Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Inglês: Estudos Linguísticos e Literários, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-04-15T13:13:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Abstract : This research focuses on the representation of disability and embodiment in the contemporary generation of graphic memoirs, starting in the mid 2000s till present day 2015. These I call ?graphic body memoirs.? This dissertation is divided into two larger sections: the first section is dedicated to the investigation of the graphic memoirs Calling Dr. Laura: A Graphic Memoir (2013), by Nicole Georges, and Fun Home: A Family Tragicomic (2006), by Alison Bechdel, and what Sharon Snyder and David Mitchell define as ?narrative prosthesis.? In their definition of the term, disability works in literary discourse as a narratological device that functions as a metaphor for a given character?s unconventionalities in literary works. The questions I ask in this section are: how does this concept work within the non-fictional context of life narratives and, more specifically, of graphic memoirs? How is it that this metaphorical use of disability functions in texts where the disabled body is not necessarily a narrative ploy to convey the uniqueness of a character? In which way is the materiality of the disability metaphor affected by the dual visual and textual discourses of the comics medium? The analyses carried out throughout this section suggest that metonym appears to be a much more suitable trope as one looks at graphic memoirs and disability. Metaphor is just one of the ways in which disability is presented in these graphic memoirs, but it does not account for how it is also constitutive of the self that narrates it. Metonym, on the other hand, works through repetition and it does not provide the directness between signified and signifier entailed in metaphor. Disability as metonym can be seen as a process, rather than a direct association of signifiers. The symbolic meaning of disability has to be read as part of a larger system of construction of meaning and subjects in autobiography. Instead of the closure of metaphor, I propose the continued open-endedness of metonym in relation to disability and autobiographical narratives. The second section of this dissertation is dedicated to the analysis of visual metaphor in Tangles: A Story about Alzheimer?s, my Mother, and Me (2012), by Sarah Leavitt, Epileptic (2005), by David B., and Bitter Medicine: A Graphic Memoir about Mental Illness (2010), by Clem Martini and Olivier Martini. Visual metaphor is understood here mostly through George Lakoff and Mark Johnson?s theory of conceptual metaphor, as a figure speech that evokes sensory effects on the body. Whereas the first section deals with narratives where the narrator is the character with a disability, in this second section I focus more on graphic memoirs that represent disability in others. My questions here are: how does the portrayal of disability in others complicate the idea of self-representation and disability? How does visual metaphor impacts the experience of representing others with disability? In what ways is visual metaphor employed to reinforce the stigmatization of those characters and in what ways it is used to subvert it? What the analyses of Tangles and Epileptic suggest is that graphic memoirs that deal with the representation of disability of someone other than the narrator run the risk of appropriating that person?s story in the process of telling their own. Visual metaphor, with a few exceptions, emphasizes the spectacle of disability in others, adding to an already alienating process of stigmatization related to the representation of that disability. Bitter Medicine, conversely, serves as an example of a narrative in which the representation of disability cannot be characterized by an ableist gaze. In Bitter Medicine, the narrative offers some insight into the potential of graphic memoirs as a genre wherein one can represent disability polysemically and not just as a narrative device in the establishment of able-bodied autobiographical subjects.<br> / Esta pesquisa se concentra na representação de deficiência e de corporificação na geração contemporânea de graphic memoirs, com início nos anos 2000 até a presente data em 2015. Chamo essas obras de  graphic body memoirs. Esta tese está dividida em duas grandes partes: a primeira parte é dedicada à investigação das graphic memoirs Calling Dr. Laura: A Graphic Memoir (2013), de Nicole Georges, e Fun Home: Uma Tragicomédia Familiar (2006), de Alison Bechdel, e o que Sharon Snyder e David Mitchell definem como  prótese narrativa. Na sua definição do termo, deficiência funciona em discurso literário como um recurso narrativo que funciona como uma metáfora para a não convencionalidade de um dado personagem. As perguntas que faço nessa seção são: como esse conceito funciona no contexto não ficcional de narrativas de vida e, mais especificamente, de graphic memoirs? Como o uso metafórico da deficiência funciona em textos onde o corpo deficiente não é necessariamente uma tática narrativa para demonstrar o lado único de um personagem? De que maneira a materialidade da metáfora da deficiência é afetada pela dualidade discursiva dos quadrinhos? As análises realizadas nessa seção sugerem que metonímia parece ser um termo mais apropriado quando se olha para graphic memoirs e deficiência. Metáfora é apenas mais uma das maneiras em que deficiência é apresentada nessas graphic memoirs, mas não dá conta da maneira em que é também constitutiva do eu que as narra. Metonímia, por outro lado, trabalha através da repetição e não proporciona a relação direta entre significado e significante da metáfora. Deficiência como metonímia pode ser vista como um processo, ao invés da direta associação de significantes. O valor simbólico da deficiência precisa ser lido como parte de um sistema maior de construção de significados e sujeitos na autobiografia. Ao invés do fechamento da metáfora, eu proponho a contínua abertura da metonímia em relação à deficiência e narrativas autobiográficas. A segunda seção dessa tese é dedicada à análise da metáfora visual em Tangles: A Story about Alzheimer s, my Mother, and Me (2012), de Sarah Leavitt, Epiléptico (2005), de David B., and Bitter Medicine: A Graphic Memoir about Mental Illness (2010), de Clem Martini e Olivier Martini. Metáfora visual é entendida aqui, em sua maior parte, através da definição de George Lakoff e Mark Johnson e sua teoria da metáfora conceitual como uma figura de linguagem que evoca sensações e produz efeitos no corpo. Onde a primeira seção lida com narrativas em que o narrador é o personagem com deficiência, nessa segunda seção eu foco mais em graphic memoirs que representam deficiência em outros. Minhas questões aqui são: como a representação de deficiência em outros complica a idéia de auto-representação e deficiência? Como metáfora visual é empregada para reforçar a estigmatização daqueles personagens e como é usada para subvertê-la? As análises de Tangles e Epiléptico sugerem que graphic memoirs que lidam com a representação de deficiência de outros que não seus narradores correm o risco de se apropriarem da estória dessa pessoa durante o processo. Metáfora visual, salvo algumas exceções, enfatiza o espetáculo da deficiência em outros. Bitter Medicine, por outro lado, serve como um exemplo de narrativa em que a representação da deficiência não pode ser caracterizada como tendo um olhar capacitista. Em Bitter Medicine, a narrativa oferece um novo insight sobre o potencial de graphic memoirs como um gênero onde se pode representar deficiência polisemicamente e não apenas como um recurso narrativo no processo de estabelecimento de sujeitos autobiográficos não deficientes.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/160541 |
Date | January 2015 |
Creators | Dalmaso, Renata Lucena |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Funck, Susana Bornéo, Ávila, Eliana de Souza |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | English |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 177 p.| il. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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