Contexto: O envelhecimento da população leva a uma maior carga de doenças crônicas e de demandas em saúde pública. A atenção primária à saúde (APS) implantada no Brasil oferece atenção integral à saúde através da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Pacientes que se beneficiam desse modelo de atenção à saúde podem ter maior qualidade de vida. Objetivos: Avaliar se pacientes idosos que consultam nas unidades com ESF apresentam maior orientação à APS do que aqueles que frequentam o modelo de atenção tradicional; se problemas de saúde - hipertensão, diabetes mellitus, transtornos mentais, dor crônica, bem como obesidade e obesidade central, medidas diretamente, estão independentemente associadas com escore de APS, e se o escore está associado a qualidade de vida. Participantes e métodos: Estudo transversal, realizado entre agosto de 2010 e agosto de 2011, em Ilhéus, Bahia. Foram entrevistados 509 idosos, selecionados através de amostra aleatória, atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas unidades com ESF quanto à características demográficas, socioeconômicas, grau de orientação dos serviços a Atenção Primária à Saúde, morbidade referida como problemas de saúde e qualidade de vida. Aferiu-se qualidade de vida com o Short Form Health Survey (SF-12) e orientação a APS com o Primary Care Assessment Tool (PCATool). Além disso, foi realizada antropometria. Equipe treinada e sob supervisão realizou a coleta de dados. Resultados: O atendimento realizado na ESF apresenta maior grau de orientação à APS em comparação à UBS, resultando em menor prevalência de escore geral baixo. De um modo geral, o problema de saúde mencionado pelo idoso não afetou o grau de orientação à APS, mesmo após controle para fatores de confusão. Contudo, os problemas crônicos não se associaram independentemente com escore de APS baixo, exceto hipertensão e doença cardiovascular. Observou-se associação independente e positiva entre escore de APS e o componente mental de qualidade de vida e negativa com o componente físico. 11 Conclusões: Este estudo mostrou maior orientação à APS em unidades com ESF, independentemente do problema de saúde. O grau de orientação para a APS aumentou a qualidade de vida para o componente mental. Os resultados deste estudo enfatizam a necessidade de políticas públicas voltadas à saúde do idoso. / Background: Population aging leads to increased burden of chronic diseases and demand in public health. The primary health care (PHC) implanted in Brazil offers integral health care through the family physician program. Patients who benefit of this health care model could have higher quality of life. Objectives: To assess whether elderly patients who consult in the units with the Family Health Strategy (FHS) show higher PHC orientation than those who attend the traditional care model; if health problems - hypertension, diabetes mellitus, mental disorders, chronic pain, as well as obesity and central obesity, directly measured, are independently associated with low score in the PHC; and whether the PHC score is associated with quality of life. Participants and methods: A survey was conducted among the elderly between August 2010 and August 2011, in Ilhéus, Bahia. We interviewed 509 individuals, selected through a random sample, who consulted at Basic Health Units (BHU) or ESF units, on the demographic and socioeconomic characteristics, degree of orientation of the services to Primary Health Care, health problems and quality of life. The Short Form Health Survey (SF-12) was used to assess quality of life and Primary Care Assessment Tool (PCATool) to generate PHC scores. In addition, weight, height and waist circumference were measured. Trained research assistants, under supervision performed the data collection. Results: The health care provided by the ESF has higher degree of orientation to the PHC, in comparison to the UBS, resulting in lower prevalence of score below six. In general, the health problems mentioned by the elderly did not affect the degree of PHC orientation, even after controlling for confounding factors. However, the chronic problems were not associated independently with lower PHC score, except hypertension and cardiovascular disease. It was observed an independent and positive association between PHC score and the mental component of quality of life and a negative one with the physical component. 13 Conclusions: This study showed higher orientation to PHC in units with ESF, regardless of the health problem. The degree of orientation to PHC increased the quality of life of the mental component. The results of this study enphasize the need of public policies aiming at elderly health care.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/143371 |
Date | January 2012 |
Creators | Carvalho, Vivian Carla Honorato dos Santos de |
Contributors | Fuchs, Sandra Cristina Pereira Costa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0022 seconds