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Previous issue date: 2009 / Utilizando como centralidade a narrativa como configuração sócio-cultural, a dissertação em questão, denominada “Educação por outros olhares: aprendizagem e experiência cultural entre os Índios Kiriri do Sertão Baiano”, apresenta interpretações e compreensões sobre como os processos de aprendizagem se configuram a partir da uma experiência cultural. Busca assim, compreender de que forma e em que perspectivas, nos âmbitos das práticas sócio-culturais e predominantemente da cultura oral, se expressam e constituem os mitos, os ritos e a memória social, desenvolvidos e dinamizados nos processos de aprendizagem na cultura indígena Kiriri, tendo como premissa a idéia de que os seres humanos são atores sociais que aprendem mediados pela cultura e, por esse veio, também a configura. Tendo como inspirações teóricas fundantes a antropologia interpretativa de Geertz, a filosofia antropológica de Viveiros de Castro e a teoria cultural da educação de Bruner, o estudo realizado tem a tradição etnográfica como básica na sua orientação metodológica e emerge em meio às investigações que vêm construindo o campo específico da antropologia da educação. Neste caso, a compreensão de como a aprendizagem se realiza pela mediação da cultura, aparece como uma dinâmica de realçada importância no campo antropoeducacional. No desenvolvimento do trabalho em pauta foi possível compreender que entre os índios Kiriri do Sertão Baiano, existem expressivas singularidades sócio-culturais reelaboradas e resignificadas que formam a base do seu ethos grupal, onde se constrói e se realiza a experiência cultural da aprendizagem e os aprendizados que estruturam a sua cultura. Assim, por meio da tradição Kiriri, disseminada pelas narrativas, e demais experiências vivenciadas em grupo, são aprendidas, refletidas, reelaboradas e transmitidas normas sociais, valores e crenças pertinentes ao seu interativo e dinâmico contexto cultural. A experiência em si revela o próprio processo de aprendizagem se realizando. Aprender nesta comunidade indígena está longe de ser um abstracionismo em relação a sua configuração sócio-cultural, ou seja, aprender não significa ter que perder a referência. A partir do seu conjunto de conclusões, a pesquisa aponta para a construção conceitual da etnoaprendizagem, realçada nas conclusões do estudo, pela sua potencialidade na explicitação e formulação da aprendizagem como experiência configurada na cultura. / Salvador
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/11148 |
Date | January 2009 |
Creators | Macêdo, Silvia Michele |
Contributors | Pimentel, Álamo |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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