Chrysippus faces two different objections as to whether Fate can acommodate praise, blame, honor or punishment: one, to the effect that if everything takes place by Fate, then praise and blame do not make a difference in the course of events, and therefore cannot effectively exhort one to virtue or dissuade one from vice; the other, to the effect that if everything takes place by Fate, then one is not the ultimate origin of one\'s actions, and therefore praise, blame, honor, or punishment for one\'s actions are not deserved. The first (preseved in Diogenianus\' testimony apud Eusebius\' Praeparatio Evangelica VI 8) is distinct from the Idle Argument in Origen (Contra Celsum II 20) and Cicero (De Fato 28-30) in that it pertains to the issue of moral responsibility, and derives instead from the digression in Book XXV of Epicurus\' treatise On Nature. The second (preserved in Cicero\'s De Fato 39-45 and Gellius\' Noctes Atticae VII 2) is not related to the issue of alternate possibilities, which belongs rather in a later appraisal of the original discussion, with which it is conflated in Cicero\'s testimony. Chrysippus\' reply to the latter, in that it is capable of establishing, beyond mere absence from external compulsion, that the perfect causes of our impulses are our assents and that our assents do not take place all by themselves, is capable of meeting conditions for desert of praise, blame, honor, or punishment qua therapeutic devices aimed at extirpating our passions, which is the sole notion of praise, blame, honor or punishment to have a claim on desert in the extant fragments of Chrysippus. / Crisipo responde a duas objeções sobre se o Destino pode acomodar louvores, reprimendas, honras ou punições: de acordo com a primeira, se tudo ocorre por Destino, louvores e reprimendas não fazem diferença no curso dos eventos e, por conseguinte, não podem exortar à virtude ou dissuadir do vício de modo efetivo; de acordo com a segunda, se tudo ocorre por Destino, ninguém é a origem última de suas ações e, por conseguinte, louvores, reprimendas, honras ou punições por suas ações não são merecidas. A primeira (preservada no testemunho de Diogeniano apud Eusébio, Praeparatio Evangelica VI 8) é distinta do Argumento Preguiçoso em Cícero (De Fato 28-30) e Orígenes (Contra Celsum II 20) por ser atinente à responsabilidade moral, e deriva da digressão no livro XXV do tratado de Epicuro Sobre a natureza. A segunda (preservada em Cicero, De Fato 39-45 e Gélio, Noctes Atticae VII 2) não tem relação com a questão das possibilidades alternativas, a qual pertence a uma apreciação posterior da discussão original com a qual vem mesclada no testemunho de Cícero. A resposta de Crisipo à segunda objeção, na medida em que é capaz de estabelecer, para além da mera ausência de força exterior, que as causas perfeitas de nossos impulsos são os nossos assentimentos e que os nossos assentimentos não ocorrem a despeito de nós, é capaz de cumprir os requisitos para o merecimento de louvores, reprimendas, honras ou punições enquanto instrumentos terapêuticos que visam à cura de nossas paixões, a qual é a única noção de louvores, reprimendas, honras ou punições que pode aspirar a merecimento nos fragmentos supérstites de Crisipo.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-19052017-133244 |
Date | 23 February 2017 |
Creators | Ferreira, Paulo Fernando Tadeu |
Contributors | Zingano, Marco Antonio de Avila |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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