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Previous issue date: 2017-10-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The soil, one of the main physical-natural components of geographical space, is associated with the physical, chemical and biological factors involved in its formation and degeneration processes, just as much with the ones of use and occupation developed by society. Therefore, this component, having physical-natural, economic, social, political and cultural relevance, has influenced and still influences in the present day the configuration of environments, landscapes, as well the production of geographical space. As the school is not dissociated from society, these discussions, in some way, are also present in the daily life of this institution, especially as one of the contents addressed by Geography teaching. Thus, with the critical perspective of teaching as a reference, we aim, in the present research, to analyze how the soil is taught in Geography Education and, in particular, to highlight the importance of this physical-natural component for the critical formation of students, and also to discuss how has been proposed to work with this subject in the pedagogical-didactic materials of Geography and in scientific events of Geography. Considering the assumptions of the qualitative research, specifically in the case study modality, we established as the spatial template of the research ten schools of the Municipal Education Network of Goiânia - GO, located close to areas vulnerable to flooding and erosion; and, as research subjects, the Geography teachers who work in these educational institutions. With this, it was intended to understand, through semi-structured interviews and observation of classes, what knowledge and, in particular, what concepts these teachers mobilized in order to teach soil in Geography Education. We carried out an analysis of didactic-pedagogical materials of Geography that subsidize the knowledge of the content and a survey on the teaching of soil in significant academic events in the field of Physical Geography and Geography Education, in order to understand the way it has been discussed and proposed the apprehension of this theme, especially in Basic Education. The analysis of the data indicated that the soil is not one of the central themes in Geography Education. There is a tendency in the approaches in conceiving the soil as a resource, considering only its physical-natural characteristics. We also perceive that social issues related to soil are sometimes placed in the background, and, when mentioned, reinforce a common sense and mediatic notion that blames society for the environmental problems that characterize the current degradation set, without associating to this picture the physical-natural factors conditioning these processes. We conclude, also, in regard to the scientific productions, that some works, emphasizing the presence of Physical Geography in the school, reinforce the dichotomy between Physical Geography and Human Geography. We understand that in Basic Education there is only Geography, in a broader sense, as an established curricular component. Evidently, the knowledge from this area resides in Geography Education, however, just as didactical subjects and contents. We have also verified, in some texts, the absence of reflections that value the role of the teacher as mediator of the teaching and learning process. When we reflect on the relevance of the soil as an essential physical-natural component to life, as a theme that is part of the daily life of the subjects involved in the teaching and learning process and as content approached from the perspective of the geographical space, we believe that it is possible to develop a schooling that is significant and based on the relevance of geographical knowledge for the analysis of reality. We also believe that work with soil-related topics should be addressed in Basic Education in the perspective of Didactic Knowledge of Content, one of the specificities that distinguishes the Geography teacher from other professionals. / O solo, um dos principais componentes físico-naturais do espaço geográfico, está associado tanto aos fatores físicos, químicos e biológicos envolvidos em seu processo de formação e desgaste quanto aos processos de uso e ocupação desenvolvidos pela sociedade. Portanto, esse componente, ao ter relevância físico-natural, econômica, social, política e cultural, influenciou e influencia ainda nos dias atuais a configuração dos ambientes, das paisagens, bem como o processo de produção do espaço geográfico. Como a escola não está desassociada da sociedade, essas discussões, de algum modo, também estão presentes no cotidiano dessa instituição, em especial, como um dos conteúdos indicados para serem abordados no ensino de Geografia. Assim, tendo a perspectiva crítica de ensino como referência, objetivamos, na presente pesquisa, analisar como o ensino de solos é realizado na Geografia Escolar e, em particular, destacar a importância desse componente físico-natural para a formação crítica dos alunos, além de discutir como tem sido proposto o trabalho com essa temática nos materiais pedagógico-didáticos de Geografia e em eventos científicos da Geografia. Considerando os pressupostos da pesquisa qualitativa, no que se circunscreve à modalidade de estudo de caso, estabelecemos como recorte espacial de investigação 10 escolas da Rede Municipal de Educação de Goiânia - GO, situadas próximas à áreas vulneráveis a inundação e a erosão; e, como sujeitos da pesquisa, os professores de Geografia que trabalham nessas instituições de ensino. Com isso, a intenção foi compreender, mediante a realização de entrevistas semiestruturadas e observação de aulas, quais conhecimentos e, em especial, quais conceitos esses docentes mobilizam para ensinar solos na Geografia Escolar. Realizamos análise em materiais didático-pedagógicos de Geografia que subsidiam o trabalho com o conhecimento do conteúdo e um levantamento sobre o ensino de solos em eventos significativos no campo da Geografia Física e do Ensino de Geografia, com o intuito de compreender a maneira como tem sido discutido e proposto o trabalho com esse tema, em especial à Educação Básica. As análises dos dados indicaram que o solo não se configura como um dos temas centrais no Ensino de Geografia. Há uma tendência nas abordagens em conceber o solo como um recurso, considerando apenas as suas características físico-naturais. Percebemos ainda que as questões de ordem social relacionadas ao solo, por vezes, são postas em segundo plano, e, quando mencionadas, reforçam um ideário midiático e de senso comum que culpabiliza a sociedade pelos problemas ambientais que caracterizam o quadro de degradação instaurado na atualidade, sem associar a esse quadro os fatores físico-naturais condicionantes desses processos. Concluímos, ainda, principalmente com relação às produções científicas, que alguns trabalhos, ao ressaltarem a existência da Geografia Física na escola, reforçam a dicotomia entre Geografia Física e Geografia Humana. Entendemos que na Educação Básica existe apenas Geografia como componente curricular instituída. Evidentemente, os conhecimentos advindos dessa área estão na Geografia Escolar, entretanto, como temas e conteúdos. Verificamos também, em alguns textos, a ausência de reflexões que valorizem o papel do docente como mediador do processo de ensino e aprendizagem. Ao refletirmos sobre a relevância do solo como um componente físico-natural essencial à vida, como temática que faz parte do cotidiano dos sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem e como conteúdo abordado na perspectiva do espaço geográfico, acreditamos que é possível desenvolver uma aprendizagem que seja significativa e que esteja assentada na relevância do conhecimento geográfico para a análise da realidade. Acreditamos, ainda, que o trabalho com os temas relacionados ao solo deve ser encaminhado na Educação Básica a partir da perspectiva do Conhecimento Didático do Conteúdo, uma das especificidades que diferencia o professor de Geografia dos demais profissionais.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.bc.ufg.br:tede/8187 |
Date | 27 October 2017 |
Creators | Mendes, Samuel de Oliveira |
Contributors | Morais, Eliana Marta Barbosa de, Morais, Eliana Marta Barbosa de, Oliveira, Ivanilton José de, Souza, Carla Juscélia de Oliveira |
Publisher | Universidade Federal de Goiás, Programa de Pós-graduação em Geografia (IESA), UFG, Brasil, Instituto de Estudos Socioambientais - IESA (RG) |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG, instname:Universidade Federal de Goiás, instacron:UFG |
Rights | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | 7888271059505704147, 600, 600, 600, 600, 4536785967207850203, -599424733620574926, 2075167498588264571 |
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