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Fatores ambientais e individuais associados à obesidade em população adulta do município de Viçosa - MG / Environmental and individual factors associated with obesity in adult population of city of Viçosa - MG

Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2019-02-28T13:56:45Z
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Previous issue date: 2018-02-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A obesidade é uma doença complexa e multifatorial, resultando da interação de genes, fatores ambientais, psicossociais e de estilos de vida. Sua complexa etiologia demanda elaborada estratégia de saúde pública, uma vez que somente as características individuais não são capazes de elucidar a expansão de sua prevalência em nível populacional. Estudos sugerem que características do contexto ambiental em que as pessoas estão inseridas podem dificultar ou favorecer o ganho de peso, no entanto a maioria foi realizada em países desenvolvidos. Assim, o presente estudo teve como objetivo analisar a relação entre as variáveis ambientais e individuais e a obesidade em população adulta do município de Viçosa – MG. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal analítico. Dados individuais, previamente coletados por estudo de base populacional, juntamente com dados ambientais coletados na cidade foram georreferenciados a partir dos endereços. A amostra incluiu 965 indivíduos adultos na faixa etária de 20 a 59 anos, de ambos os sexos, residentes na zona urbana. A variável desfecho foi a obesidade, definida por índice de massa corporal (IMC≥30 kg/m 2 ). Os dados individuais foram coletados por meio de questionários e contemplaram características sociodemográficas, antropométricas, comportamentais e de percepção de saúde. Os dados ambientais, coletados de forma objetiva, contemplaram os estabelecimentos de prática de atividade física e de venda de gêneros alimentícios. Obtiveram-se ainda dados de área, população e renda média mensal dos setores censitários disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e sobre criminalidade por meio da Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais. Os estabelecimentos de venda de alimentos e locais para a prática de atividade física foram avaliados pela medida de densidade de estabelecimentos por setor censitário. O ambiente alimentar foi classificado em quatro categorias: supermercados e estabelecimentos com predominância de alimentos saudáveis, não saudáveis e mistos. Os locais para a prática de atividade física foram categorizados em públicos e privados. Para caracterização do ambiente social utilizou-se a renda per capita (razão entre o total do rendimento nominal mensal dos domicílios particulares permanentes e população residente em domicílios particulares permanentes), categorizada em tercis e a taxa de criminalidade (total de homicídios, estupro, sequestro, roubos, furtos/1000 habitantes), avaliada de forma contínua. Realizou-se análise de regressão logística binária pelo modelo de equações de estimativa generalizadas (GEE). Na análise múltipla, verificou-se associação inversa e independente entre a densidade dos locais públicos e privados para a prática de atividade física (OR=0,95, IC: 0,92-0,99; OR=0,98, IC: 0,97-0,99) e obesidade. Em todos os modelos o tercil mais alto de renda per capita associou-se inversa e independentemente à obesidade (OR=0,41, IC: 0,25- 0,67; OR=0,45, IC: 0,25-0,81; OR= 0,43, IC: 0,27-0,66; OR=0,44, IC: 0,28-0,70; OR=0,59, IC: 0,38-0,93, respectivamente). As variáveis individuais: idade, tempo de tela e ser ex- fumante associaram-se diretamente a obesidade enquanto autorrelato de saúde positivo associou-se a menores chances de obesidade (p≤ 0,05). As variáveis do ambiente alimentar e as taxas de criminalidade não foram independentemente associadas à obesidade. Tais achados demonstram que a renda e disponibilidade de estruturas públicas e privadas para prática de atividade física, associadas a algumas características individuais podem direcionar políticas públicas para diminuição da prevalência de obesidade no município. / Obesity is a complex and multifactorial disease, resulting from the interaction of genes, environmental, psychosocial and lifestyle factors. Its complex etiology demands elaborate public health strategy, since only the individual characteristics are not able to elucidate the expansion of its prevalence at the population level. Studies suggest that characteristics of the environmental context in which people are inserted may hinder or favor weight gain, however the majority were carried out in developed countries. Thus, the present study aimed to analyze the relationship between environmental and individual variables and obesity in adult population in the city of Viçosa - MG. This is an analytical cross-sectional epidemiological study. Individual data, previously collected by a population-based study, along with environmental data collected in the city were georeferenced from the addresses. The sample included 965 adult individuals aged between 20 and 59 years, of both sexes, living in the urban area. The outcome variable was obesity, defined by body mass index (BMI ≥30 kg / m2). The individual data were collected through questionnaires and contemplated sociodemographic, anthropometric, behavioral and health perception characteristics. The environmental data, objectively collected, included physical activity practices and sale of foodstuffs. Data on the area, population and average monthly income of the census tracts provided by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) and on crime through the State Department of Social Defense of Minas Gerais were also obtained. Food establishments and places to practice physical activity were evaluated by the density measure of establishments by census tract. The food environment was classified into four categories: supermarkets and establishments with a predominance of healthy, unhealthy and mixed foods. The places for the practice of physical activity were categorized in public and private. In order to characterize the social environment, per capita income was used (ratio of total monthly nominal income of permanent private households to permanent residents), categorized in tertiles and the crime rate (total homicides, rape, kidnapping , robberies, thefts / 1000 inhabitants), evaluated continuously. A binary logistic regression analysis was performed using the generalized estimation equation (GEE) model. In the multiple analysis, there was an inverse and independent association between the density of the public and private places for the practice of physical activity (OR = 0,95, IC: 0,92-0,99, OR = 0,98, IC: 0,97-0,99) and obesity. In all models, the highest tertile of income per capita was inversely and independently associated with obesity (OR = 0,41, CI: 0,25-0,67, OR = 0,45, CI: 0,25-0,81, OR = 0,43, CI: 0,27-0,66, OR = 0,44, CI: 0,28-0,70, OR = 0,59, CI: 0,38-0,93 , respectively). Individual variables: age, screen time and being an ex-smoker were directly associated with obesity, while self-reported positive health was associated with lower odds of obesity (p≤0,05). The variables of the food environment and crime rates were not independently associated with obesity. These findings demonstrate that the income and availability of public and private structures for the practice of physical activity, associated to some individual characteristics can direct public policies to decrease the prevalence of obesity in the municipality.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/23753
Date27 February 2018
CreatorsSilva, Fernanda Maria Oliveira da
ContributorsRibeiro, Andréia Queiroz, Longo, Giana Zarbato, Pessoa, Milene Cristine
PublisherUniversidade Federal de Viçosa
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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