[pt] Do grito no papel ao silêncio no jornalismo em rede, primeiras páginas e home pages expressam dois momentos do jornalismo. Manchetes costumavam seduzir o público nas ruas, contribuindo para o agendamento da sociedade e para a construção da memória, mas hoje a invisibilidade ameaça as home pages. É por links nas redes sociais e mecanismos de busca - ambientes regidos por algoritmos, e não por valores-notícia - que a maioria da população se informa. Para refletir sobre essas duas fases do jornalismo, a tese primeiro mapeia o surgimento da primeira página moderna no Brasil em cinco jornais: Jornal do
Brasil, Gazeta de Notícias, O Paiz, Correio do Povo e O Estado de S.Paulo. Em seguida, revela os resultados de estudos etnográficos em duas redações - O Globo e O Estado de S. Paulo - e de análise de conteúdo comparativa de notícias dos três principais jornais de referência do país - Folha de S.Paulo, O Globo e O
Estado de S. Paulo - nas redes sociais e em suas primeiras páginas. Apresenta ainda 26 entrevistas em profundidade com editores e ex-editores de primeiras páginas e home pages. Com base na premissa que a crise do jornalismo é fruto da crise da modernidade, o objetivo foi investigar rupturas e continuidades nas
práticas jornalísticas. Os resultados revelam que os jornalistas se preocupam com os efeitos da fragmentação na leitura sobre a configuração da agenda e da memória social. Para alcançar o público, eles têm adotado novas rotinas produtivas, publicando notícias propagáveis nas redes sociais, entre outras práticas. Por outro lado, continuam acreditando no compromisso com a prestação de serviço público e com o agendamento da sociedade. / [en] From the scream of headlines in newspapers to the silence of home pages in network journalism, front pages and home pages express two moments in journalism. Headlines used to seduce the readers in the streets and were an agent of agenda-setting and social memory. On the other hand, home pages are
threatened nowadays by invisibility because of new reading habits: the majority of people are reaching the news through links distributed in social media and search tools, which aren t guided by newsworthiness, but by algorithms. To expose these two moments in journalism, this thesis first maps the begginings of the
modern front page in five Brazilian newspapers: Jornal do Brasil, Gazeta de Notícias, O Paiz, Correio do Povo e O Estado de S.Paulo. Then it presents the results of ethnographic studies in two newsrooms - O Globo e O Estado de S. Paulo - and a content analysis comparing the content posted by the three most
influential newspapers in the country - Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo - in their Facebook s pages to that published in their front pages. Finally, it presents 26 in-depth interviews with journalists who edit or have edited front pages and home pages. Based on the premise that the crisis of journalism is the result of the crisis of modernity, the purpose was to investigate ruptures and
continuities in journalism practices. The results reveal that journalists are worried about the effects of reading fragmentation over agenda-setting and social memory. To reach the public, they are adopting new productive routines, publishing spreadable news on social media, among other practices. On the other hand, they still believe in their social responsability and their role in agenda-setting.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:35380 |
Date | 16 October 2018 |
Creators | ADRIANA BARSOTTI VIEIRA |
Contributors | LEONEL AZEVEDO DE AGUIAR |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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