Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, 2007. / Submitted by Aline Jacob (alinesjacob@hotmail.com) on 2010-01-26T14:13:58Z
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Previous issue date: 2007-05-29 / O presente trabalho teve como objetivo analisar o modo como o rótulo da deficiência provoca o adoecimento do humano, em uma sociedade medicalizada, ao estigmatizar a pessoa, fazendo com que ela seja vista como objeto de conhecimento científico. Examina-se a vida medicalizada orientada pelo racionalismo científico e a conseqüente transformação dos problemas sociais em patologias. Examina-se ainda o uso do diagnóstico pela medicina, que desenvolve o poder de categorizar, de normalizar e de normatizar a vida e que, juntamente com suas parcerias institucionais - escola e família -, atua na fabricação de deficiências. Os efeitos provocados pela medicalização geram uma doença epidêmica, a iatrogênese, que implica a perda da autonomia e do controle da própria vida. A intenção foi examinar se o fenômeno da deficiência pode ser caracterizado como um efeito iatrogênico social e estrutural do conhecimento e da prática médica. Para tanto, a reflexão foi realizada com base em um cenário da narrativa de vida de duas jovens rotuladas como deficientes mentais. O estudo está estruturado em três capítulos intercalados com as histórias. O primeiro historiza a medicina clínica e discute as bases da medicalização da sociedade, com referência à expropriação da saúde e ao desenvolvimento da iatrogenia. O segundo aborda o poder do diagnóstico, o rótulo que tece mentes deficientes. O terceiro analisa o conceito de deficiência na perspectiva histórico-cultural e examina o efeito do princípio do embrutecimento em relação à ratificação da homogeneização e da mesmidade. Finalmente, este estudo propõe-se a contribuir para a reflexão sobre a presença das ciências médicas e psicológicas no cotidiano, as quais criam realidades ficcionais, uma vez que não estão vinculadas às necessidades da vida pautada na ética do humano. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study aimed an analysis as to deficiency in a medicalized society makes the human being become ill, while stigmatizing a person and making her to be seen as an object of scientific knowledge. It was also studied how a medicalized life guided by scientific rationalism changes social problems into pathology, as well as Medicine uses diagnosis in order to get a power enough to categorize, to normalize to normatilize a life and, together with school and family institution, to act producing deficiencies. Effects caused by medicalization breed an epidemic disease-Iatrogenesis, because of which a person may lose her own life control and autonomy. The intention was to examine whether the phenomenon deficiency may be characterized as an iatrogenic effect. A reflection was made having as scenery the stories of two young girls named as mental deficient. The stories are in three chapters. The first, tells the story of Clinic Medicine and discusses the basis of medicalization in a society while expropriating and improving Iatrogenesis. The second speaks of diagnosis power and deficient minds. The third analyses deficiency concept in a historical-cultural view and examines how brutalization ratifies homogenization and sameness. Finally, this study proposes to contribute to a reflection on a daily medical and psychological sciences presence, which creates fictional realities for being attached to the necessities of a life regulated by human ethics.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/3437 |
Date | 29 May 2007 |
Creators | Raad, Ingrid Lilian Fuhr |
Contributors | Tunes, Elizabeth |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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