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Fronteiras semânticas: o dialogismo das linguagens rituais pentecostais e umbandistas – uma análise das expressões gestuais

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Previous issue date: 2018-10-08 / O espaço ritual constitui-se num locus sagrado de festa. No palco religioso, o sentimento de reconhecer-se cheio do Espírito Santo ou incorporado pelas Entidades reescreve, no próprio corpo do sujeito, a autenticidade de sua tradição mitológica. Simultaneamente, a experiência religiosa reatualiza o poder dessa tradição. E são várias as formas em que a narrativa mítica emerge, vindo à tona e tornando-se tangível à percepção e à emoção. E, neste sentido, a cultura desempenha um papel fundamental: ela é o elo a promover o encontro entre as verdades da crença e as experiências religiosas. Michel Meslin assinala que a religião só alcança o homem através das mediações culturais de seu tempo. Entre essas também variadas
“mediações culturais” está a música, com seus gêneros, ritmos e uma força simbólica capaz de funcionar como chave, abrindo as portas das sensibilidades. Para além dos cânticos – mas a eles conexos –, a experiência do transe ritual é um dispositivo de mediação cultural ainda mais poderoso: um dínamo de emoções liturgicamente sacralizadas. Este sentimento religioso de alegria tem suas bases na estrutura do sistema de crenças, e, assim, até a cantiga que coadjuva e complementa os ritos, consubstancia seu status sagrado. Musicalizando o Sagrado, essa arte expressiva de fé e também de cultura potencializa ainda mais o sentimento social de pertença à comunidade religiosa do indivíduo, que também vê alimentada sua esperança de
vida. Este trabalho se envereda na trilha da experiência religiosa, em seus percalços sinuosos. Nesse caminho, a intenção é compreender um pouco o funcionamento das engrenagens simbólicas que conferem sentido às manifestações performáticas vividas por pentecostais e umbandistas, em dois grupos religiosos específicos. E, ao analisar a relação entre a dinâmica ritual desses cultos e a produção de sentidos operada nas linguagens gestuais dos sujeitos da crença, refletimos sobre os diálogos semânticos rituais que, construindo experiências de espiritualidade, reconstroem também experiências de vida. É quando a divergência das cosmovisões sucumbe à convergência dos significados religiosos. / The ritual space is a sacred locus of celebration. In the religious stage, the feeling of being recognized full of the Holy Spirit or incorporated by the Entities rewrites, in the subject's own body, the authenticity of his mythological tradition. Simultaneously, religious experience reactualizes the power of this tradition. And there are several ways in which the mythical narrative emerges, coming to the surface and becoming tangible to perception and emotion. And, in this sense, culture plays a fundamental role: it is the link to promote the meeting between the truths of belief and religious experiences. Michel Meslin points out that religion only reaches man through the cultural mediations of his time. Among these also varied "cultural mediations" is music, with its genres, rhythms and a symbolic force capable of functioning as a key, opening the doors of sensitivities. In addition to the chants - but related to them - the ritual trance experience is an even more powerful device of cultural mediation: a dynamo of liturgically sacralized emotions. This religious feeling of joy has its basis in the structure of the belief system, and thus even the song that helps and complements the rites,
consubstantiates its sacred status. Musicalizing the Sacred, this expressive art of faith and also of culture further enhances the social feeling of belonging to the individual's religious community, which also nourishes their hope for life. This work lies in the path of religious experience, in its sinuous mishaps. In this way, the intention is to understand a little the functioning of the symbolic gears that give meaning to the performance manifestations experienced by Pentecostals and Umbandists in two specific religious groups. And when analyzing the relationship between the ritual dynamics of these cults and the production of meanings operated in the gestural languages of the subjects of belief, we reflect on the ritual semantic dialogues that, by constructing experiences of spirituality, also reconfirm, reconstruct life experiences. This is when the divergence of worldviews succumbs to the convergence of religious meanings.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/8004
Date08 October 2018
CreatorsAlbuquerque Júnior, Valdevino de
ContributorsLima, Marcelo Ayres Camurça, Berkenbrock, Volney José, Huff Júnior, Arnaldo Érico, Sampaio, Dilaine Soares, Campos, Leonildo Silveira
PublisherUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião, UFJF, Brasil, ICH – Instituto de Ciências Humanas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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