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Florística e fitossociologia da Floresta Atlântica montana no Parque Estadual da Ilha Grande, RJ / Floristic and phytosociology of montane

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo tem por objetivo ampliar o conhecimento sobre a flora da Ilha
Grande, Angra dos Reis, RJ, através da avaliação florística e fitossociológica da
comunidade arbustivoarbórea, com Circunferência à Altura do Peito ≥ 15,7 cm
(CAP ≥ 5,0 cm) em trechos de Floresta Atlântica montana. Foram alocadas 34
parcelas retangulares e permanentes de 10x30 m, totalizando uma área amostral de
1,02 ha. Foram amostrados todos os indivíduos arbustivoarbóreos vivos, que
tiveram aferidas a circunferência do caule, estimada a altura total, altura do fuste e
realizada a coleta de material botânico. A identificação dos espécimes foi realizada
através da análise das estruturas vegetativas e reprodutivas, comparação em
herbários, consultas a literatura especializada e, quando possível, com auxílio de
especialistas. O material botânico coletado está sendo incorporado à coleção do
Herbário da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HRJ). Procedeu-se a
avaliação do status de conservação das espécies determinadas para identificar o
grau de ameaça. A estrutura da comunidade inventaria foi analisada através do
pacote estatístico FITOPAC 2.1. Inventariou-se 1.847 indivíduos arbustivo-arbóreos
vivos, subordinados a 225 espécies ou morfo-espécies de 27 gêneros e 53 famílias
botânicas. Este estudo constatou que a Ilha Grande é uma nova área de ocorrência
para 53 espécies fanerogâmicas. As famílias mais abundantes foram: Myrtaceae
(391 indivíduos), Rubiaceae (337), Euphorbiaceae (100), Fabaceae (84) e
Sapotaceae (72). Myrtaceae (69 spp.), Rubiaceae (14), Fabaceae (13), Lauraceae e
Sapotaceae (11) foram as famílias que apresentaram as maiores riquezas. O índice
de diversidade de Shannon & Weaver (H) obtido foi de 4,609 nats/indvs. e o de
equabilidade (J) de 0,851. Os parâmetros fitossociológicos calculados indicaram que
Amaioua intermedia Mart. (5,17%), Eriotheca pentaphylla (Vell.) A. Robyns (4,84%),
Qualea glaziovii Warm. (2,74%), Vochysia bifalcata Warm. (2,69%), Xylopia
brasiliensis Spreng. (2,48%), Heisteria silvianii Schwacke (2,43%), Coussarea
nodosa (Benth.) Müll. Arg. (2,38%), Guapira opposita (Vell.) Reitz (2,37%), Manilkara
subsericea (Mart.) Dubard (2,02%) e Inga lanceifolia Benth. (1,86%) são as espécies
com maiores Valores de Importância (VI). Entre as táxons inventariados foi possível
identificar 69 espécies raras, representadas na comunidade por um único indivíduo,
e nove espécies com problemas de conservação, dais quais Chrysophyllum
flexuosum Mart., Micropholis crassipedicellata (Mart. & Eichler ex Miq.) Pierre e
Manilkara subsericea (Mart.) Dubard estão categorizadas como dependentes de
conservação; Eugenia prasina O. Berg como vulnerável; Myrceugenia myrcioides
(Cambess.) O.Berg como futuramente ameaçada de extinção; Ocotea odorifera
Rohwer como ameaçada de extinção e/ou vulnerável a extinção; Pradosia
kuhlmannii Toledo como ameaçada de extinção; Solanum carautae Carvalho como
espécie rara e Urbanodendron bahiense (Meisn.) Rohwer em perigo de extinção. A
distribuição dos indivíduos em classes diamétricas apresentou uma tendência
exponencial negativa, sugerindo que a comunidade possui capacidade de autoregeneração.
Os resultados da composição florística e da estrutura da vegetação
montana do PEIG evidenciaram expressiva riqueza e diversidade de espécies
arbóreas, cuja preservação é fundamental para o funcionamento e o equilíbrio desta
formação.
Palavras-chave: Mata Atlântica. Floresta montana. Fitossociologia. Parque Estadual
da Ilha Grande. / The aim of this study is to broaden the knowledge of the flora of the Ilha
Grande in Angra dos Reis, RJ, through the floristic and phytosociological
assessment of the shrub-tree community, with circumferences at breast-height ≥ 15,7
cm (CAP ≥ 15,7cm) in mountain areas of the Atlantic Forest. 34 rectangular plots of
land were assigned and permanent ones of 10X30 m, totaling a surveyed area of
1.02 hectares. All the live shrub-tree were sampled which had the trunk
circumference gauged, as well as estimated total height and the collection of
botanical material was done. The identification of specimen was done through the
analysis of vegetative and reproductive structures, the herbarious comparisons and
the consultations of specialized literature, and whenever possible with the help of
specialists. The collected material is being incorporated into the Rio de Janeiro
University Herbarium (HRJ). The assessment proceeded on the status of the
determined species conservation in order to identify the degree of threat. The
structured of the sampled community was analyzed through the statistic packet
FITOPAC 2.1. 847 individual live shrub-trees were sampled, subordinate to 225
species or morph-species of 27 genus and 53 botanical families. This study found
that the Big Island is a new area of occurrence for 53 species phanerogams. The
most abundant families were: Myrtaceae, (391individuals), Rubiaceae (337),
Euphorbiaceae (100), Fabaceae (84) e Sapotaceae (72). Myrtaceae (69 species),
Rubiaceae (14), Fabaceae (13), Lauraceae and Sapotaceae (11) were the families
which present more wealth. The diversity index of Shannon & Weaver (H) obtained
was that of 4,609 nat/indvs and that of equability (J) of 0,851. The calculated
phytosociological parameters indicated that the Amaioa intermedia Mart, (5,17%),
Eriotheca pentaphylla (Vell.) A. Robyns (4,84%), Qualea glaziovii Warm. (2,74%),
Vochysia bifalcata Warm. (2,69%), Xylopia brasiliensis Spreng. (2,48%), Heisteria
silvianii Schwacke (2,43%), Coussarea nodosa (Benth.) Müll. Arg. (2,38%), Guapira
opposita (Vell.) Reitz (2,37%), Manilkara subsericea (Mart.) Dubard (2,02%) e Inga
lanceifolia Benth. (1,86%) are the species with the greatest Importance Value (VI).
Amongst the sampled species it was possible to register 69 rare species represented
in the community by one single individual, and nine species have conservation
problems, which Chrysophyllum flexuosum Mart., Micropholis crassipedicellata (Mart.
& Eichler ex Miq.) Pierre e Manilkara subsericea (Mart.) Dubard are categorized as
dependent on conservation, Eugenia prasina O. Berg as vulnerable to extinction,
Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O.Berg as threatened by future extinction,
Ocotea odorifera Rohwer as endangered and/or vulnerable to extinction, Pradosia
kuhlmannii Toledo as endangered, Solanum carautae Carvalho as rare specie e
Urbanodendron bahiense (Meisn.) Rohwer as danger of extinction. Diameter
distribution was observed with negative exponential trend, suggesting that the
community has the capacity for self-regeneration. The results of the floristic
composition and structure of vegetation montana PEIG showed expressive richness
and diversity of tree species whose preservation is essential to the functioning and
balance this forest formation.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:3110
Date25 February 2013
CreatorsLilian Prado Gomes da Rosa
ContributorsSebastião José da Silva Neto, Rogerio Ribeiro de Oliveira, Cátia Henriques Callado, Pablo José Francisco Penna Rodrigues
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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