para liberar as vozes de todos os personagens. Atamos as pontas do fio orientador, considerando o feminino como chave para abertura e fechamento daquilo que, para nós, configurou-se como o grande ciclo da escrita saramagueana.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/3241
Date03 March 2011
CreatorsSOUZA, A. P.
ContributorsCASER, M. M., NASCIMENTO, J. L., SANTOS, R. C. Z., Ribeiro, F., Oliveira, E.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Letras, Programa de Pós-Graduação em Letras, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formattext
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0018 seconds