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Mecanismos de regulação genética e epigenética em uma amostra Populacional afetada pela Hanseníase

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Tese_ICS_Joyce Moura Oliveira.pdf: 8050921 bytes, checksum: bf7fdf7ed918ea4d6412bc2167f0ab1d (MD5) / CAPES /INCT – DT / A hanseníase é uma doença negligenciada que permanece como um importante problema
de saúde pública, mantendo índices de detecção acima do preconizado pela OMS para o
controle da doença. Com o objetivo de entender melhor os mecanismos moleculares de
patogênese e contribuir para o controle futuro da doença, este estudo buscou avaliar o
papel de genes do locus do MHC de classe III: TNFA, LTA e BAT1 e nos genes de IL10 e
FLI1 na hanseníase em uma população da Bahia. Foi utilizado o modelo caso-controle com
casuística de 362 pacientes com hanseníase e 368 indivíduos controles sem a doença.
Nessa amostra, foram genotipados nove marcadores genéticos (SNPs) e avaliada a
expressão gênica das principais citocinas, TNF-α e IL-10. Mecanismos de regulação
epigenética do gene de FLI1 na hanseníase per se foram avaliados pelo padrão de
metilação do gene em células de pacientes, cultivadas sem estímulo e estimuladas com
antígeno sonicado de M. leprae em diferentes tempos. Não foram encontradas associações
significantes entre a doença e os polimorfismos do MHC de classe III avaliados em TNFA,
LTA e BAT1, e o mesmo ocorreu com os marcadores avaliados no gene de IL10 (p>0,05).
A expressão do gene de TNFA ex vivo foi significativamente maior em pacientes quando
comparados a controles sem a doença (p=0,002). Na análise deste gene considerando o
SNP rs1800629 (-308 A/G), um marcador previamente associado à hanseníase em
diferentes populações, observamos que indivíduos homozigotos para o alelo G expressam
mais o gene do que indivíduos carreadores do alelo A (GA+AA) (p=0,002). Estes
resultados reforçam que, mesmo não diretamente associado a hanseníase nesta população,
este marcador pode ter um papel indireto na regulação da produção de TNF-α na infecção
pelo M. leprae. A expressão do gene de IL10 ex vivo foi maior em indivíduos com o
fenótipo de reação hansênica tipo I (Reação reversa – RR), do que pacientes sem
manifestações agudas da doença e significante em relação a controles (p=0,01). Análise do
marcador no gene de FLI1 (rs7930515 G\C) revelou um maior risco para o
desenvolvimento de reações hansênicas entre carreadores do alelo C (OR=1,53; 1.09 - 2.15
p=0,001) em comparação com alelo G. Nas análises subsequentes observamos que essa
associação ocorre na presença de reação do tipo II (ENH) com risco de 1,89 vezes maior
para o seu desenvolvimento entre carreadores do alelo C (OR=1,89; IC: 1.25-2.85;
p=0,001) e associação negativa para a reação do tipo I (P>0,05). O polimorfismo avaliado
no gene de FLI1, que impacta no caminho de cura de lesões na Leishmaniose em humanos,
aparece reforçado como potencial marcador de doença na hanseníase e para o
desenvolvimento de reação hansênica do tipo II. Sendo a hanseníase uma doença complexa
este resultado pode contribuir para um melhor entendimento sobre a patogênese, e inspirar
a investigação de novas vias importantes no processo de dano tecidual observado nessa
doença.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/21593
Date January 2015
CreatorsOliveira, Joyce Moura
ContributorsCastellucci, Léa Cristina de Carvalho, Machado, Paulo Roberto Lima, de Jesus, Amélia Maria Ribeiro, Vianna-Morgante, Angela Maria, de Figueirêdo, Camila Alexandrina Viana, Oliveira Filho, Jamary, Bessa, Theolis Costa Barbosa, Castellucci, Léa Cristina de Carvalho
PublisherInstituto de Ciências da Saúde, em Ciências da Saúde, UFBA, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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