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A construção como critério de demarcação entre o conhecimento filosófico e o matemático

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Previous issue date: 2004 / Abrimos a nossa dissertação expondo o quadro geral em que se insere a questão
da distinção entre o conhecimento matemático e o filosófico, porque só assim é que
conseguimos visualizar o momento de inflexão da História da Filosofia que tal distinção
representa. Na verdade, ela vai de encontro ao movimento natural da tradição filosófica
inaugurada pelo projeto cartesiano da Mathesis Universalis, e nisto reside a sua importância,
pois ela é uma das maiores conseqüências daquilo a que Kant chamou de Revolução
Copernicana . Dessa maneira, o nosso primeiro capítulo é responsável pela exposição geral
da origem metafísica da necessidade de demarcação que a construção permite fazer entre a
Física, a Matemática e a Filosofia. Neste sentido, como o objetivo desta dissertação é
apresentar a construção como critério de demarcação entre o conhecimento filosófico e o
matemático, então, no segundo capítulo, partimos da descrição que a arquitetônica da razão
pura faz da ordem em que se encontra a disposição humana de todo conhecimento puro, pois
só assim a Crítica da Razão Pura poderá lançar as bases da noção de construção matemática
e, ao mesmo tempo, servir para o estabelecimento do sentido do conhecimento filosófico. Por
outro lado, no terceiro capítulo, será preciso compreender a classificação kantiana das
Categorias em matemáticas e dinâmicas, já que apenas assumindo esse aspecto é que se
esclarece o significado da construção como uma característica exclusiva da Matemática.
Assim, o quarto capítulo porque pressupõe o contexto filosófico do primeiro capítulo, as
condições da concepção kantiana do ato de construir do segundo capítulo e a apresentação da
construção como uma característica exclusiva da Matemática feita no terceiro capítulo
obrigatoriamente explicita a construção como aquilo que demarca as fronteiras entre o
conhecimento matemático e o conhecimento filosófico, impedindo que o método dogmático
das ciências conduza ao dogmatismo filosófico. Portanto, se por um lado, no segundo e no
terceiro capítulos os nossos esforços visaram ao esclarecimento do aspecto positivo da
construção, já que nesse sentido ela fundamenta juntamente com outros fatores todo o
conhecimento científico, por outro lado, o primeiro e o quarto capítulos expõem o aspecto
negativo da construção, revelando que o papel da Filosofia é eminentemente crítico e
sistemático

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6297
Date January 2004
CreatorsSODRÉ, Felipe Arruda
ContributorsASSIS NETO, Fernando Raul de
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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