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Entre Apolo e Dionísio : a imprensa e a divulgação de um modelo de masculinidade urbana em Florianópolis (1889-1930)

Dans ce travail, on a cherché à mettre en évidence et à divulguer un modele hégémonique de masculinité au travers de la presse de Florianópolis. Dans les articles parus dans les journaux entre 1889 et 1930, il a été mis en relief l’image de l’homme blanc, jeune et viril. Celui-ci, selon les prescriptions de l’époque, devait porter son attention à un certain code d’urbanité qui éxigeait une plus grande attention au corps et à la maîtrise de soi. Suivre ce modèle, socialement valorisé, était la garantie que l’homme assumerait correctement ses responsabilités, telles que: soutenir sa famille, avoir des enfants sains, être travailleur, respecter ses contrats, être un bon citoyen. Tout comme les journaux, l’école primaire a eu un rôle important dans la diffusion des modèles du genre qui cherchaient à restreindre les femmes à l’espace privé, laissant aux hommes la sphère publique. En plus des attributs nobles de la masculinité, la presse et les livres scolaires cherchaient à demontrer aussi, comment un homme ne devait pas agir en public, notamment. A partir de la deuxième décade du XX ème siècle, on peut voir, avec évidence et précision, la diffusion d’une série de pratiques et d’attitudes devenues intolérables dans les lieux publics de la ville. Celles-ci étaient, entre autres, l’ennivrement et l’usage de la violence pour résoudre les conflits personnels. Dans ce contexte, il a été éxigé des hommes qui circulaient dans la ville, des attitudes certainement prévisibles. / Neste trabalho buscou-se evidenciar a construção e a divulgação de um modelo hegemônico de masculinidade através da imprensa de Florianópolis. Nos artigos divulgados pelos jornais, no período compreendido entre 1889 e 1930, destacou-se a representação do homem branco, jovem, e viril. Este, segundo as prescrições da época, deveria atentar para um código de urbanidade que passava a exigir um maior cuidado com o corpo e o domínio de si. Buscar satisfazer a esse modelo valorizado socialmente era a garantia de que o homem desempenharia bem as responsabilidades que dele se esperava, como a de prover a família, produzir uma prole saudável, ser trabalhador, cumprir seus contratos e ser um bom cidadão. Tanto quanto os jornais, a escola primária teve um papel importante na divulgação de representações de gênero, que buscavam constranger as mulheres no espaço privado, reservando aos homens a esfera pública. Além dos atributos prestigiantes da masculinidade, a imprensa e os livros escolares procuraram demonstrar também como um homem não deveria agir, notadamente nos espaços públicos. A partir da década de 1910, pode-se evidenciar com maior precisão a divulgação de uma série de práticas e representações que visavam coibir comportamentos masculinos que deixavam de ser tolerados nos logradouros públicos da cidade. Entre tais comportamentos estava a prática da embriaguez e o uso da violência como forma de solução de conflitos interpessoais. Naquele contexto, passou-se a exigir dos homens que circulavam pela cidade, uma certa previsibilidade em suas atitudes.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/10919
Date January 2007
CreatorsMachado, Vanderlei
ContributorsPesavento, Sandra Jatahy
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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