Return to search

A participação social como diretriz estratégica do SUS: a psicanálise operando em lógicas coletivas na saúde

Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-04-06T12:50:26Z
No. of bitstreams: 1
Augusto Ribeiro Coaracy Neto.pdf: 1132672 bytes, checksum: a96187ba83cdb808e8259b19764c541a (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-06T12:50:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Augusto Ribeiro Coaracy Neto.pdf: 1132672 bytes, checksum: a96187ba83cdb808e8259b19764c541a (MD5)
Previous issue date: 2017-03-31 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / This research seeks to establish a dialogue between psychoanalysis and the Amplified Clinic.
The purpose of this interlocution is to discuss social participation as a strategic guideline of
Brazil’s Unified Health System (SUS), from the perspective of a Participatory Democracy.
For this, the subject notions related to psychoanalysis and to the Amplified Clinic are
specified, which also delimits their clinical methods. To highlight the characteristics of the
subject of the Amplified Clinic, the works of Gastão Wagner and Rosana Onocko are studied.
In addition, a history chapter is elaborated, showing the struggle against the military
dictatorship and Brazil’s redemocratization process, with emphasis on the work of Sérgio
Arouca. Thus, we observe in the theories and commitments that create SUS a notion of
subject that is characterized by the autonomy and responsibility to participate socially. These
characteristics are linked to the forms of participation such as social control (Law 8.142/90)
and sharing, taken as a principle of the Amplified Clinic. On the part of psychoanalysis, the
subject of the unconscious is specified from the reading of Freud and Lacan. Hence, we
conceive it as beyond the representation’s field, between the signifiers. In the sequence, we
see how psychoanalysis allows a collective practice in health institutions oriented by the
singularities of the subject, which stands out in three points: the savoir y faire with a
symptom, the establishment of transference and the decentralization of the demands. Each
point corresponds to ways of sustaining a mode of collective participation that includes the
subject of the unconscious, which necessarily implies a distance from imperatives of
participation or any form of domination of the subjects. This occurs in a case-by-case and
contingency manner, provoking forms of participation in which the subject is able to bring the
participatory discourse in the terms of his own narrative. In the end, as an effect of our
interlocution we see the possibility of the collective production of responsibility and
autonomy regarding the singularities of the subjects, which incites the differentiation of the
offer and demand logic supported by the massifying and homogenizing principles of the
capitalist discourse / Esta pesquisa procura realizar uma interlocução entre psicanálise e Clínica Ampliada.
O objetivo dessa interlocução é discutir a participação social enquanto diretriz estratégica
do SUS, na perspectiva de uma Democracia Participativa. Para isso, especificam-se as noções
de sujeito correlatas à psicanálise e à Clínica Ampliada, o que também delimita seus métodos
clínicos. Para realçar as características do sujeito da Clínica Ampliada, estudam-se os
trabalhos de Gastão Wagner e Rosana Onocko. Além disso, elabora-se um capítulo histórico,
mostrando a luta contra a ditadura militar e o processo de redemocratização do Brasil, com
destaque para a obra de Sérgio Arouca. Dessa forma, observamos, nas teorias e apostas que
fundam o SUS, uma noção de sujeito que se caracteriza pela autonomia e responsabilidade
para participar socialmente. Tais características ligam-se às formas de participação do
controle social (Lei 8.142/90) e ao compartilhamento, tomado como um princípio da Clínica
Ampliada. Por parte da psicanálise, especifica-se o sujeito do inconsciente a partir da leitura
de Freud e Lacan. Assim, o concebemos como além do campo das representações, entre os
significantes. Na sequência, vemos como a psicanálise permite uma prática coletiva em saúde
orientada pela singularidade do sujeito do inconsciente, o que se destaca em três pontos: o
saber fazer com um sintoma, a instauração de transferências e a descentralização das
demandas. Cada um desses pontos corresponde a maneiras de sustentação de um modo de
participação coletivo que inclua o sujeito do inconsciente, o que implica necessariamente um
afastamento de imperativos de participação ou de quaisquer formas de dominação dos
sujeitos. Isso ocorre no caso a caso e contingencialmente, suscitando formas de participação
em que o sujeito é capaz de trazer nos termos de sua própria narrativa o discurso
participativo. Ao final, como efeito de nossa interlocução, vislumbramos a possibilidade de
produção coletiva de responsabilidade e de autonomia a partir das singularidades, o que
suscita a diferenciação de lógicas de oferta e demanda apoiadas nos princípios massificantes e
homogeneizadores do discurso capitalista

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/19957
Date31 March 2017
CreatorsCoaracy Neto, Augusto Ribeiro
ContributorsPacheco Filho, Raul Albino
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Social, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0021 seconds