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As implicações psicossociais do trabalho precoce em adultos

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Previous issue date: 2011-02-22 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The objective of this dissertation is to analyse psychosocial implications of the precocious
work for adults. For this, it was adopted as theoretical referential Vigotski s Historic-cultural
Psychology to comprehend the consciousness and experience; it was opted for classical
authors like Marx (1987), Engels (1985) e Thompson (1987) and contemporaneous like
Antunes (2000) e Valla (2005) to define the category objective conditions of life. To define
precocious work, it was chosen the conceptions of Costa (1990) and Alberto (2002). In terms
of method, it was used as instrument the open interview leaded by a guide inspired in the
technical of life s history, that contemplated four blocks, objective conditions of life in the
childhood, precocious work, conditions of adult life and implications of the precocious work
to the adult life. It was interviewed seven participants, from 31 to 55 years old, and it was
used to delimitate the sample, the saturation criterion of Minayo (2008). The technical of
analysis adopted was the analysis of discursive practices of Spink (2004), in which it was
sought to identify the repertoires of meaning of the participants about a thematic, by using
maps and trees of association of ideas. Data showed that participants, during childhood, had
migration history, financial needs, creation by only one of the parents and domestic violence
in some cases. Participants identified that entry into work happened around seven years old,
mostly, into domestic work, agriculture, open air markets and into the streets, to work to
family or to others. The work activities were marked by many hours of work and by low
payment or even absence of payment. The meaning of the discourse of the participants reveals
implications, both positive and negative. Among positive ones, they reproduce the society s
discourse about precocious work as training and responsibility. Among positive ones, they
reproduce the society s discourse about precocious work as training and gives responsibility.
At the same time, precocious work appears as being negative by: disrupting schooling;
bringing, to some participants, implications for health and for obtaining employment in the
current life; promoting the loss of childhood; and bringing implications to relationship with
sons. Current life is marked by informal employment or unemployment, and the benefit of the
Programa Bolsa Família (Governmental Program to help low-income families) has an
important function in maintaining family. It is concluded that, to these participants, the
meanings that precocious work assumes are contradictories; it is seen as bringing positive and
negative implications at the same time, besides showing that there is a fragmented
consciousness about their histories and about relation between their past and present. It is
comprehended that precocious work brings marks to subjectivity of these subjects at the
moment it denies to them the access to schooling and to knowledge available in their culture,
takes away from them or reduces the experience of essential activities to development, like
playing, and brings implications to the construction of identity, due to precocious
responsibility assumed. / O objetivo da presente dissertação é analisar as implicações psicossociais do trabalho precoce
em adultos. Para tal, adotou-se como referencial teórico a Psicologia Histórico-cultural de
Vigotski, para compreender a consciência e a vivência; optou-se por autores clássicos como
Marx (1987), Engels (1985) e Thompson (1987) e contemporâneos como Antunes (2000) e
Valla (2005) para definir a categoria condições objetivas de vida. Para definir trabalho
precoce, foram escolhidos os conceitos de Costa (1990) e Alberto (2002). Em termos de
método, foi utilizada como instrumento a entrevista aberta guiada por um roteiro inspirado na
técnica da história de vida, que contemplou quatro blocos: condições objetivas de vida na
infância, trabalho precoce, condições de vida adulta e implicações do trabalho precoce para a
vida adulta. Entrevistaram-se sete participantes, com idades entre 31 a 55 anos, e utilizou-se,
para delimitação da amostra, o critério de saturação de Minayo (2008). A técnica de análise
adotada foi a análise das práticas discursivas de Spink (2004), na qual buscou-se identificar os
repertórios de sentido dos participantes acerca de uma temática, através de mapas e árvores de
associação de idéias. Os dados mostraram que os participantes, durante a infância, tinham um
histórico de migrações, necessidades financeiras, criação por apenas um dos genitores e
violência doméstica em alguns casos. Os participantes identificaram que a entrada no trabalho
dava-se por volta dos sete anos de idade, sobretudo, no trabalho doméstico, na agricultura, nas
feiras livres e nas ruas, trabalhando para a família ou para terceiros. As atividades de trabalho
eram marcadas pelas longas jornadas e pela baixa remuneração ou até mesmo a ausência
desta. O sentido do discurso dos participantes revela implicações do trabalho precoce, tanto
positivas quanto negativas. Dentre as positivas, reproduzem o discurso da sociedade acerca do
trabalho precoce como formador e que confere responsabilidade. Ao mesmo tempo, o
trabalho aparece como sendo negativo por: atrapalhar a escolarização; trazer, para alguns
participantes, implicações para a saúde e para a obtenção de emprego na vida atual; promover
a perda da infância; e trazer implicações para a relação com os filhos. A vida atual é marcada
pelo emprego informal ou desemprego, tendo o benefício do Programa Bolsa Família papel
relevante na manutenção familiar. Conclui-se que, para estes participantes, os sentidos que o
trabalho precoce assume são contraditórios, visto como trazendo implicações positivas e
negativas ao mesmo tempo, além de revelar que há uma consciência fragmentada acerca de
sua história e da relação entre seu passado e presente. Compreende-se que o trabalho precoce
traz marcas para a subjetividade, no momento em que lhes nega o acesso à escolarização e aos
conhecimentos disponíveis em sua cultura, tira-lhes ou reduz a vivência de atividades
essenciais para o desenvolvimento, como a brincadeira, e traz implicações para a construção
da identidade, devido à responsabilidade precoce assumida.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/6876
Date22 February 2011
CreatorsSantos, Denise Pereira dos
ContributorsAlberto, Maria de Fatima Pereira
PublisherUniversidade Federal da Paraí­ba, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, UFPB, BR, Psicologia Social
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation7304211197885395406, 600, 600, 600, 600, -4612537233970255485, 3411867255817377423, 3590462550136975366

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