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Escuta e interpretação na clínica de linguagem

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Previous issue date: 2011-08-12 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study was conducted in accordance with the reflections on symptomatic speech
and language therapy developed within the LAEL-CNPq Research Group: Language
acquisition, pathology and clinic, coordinated by Maria Francisca Lier-DeVitto and
Lúcia Arantes. The discussion carried on was motivated by the challenging questions
related to the notions of listening and interpretation, which are advanced in the realm
of the above mentioned research group. Two distinct domains underlie the theoretical
proposals concerning those themes: Linguistics, more particularly, the European
Structuralism (Saussure, Jakobson) and Psychoalysis (Freud and Lacan). No doubt,
the Interactionism in Language Acquisition is an assumed theoretical basis. The
structural articulation which links child-language-other, proposed by De Lemos
(1992), allowed for the conclusion that there is strong connection between listening
and interpretation. In the present discussion, Freud is taken as a landmark on the
subject matter approached here, since the two clinical notions discussed in the
present study were introduced by him. That is why part of it is concentrated on the
exploitation Freud made about them (as well as on those advanced by Lacan, after
him). The assumptions sketched out below should provide a specific clinical contour
to the notions of listening and interpretation to the Language Clinic: (1) transliteration,
that is, privilege is given to the manifest significant chain; (2) singularity, that is, it is
sustained that each speech manifestations is unique. The fundamental hypothesis
advanced in this study is that changes in speech are determined by linguistic
causality, i.e., they come up as an effect of the interplay between the patient s
speech and the therapist s interpretation. Therefore, this thesis puts forward an
alternative proposal that emphasizes the importance of theoretical commitment as
primary condition for the construction of the specific notions of listening and
interpretation. It must be added that segments taken from some clinical cases were
presented in order to clarify the discussion carried on / Esta pesquisa - trilhada sob a vertente teórica subsidiária do Grupo de Pesquisa
CNPq Aquisição, Patologias e Clínica de Linguagem, coordenado por Maria
Francisca Lier-DeVitto e Lúcia Arantes no LAEL PUC-SP e DERDIC tem por
objetivo o compromisso de verticalizar questões relativas à escuta e interpretação na
Clínica de Linguagem. Nesta trajetória, dois campos expressivos influenciaram as
discussões que foram encaminhadas. Um deles, o Interacionismo em Aquisição de
Linguagem, discutido a partir dos trabalhos de Cláudia de Lemos, contribuiu, dentre
várias questões, para a articulação sujeito-língua-outro e para a possibilidade de
assumir a interação como diálogo. O outro campo, a Psicanálise, é considerado
precursor pela novidade introduzida acerca da concepção de sujeito: o do
inconsciente, submetido/capturado pelo simbólico. No interior desse campo clínico,
foi possível entrever o modo como a escuta e a interpretação analítica circulam.
Extrai-se daí a ideia de uma escuta flutuante para a densidade significante da fala,
bem como a noção de interpretar enquanto transliteração, que se afasta da
idealização do significado absoluto. A clínica psicanalítica se volta à fala para dali se
afetar pelo que se encontra submerso/latente: os conteúdos inconscientes. A Clínica
de Linguagem, por sua vez, reconhece a ordem autônoma e a anterioridade lógica
da linguagem e, com isso, que linguagem-subjetividade são pares interpostos e
indissociáveis. Por essa razão, mantém compromisso com ocorrências sintomáticas
que perturbam a cadeia manifesta da fala. Assim, a escuta para a fala sintomática
jamais prescinde de uma relação à teoria: é ela que marca o corpo/orelha do clínico
e o faz assumir posição teórica frente à fala. A interpretação adviria, portanto, dessa
tomada de posição. Nesta clínica, ela emerge sob variadas modalidades -
estranhamento, ressignificação, correção, interrogação, silenciamento... e
funcionará como um ato clínico se, e somente, promover um abalo na relação (de
escuta) do sujeito para a própria fala ou para a fala do outro, levando-o, sobretudo, a
deslocamentos linguísticos

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/13524
Date12 August 2011
CreatorsPollonio, Cláudia Fernanda
ContributorsLier-DeVitto, Maria Francisca
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, PUC-SP, BR, Lingüística
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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