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A dinâmica geoeconômica do setor florestal brasileiro

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-04-11T04:13:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / O objetivo principal do presente trabalho consiste na verificação das estratégias espaciais do setor florestal no Brasil, e o papel da concentração e centralização de capitais, após os anos 2000, com as fusões e aquisições. Busca-se mostrar quais os agentes propulsores da dinâmica florestal brasileira, como eles se imbricaram para a consolidação do setor e quais as estratégias adotadas para essa consolidação. O método dialético pautado na interpenetração dos contrários permite verificar a espacialização da produção mundial do setor florestal e as estratégias adotadas para sua institucionalização no Brasil. O setor florestal compõe-se de uma complexa cadeia produtiva. À montante encontra-se a produção florestal amparada por todo um conjunto de insumos (sementes e mudas, fertilizantes, agroquímicos, máquinas e equipamentos, entre outros) e à jusante encontra-se a produção industrial de uma série de produtos madeireiros (energia, carvão vegetal, madeira processada, celulose, resíduos de madeira, entre outros) e não madeireiros (borracha, gomas, ceras, fibras, entre outros). Inicialmente o setor se constituiu assentado nas condições físicas. Foram as florestas nativas que, num primeiro momento, impulsionaram os processos extrativos da madeira. Num segundo momento, seguindo a lógica do capital, as florestas nativas foram sendo substituídas pelas florestas plantadas, que passaram a suprir a necessidade de matéria-prima da indústria. Eis o papel dos agentes econômicos na transformação do espaço imbricados com os elementos físicos e humanos. No Brasil, a constituição do setor florestal no processo produtivo, intensivo em capital, ganhou novos contornos a partir da modernização da agricultura e do II PND. O Estado foi o elemento essencial para a constituição da cadeia produtiva da madeira através dos incentivos fiscais ao reflorestamento e aportes financeiros do BNDES. Todo esse processo criou as bases constituintes para um setor altamente concentrado, intensivo em capital e tecnologia (painéis reconstituídos, celulose e papel), paralelo à um setor pulverizado, intensivo em mão de obra (compensado, madeira serrada, carvão vegetal). Dessa forma, verificou-se que a reestruturação produtiva do setor no Brasil, ocorrida após os anos 2000, esteve atrelada às dinâmicas do capital externo com reflexos na organização produtiva do setor no Brasil. Também se verificou que a lógica da grande empresa monopolista é a que passa a ditar as características setoriais.<br> / Abstract : The main purpose of this work (paper) consists in checking the spatial strategies of the forest sector in Brazil, and the role of the concentration and the centralization of the capitals, after the 2000s, with the mergers and acquisitions. This work seeks to show that the propellants of the Brazilian forest dynamics as they become intertwined, forming for industry consolidation and the strategies adopted to this consolidation. The dialectical method founded on the interpenetration of opposites allows you to check the spatial distribution of global production in the forest sector and the strategies adopted for its institutionalization in Brazil. The forestry sector is composed of a complex production chain. The amount we find forest production supported by a range of inputs (seeds and seedlings, fertilizers, agrochemicals, machine and equipment, among others.) and downstream is the industrial production of a series of wood products (energy, coal vegetable, processed wood, cellulose, wood waste, among others.) and non timber (rubber, gums, waxes, fibers, among others). Initially the industry was constituted seated in physical conditions. They were native forests that, at first, boosted extractive processes wood. Secondly, following the logic of the capital, the native forests were replaced by planted forests, which started to supply the need for raw material of the industry. Here the role of economic agents in the space transformation overlapping with the physical and human elements. In Brazil, the constitution of the forest sector in the production process, capital intensive, gained new contours from the modernization of agriculture and II NDP (The National Development Plan). The state was the essential element in the constitution of the wood production chain through tax incentives for reforestation and the NBESD (the National Bank of Economic and Social Development) financial contributions. This entire process has created the constituent foundations for a highly concentrated sector, capital intensive and technology (reconstituted panels, pulp and paper), parallel to a powdered, intensive sector workforce (plywood, lumber, charcoal). In this way, it was found that the productive restructuring of the sector in Brazil, which took place after the 2000s, was linked to the dynamics of foreign capital reflected in the productive organization of the sector in Brazil. It was also found that the logic of the large monopolist passes to dictate industry characteristics.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/174692
Date January 2016
CreatorsMazzochin, Marinez da Silva
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Espíndola, Carlos José
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format301 p.| il., grafs., tabs., mapas
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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