Made available in DSpace on 2013-08-07T18:55:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
000426931-Texto+Completo-0.pdf: 1662693 bytes, checksum: e8897c806cb58a73c505cedd7503a7f8 (MD5)
Previous issue date: 2010 / The question of the subject and its "crisis", the intersubjectivity and the recognition, the ethics and the practical wisdom are in the center of contemporary philosophical debate and form the subject/object of this doctoral research. In addition, we analyzed the connections between the subject and intersubjectivity in order to establish the socalled "little ethics", which was written in the dense pages of ―Soi-mêmme comme un autre‖ by Paul Ricoeur (1913-2005). It was observed that the subject is constituted as both reader and writer of his life and that the dialectic of identity (idem - ipse) expresses the temporality of human beings. For this reason, the identity can be understood narratively, as a story of life. Thus, it was possible to note too, that understanding is always understanding yourself in the face of the text and there is no direct appropriation of yourself, the intuitive ―cogito‖ is a certainty without truth. Still, there is a reflection on the moral life in all its levels, which allows the author to make a distinction, though conceptual, between ethics and morals. There is an appeal to the uniqueness of concrete situations, and it is in this level that practical wisdom is or, in another way, practical wisdom is a return to the ethical desire, to the basis of ethics, after passing through the regulatory conflict. The requirement of a practical wisdom emerges precisely within the conflict. Every human being is bound to an inalienable personal project that she/he could not assign to another person. The ethics, then, is what makes reference to the purposes for which the person intends, through the teleological aspects of the action. In exchange, the moral will be the obedience to a rule, a precept and a law. Both in individual life and collective life we live together, really, in respect and recognition when acting in group, and also, from the narration is that the man realizes the other's alterity, that is, the other as he himself or other ―I‖ and then the man is a person. The ideal of a person is living a good life, with and for others, in reasonable institutions, ideal which appears both ethical and political. Thus, the person phenomenology, prepared by the author, is formed based on four main assumptions: language, narration, action and ethical life. Identified in this way, the identity implies a constitutive way, way in which recognition of alterity "knowing itself" to the human being means always recognizing yourself through the mediation of alterity: sign, symbol, text, thou, historical context of belonging, the language and the institution. Considering that, it was verified that the proposed ethics will be built on dialogue with Aristotle and Kant. Finally, what is evident is that the author presents an explicit reference to Hegel in the preparation of its reflection on the subjectivity, when he confronts the issue of ethical life. For this, he defines the concept of self-esteem as a figure of recognition in the strict sense and, especially, Hegelian. This made possible to understand that Reconnaissance is a structure of itself thinking about the movement that places the self-esteem versus the solicitude, and this versus justice. And yet, that Reconnaissance introduces the dyad and plurality in the constitution of yourself. / A questão do sujeito e a sua "crise", a intersubjetividade e o reconhecimento, a ética e a sabedoria prática estão no centro do debate filosófico contemporâneo e constituem o tema/objeto da presente pesquisa de doutorado. Além disso, analisaram-se as ligações entre o sujeito e a intersubjetividade, tendo em vista o estabelecimento da chamada "pequena ética", que foi tecida nas densas páginas do "Soi-mêmme comme un autre" de Paul Ricoeur (1913-2005). Observou-se que o sujeito é constituído ao mesmo tempo como leitor e como escritor de sua vida e que a dialética da identidade (idem - ipse) expressa a temporalidade própria do ser do homem. Por tal razão, a identidade pode ser entendida, narrativamente, como história de uma vida. Nesse sentido, foi possível verificar, também, que compreender é sempre se compreender em face do texto e que não há apropriação direta de si, o cogito intuitivo é uma certeza sem verdade. Ainda, existe uma reflexão sobre a vida moral em todos os seus níveis, o que permite ao autor estabelecer uma distinção, embora conceitual, entre ética e moral. Há um apelo à singularidade das situações concretas, e é neste nível que reside a sabedoria prática ou, dito de outra maneira, a sabedoria prática é um retorno ao desejo ético, ao fundamento da ética, após a passagem pelo conflito normativo. A exigência de uma sabedoria prática surge precisamente no interior da conflitualidade. Cada ser humano está obrigado a um projeto pessoal inalienável que não pode atribuir a outro. O ético, portanto, é o que faz referência à consecução dos fins a que a pessoa se propõe, mediante os aspectos teleológicos da ação. Em troca, a moral será a obediência a uma norma, a um preceito e a uma lei. Tanto na vida individual quanto na vida coletiva convive-se, realmente, em respeito e em reconhecimento quando se atua em conjunto, e, ainda, é pela narração que o homem percebe a alteridade do outro, ou seja, o outro como um outro si-mesmo ou outro-eu e só então o homem é pessoa. O ideal da pessoa é viver uma vida boa, com e para os outros, em instituições justas, ideal que se mostra, simultaneamente, ético e político. Assim, a fenomenologia da pessoa, elaborada pelo autor, é constituída com base em quatro premissas centrais: linguagem, narração, ação e vida ética. Segundo essa perspectiva, a alteridade está implicada em um nível originário e profundo no processo de constituição de si. Assim, a identidade não constitui um dado imediato, originário de autodeterminação do eu, mas o resultado da dialética incessante entre o si e o outro. Identificada dessa maneira, a identidade implica um modo constitutivo, modo no qual o reconhecimento da alteridade "conhecer a si-mesmo" para o ser humano significa sempre se reconhecer por meio da mediação da alteridade: signo, símbolo, texto, tu, contexto histórico de pertencimento, a linguagem e a instituição. Diante disso, comprovou-se que a proposta ética será construída em diálogo com Aristóteles e Kant. Por fim, o que se evidenciou é que o autor realiza um referimento explícito a Hegel na elaboração da sua reflexão sobre a subjetividade, no momento em que afronta o tema da vida ética. Para isso, define o conceito de estima de si como uma figura do reconhecimento em sentido estrito e, acentuadamente, hegeliano. Isso possibilitou entender que o reconhecimento é uma estrutura do si refletindo sobre o movimento que coloca a estima de si versus a solicitude, e esta versus a justiça. E, ainda, que o reconhecimento introduz a díade e a pluralidade na constituição mesma do si.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/3409 |
Date | January 2010 |
Creators | Corá, Elsio José |
Contributors | Oliveira Junior, Nythamar Hilario Fernandes de |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0031 seconds