Giraldi, I.M.E. Representações sobre o período da primeira internação hospitalar na perspectiva de mulheres HIV positivas, 2011 A aids foi relatada pela primeira vez em 1981 e atualmente a Organização Mundial da Saúde estima que aproximadamente 36 milhões de pessoas estejam infectadas pelo HIV em todo o mundo. No Brasil, entre as mulheres tem sido verificado o aumento da incidência de infecção a partir da segunda década da epidemia, indicando não apenas as dificuldades para oferecer respostas institucionais ao controle da epidemia, mas também, evidenciando as questões de gênero, em particular nas relações conjugais, como relações sexuais desprotegidas por falta de poder de negociação do preservativo e os comportamentos de risco adotados por seus parceiros, cuja assimetria provoca a vulnerabilização das mulheres à infecção. O adoecimento dessas mulheres leva a uma perspectiva preocupante, pois muitas vezes este adoecimento vem associado a responsabilidade dos cuidados de um parceiro e/ou de possíveis filhos infectados. Porém, quando os sintomas começam a aparecer, surgem ansiedade e medos que estavam aparentemente controlados. O processo de internação pode ocasionar reações que agravam o quadro dos pacientes internados. Neste sentido, este projeto teve por objetivos identificar, entre mulheres soropositivas para o HIV, algumas representações sociais sobre a primeira internação hospitalar motivada por manifestação de sintomas, adoecimento devido a fragilidade do sistema imunológico e/ou efeitos colaterais associados ao tratamento. Este estudo foi realizado com 10 mulheres soropositivas, com idade entre 32 e 46 anos, internadas numa unidade de tratamento específica - UETDI. A análise temática de conteúdo das transcrições de entrevistas individuais, semiestruturadas, audiogravadas foi sintetizada em Categorias e Subcategorias empíricas. Durante a internação, concretiza esta nova fase, sintomática, levando as participantes a encontrar novas formas de enfrentamento, representação do próprio corpo, novas perspectivas e, via contato com uma equipe adequada às suas necessidades e familiares, poder sair dessa hospitalização com novas possibilidades e representações de saúde. Por fim, pode-se indicar algumas reflexões acerca da complexidade da adesão do portador de HIV ao tratamento. / Giraldi, I.M.E. Representations about the first hospitalization period in the perspective of HIV-positive women, 2011 Aids was first reported in 1981; nowadays, the World Health Organization estimates that 36 million people are infected by the HIV worldwide. In Brazil, an increase of the infection\'s incidence has been observed in women since the epidemic\'s second decade. Such phenomenon indicates not only the difficulties for offering institutional responses in order to control the epidemics, but, also, it evidences genderrelated and more specifically conjugal questions, such as unsafe sexual relations occurring due to a lack of negotiation power for the use of condoms and risky behaviors adopted by partners, whose asymmetry leads to the increase of women\'s vulnerability to the infection. Women\'s process of sickening portrays a worrying panorama, for such process is associated to the responsibility for offering care to a partner or possible infected children. With the appearance of initial symptoms, though, anxiety and fears that were apparently under control arise, in contrast to an initial healthy state without weighty worries. In such context, the hospitalizing process can lead to reactions that aggravate the state of patients. The present study aimed to indentify some social representations of HIV-positive women regarding their first hospitalization due to symptom manifestation, immunologic fragility and/or treatment-related side effects. Ten women took part of the study, with ages between 32 and 46 years old, who were hospitalized in a specific treatment unity (UETDI). Thematic analysis of the recorded individual, semi-structured interviews\' contents was synthesized in empirical Categories and Subcategories. During hospitalization, a new, symptomatic stage becomes real, leading participants to find new strategies for coping, representing their own bodies, developing perspectives and, through the contact with health staff and family members, exiting the hospital with new possibilities and health-related representations. At last, some reflections are indicated regarding the complexity of adhesion to treatment process by people with HIV.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-21102013-162251 |
Date | 05 May 2011 |
Creators | Iara de Moura Engracia Giraldi |
Contributors | Marco Antonio de Castro Figueiredo, Valdes Roberto Bollela, Geraldo Romanelli |
Publisher | Universidade de São Paulo, Psicologia, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0134 seconds