BRILHANTE, Ana Paula Cavalcante Ramalho. Prevalência e fatores associados à violência intrafamiliar contra criança em uma área atendida pela estratégia saúde da família. 2009. 228 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2009. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-11-12T13:29:02Z
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Previous issue date: 2009 / The phenomenon of violence is of great importance for public health because of magnitude, severity and social impact on individual health and collective worldwide. Violence against children has historical roots, economic and cultural consequences and causes physical and / or mental defects which remain recorded throughout life, affecting their development. Objectives: (1) determine the prevalence of family violence against children in an area covered by the Family Health Program in the city of Fortaleza, (2) describe types of violence that affect children, (3) identify the types of violence physics used by parents / guardians, (4) to determine the prevalence of violence marriage that occurs within families with mothers, (5) estimate the risk factors for physical violence against children. Method: Cross-sectional study population sample of 402 children (<12 years) and their mothers (15-49 years) residents in low-income neighborhood in the city of Fortaleza, covered by Family Health Strategy. The standardized instruments were applied by trained interviewers: CORE questionnaire (WorldSAFE), to assess violence intrafamilial and associated factors; Screening Questionnaire Problems Adult Mental Health in the community (SRQ) and the Classification Questionnaire Economic Family (ANEP), for determination of economic classes, according to the power consumption of the family. The primary endpoint was the existence of some physical violence against children committed by parents / guardians. Were evaluated three groups of potential associated factors: relating to the child, parent / guardian and family. This research study is part of the World Domestic Violence (WorldSAFE). Result: the high prevalence rates physical violence against children were not severe violence (81.6%) and severe violence (23.6%) the mother being the main aggressor (79.4%). The male had 1.19 times higher risk of the child being "victimized" (PR: 1.19 CI: 1.09 to 1.29) and over two years with a risk 1.36 times more likely (PR: 1.36 CI: 1.03 to 1.79). The study found a prevalence of domestic violence in the last twelve months 21% mental health of the mother (p <0.04), physical violence during childhood (p <0.02), marital violence in the last 12 months (p <0.00), suicide attempt, presence of depressed mood, alcohol / other drugs and drunkenness by his husband / partner had statistically significant. The families with disadvantaged socioeconomic status had higher frequency of marital violence. Conclusion: The prevalence of physical violence against child was considered high. Factors associated with practices of violence were: age (older than two years) and child gender (male), related to parent / guardian: mental health problem, physical violence in childhood, marital violence in the last twelve months, presence of depressed mood, suicide attempt, low socioeconomic level, alcohol and / or other drugs and intoxication of the husband / partner. It is recommended greater investment in policy mental health in primary care and greater involvement of professionals Family Health in the prevention of family violence. / O fenômeno violência tem grande importância para a Saúde Pública em razão da sua magnitude, gravidade e impacto social sobre a saúde individual e coletiva em todo o mundo. A violência praticada contra crianças tem raízes históricas, econômicas e culturais e provoca sequelas físicas e/ou mentais que permanecerão gravadas por toda a vida, prejudicando o seu desenvolvimento. Objetivos: (1) determinar a prevalência da violência intrafamiliar contra criança em uma área coberta pela Estratégia Saúde da Família no Município de Fortaleza; (2) descrever os tipos de violência que acometem as crianças; (3) identificar os tipos de violência física utilizados pelos pais/responsáveis; (4) conhecer a prevalência da violência intrafamiliar conjugal que ocorre com as mães; (5) estimar os fatores de risco para violência física contra as crianças. Método: estudo transversal realizado com amostra populacional de 402 crianças (<12 anos) e suas mães (15-49 anos) residentes num bairro de baixa renda do Município de Fortaleza- CE, coberto pela Estratégia Saúde da Família. Os instrumentos padronizados foram aplicados por entrevistadoras treinadas: CORE questionnaire (WorldSAFE), para avaliar violência intrafamiliar e fatores associados; Questionário de Rastreamento para Problemas de Saúde Mental em Adultos da comunidade (SRQ), e o Questionário de Classificação Econômica Familiar (ANEP), para determinação de classes econômicas, segundo o poder de consumo da família. O desfecho clínico principal foi a existência de algum tipo de violência física contra crianças cometida por pais/responsáveis. Foram avaliados três grupos de potenciais fatores associados: relacionados à criança, à mãe/responsável e à família. Esta pesquisa faz parte do Estudo Mundial de Violência Doméstica (WorldSAFE). Resultado: as altas taxas de prevalência de violência física contra a criança foram: violência não grave (81,6%) e violência grave (23,6%) sendo a mãe a principal agressora (79,4%). O sexo masculino apresentou risco 1,19 vez maior de a criança ser “vitimizada” (RP: 1,19 IC: 1,09-1,29) e os maiores de dois anos com risco 1,36 vez maior (RP: 1,36 IC: 1,03-1,79). O estudo revelou prevalência de violência conjugal nos últimos doze meses de 21%, problemas de saúde mental da mãe (p<0,04), violência física na infância (p<0,02), violência conjugal física nos últimos 12 meses (p<0,00), tentativa de suicídio, presença de humor depressivo, uso de álcool/outras drogas e embriaguez pelo seu marido/companheiro apresentaram resultados estatisticamente significativo. As famílias com nível socioeconômico menos favorecido apresentaram maior frequência de violência conjugal. Conclusão: a prevalência de violência física contra criança foi considerada alta. Os fatores associados às práticas de violência foram: idade (maior de dois anos) e sexo da criança (masculino), relacionados à mãe/responsável: problema de saúde mental, violência física sofrida na infância, violência conjugal física nos últimos doze meses, presença de humor depressivo, tentativa de suicídio, nível socioeconômico baixo, uso de álcool e/ou outras drogas e embriaguez do marido/companheiro. Recomenda-se maior investimento em política de saúde mental na atenção básica e maior envolvimento dos profissionais da Saúde da Família na prevenção da violência intrafamiliar.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/6557 |
Date | January 2009 |
Creators | Brilhante, Ana Paula Cavalcante Ramalho |
Contributors | Leite , Álvaro Jorge Madeiro |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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