Submitted by admin tede (tede@pucgoias.edu.br) on 2017-01-09T12:55:25Z
No. of bitstreams: 1
MOZART MARTINS DE ARAUJO JUNIOR.pdf: 3168367 bytes, checksum: ec8bb893ae54266b08061c24eaf71ced (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-09T12:55:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
MOZART MARTINS DE ARAUJO JUNIOR.pdf: 3168367 bytes, checksum: ec8bb893ae54266b08061c24eaf71ced (MD5)
Previous issue date: 2012-12-14 / Why Karaja survived before the occupation process of the national society in its traditional
territory? The answer is simple, because there is something in the process of resistance Karajá
kept in its historical memory revealed in the unity of traditional cultural identity: The INY,
which can be translated into Portuguese the word WE. Traditionally, Karajá call themselves
INY, which means the traditional dialect society held in plurality of said name. This is the
subjectivity that the cultural identity maintained cohesion, unity and survival of this ancient
race, inhabitants of the forests of the Rio Araguaia. This study aims to revisit and discuss the
memory and cultural identity of Indians in Karajá Aruanã Goiás, with the intention of
addressing, historically, the trajectory of this indigenous nation, from the retreat in the remote
past to the present. Strictly speaking, for the research, looked at the universe of theoretical
references available, the historical and anthropological literature authors who studied the
ethnic linguistic branch of macro-Ge, where they are ranked the Karajá and its subgroups.
Thus, the scope of analysis of the dissertation, elect to historians who actually studied the
Karajá: Zoroaster (1941), Ataídes (1970), Metatti (1970), Prous (1997), Davis (1997),
Socorro (2001), Amaral (1992), Barbosa (2002), Silva; Rocha (2006), et Funare. al. (2007),
Silva (2009) et.al. It is noteworthy that the Karajá Burdina seen gradually being undermined
their traditional territories, to the point where, until recently, been confined to a small group
of houses on the edge of a ravine that is slowly being eroded by the action time and Araguaia
River. The Karajá over the last two centuries, trying to preserve their culture based on the
struggle for the survival of their ethnic groups supported the cultural resistance against the
violence and the various forms that were faced with the presence of the colonizer in the
occupation of their ancient territory and, in the course of its history were submerged by the
actions of the process of settlement of the colonizer in Brazil and the inevitable occupation of
their traditional lands, reducing them to three fragmented areas and pressure from livestock,
agriculture, and more recently by tourism. It is due to this historical process, the Karajá seek
to organize from the strategy in defending its territory millennial who is at risk of unavoidable
due to the rapid occupation of cerrado biome. In this scenario disappear, that Karajá
millennially preserve the flora and fauna, which are also natural heritage that is at risk of
disappearing. It is in this context of degradation of indigenous territory promoted by the
presence of the colonizer, that indigenous communities seek to maintain their physical and
cultural integrity, fading in the shadow of deforestation and other forms of environmental
degradation plaguing the city municipality Arowana. Dipped one hand, the tradition that mark
the Rio Araguaia as the linchpin of their cosmology and, secondly, the urban ethos of a
municipality that meets the demands of global capitalism, it Karajá to face the numerous
challenges to their survival physical and cultural. The population of Brazil, and consequently
of Goiás, for centuries associated with that occupation of the territory with the development of
an economy geared exclusively to the metropolis, giving birth to an expansion process that
triggered the reduction, fragmentation and loss of traditional territories, committing violently
identity INY maintained to the present. / Por que os Karajá sobreviveram diante do processo de ocupação da sociedade nacional em
seu território tradicional? A resposta é simples, pois, existe algo no processo de resistência
dos Karajá mantido na sua histórica memória revelada na unidade da identidade cultural
tradicional: Os INY, que em português pode ser traduzido na palavra NÓS. Tradicionalmente,
os Karajá se autodenominam INY, que no dialeto tradicional quer dizer a sociedade mantida
na pluralidade do referido nome. Esta é a subjetividade, que na identidade cultural manteve a
coesão, a unidade e a sobrevivência desta etnia centenária, habitantes das matas do Rio
Araguaia. Assim, este trabalho tem o objetivo de retomar e discutir a memória e a identidade
cultural da etnia Karajá de Aruanã Goiás, com a pretensão de abordar, historicamente, a
trajetória desta nação, a partir do recuo no passado remoto até a atualidade, a rigor, para a
realização da pesquisa, procurei, no universo das referências teóricas disponíveis, a literatura
histórica e antropológica os autores que estudaram as etnias do tronco linguístico macro-jê,
onde se encontram classificados os Karajá e seus subgrupos. Assim, no escopo de análise da
dissertação, elegem-se historiadores que, de fato, estudaram os Karajá: Zoroastro (1941),
Ataídes (1970), Melatti (1970), Socorro (2001), Amaral (1992), Barbosa (2002), Silva; Rocha
(2006), Funare et. al. (2007), Silva (2009) et.al. Ressalta-se que, os Karajá de Buridina viram,
aos poucos, seus territórios tradicionais serem minados, ao ponto de, até muito recentemente,
terem sido confinados a um pequeno conjunto de casas à beira de um barranco que está sendo
aos poucos erodido pela ação do tempo e do rio Araguaia. Os Karajá, ao longo dos dois
últimos séculos, tentam preservar a sua cultura com base na luta de sobrevivência, na
resistência cultural, face à violência das diversas e diferentes formas que se viram
confrontados com a presença do colonizador na ocupação de seu território milenar e, que no
decurso de sua história foram atropelados pelas ações do processo de povoamento do
colonizador no Brasil e a inevitável ocupação de seus territórios tradicionais, reduzindo-os a
três áreas fragmentadas e pressionadas pela pecuária, agricultura e, mais recentemente, pelo
turismo. É em decorrência desse processo histórico, que os Karajá procuram se organizar a
partir da estratégia na defesa de seu território milenar, que corre riscos inevitáveis de por
conta da ocupação acelerada do bioma do cerrado. Neste desaparecer de cenário, os Karajá
tentam preservar a fauna e a flora, que também são patrimônios naturais que podem
desaparecer. É neste contexto de degradação do território indígena promovido pela presença
do colonizador, que as comunidades indígenas procuram manter a sua integridade física e
cultural, desvanecendo-se à sombra dos desmatamentos e de outras formas de degradação
ambiental que assolam o município da cidade de Aruanã. Mergulhados, por um lado, na
tradição que marca o Rio Araguaia como o eixo central de sua cosmologia e, por outro, no
ethos urbano de um município que atende as demandas do capitalismo global, aos Karajá cabe
o enfrentamento dos inúmeros desafios a sua sobrevivência física e cultural. O povoamento
do Brasil e, consequentemente de Goiás, ao longo dos séculos associou a referida ocupação
do território com o desenvolvimento de uma economia voltada exclusivamente para a
metrópole, dando inicio a um processo expansionista que desencadeou a redução,
fragmentação e perda dos territórios tradicionais, comprometendo, violentamente, a
identidade INY mantida até o presente.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ambar:tede/3576 |
Date | 14 December 2012 |
Creators | Araujo Junior, Mozart Martins de |
Contributors | Jorge, Luiz Eduardo, Tiballi, Elianda Figueiredo Arantes, Lima Filho, Manuel Ferreira |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em História, PUC Goiás, Brasil, Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de História |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS, instname:Pontifícia Universidade Católica de Goiás, instacron:PUC_GO |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | -1461180386846979075, 500, 500, 600, 6957070094483315094, -3840921936332040591 |
Page generated in 0.0032 seconds