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O LUGAR DO INDIVIDUO EM O CAPITAL DE KARL MARX / THE PLACE OF THE INDIVIDUAL IN THE CAPITAL OF KARL MARX

CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O presente trabalho busca delimitar e definir o lugar do indivÃduo no processo de produÃÃo capitalista, tal qual aparece no Livro 1 de O capital de Karl Marx. Por meio de uma pesquisa bibliogrÃfica, busca-se estabelecer a relaÃÃo do indivÃduo, enquanto singularidade, com as categorias mais gerais de O capital. Percebe-se que as categorias universais, com as quais Marx descreve o capitalismo, surgem de um resultado das aÃÃes individuais. Ou seja, indivÃduos agindo em relaÃÃo com outros indivÃduos, dentro de um conjunto de regras sociais determinadas, à o que constitui os conceitos mais gerais do capitalismo. As prÃprias regras que regem as relaÃÃes dos indivÃduos surgem historicamente, dentro do todo de relaÃÃes que constituem o capital. Nesse sentido, o objeto de O capital à o capital. Todos os predicados aplicados ao capitalismo sÃo predicados do capital. Nesse modo de anÃlise, o indivÃduo à considerado somente como agente econÃmico, ou seja, como predicado do capital (burguÃs ou proletÃrio). Todavia, a individualidade tambÃm determina o capital, na medida em que à o seu trabalho que reproduz a economia capitalista. Percebe-se que o indivÃduo, como ser natural de carÃncia, precisa estabelecer um metabolismo com a natureza para existir, constituindo um sistema binÃmico de consumo e produÃÃo, com o qual ele medeia sua relaÃÃo com a natureza. Esse binÃmio (consumo e produÃÃo), embora nÃo seja o fim Ãltimo da economia capitalista, que tem como fim a produÃÃo de valor, precisa ser reproduzido em todo o tempo em que a economia capitalista à reproduzida. Nesse sentido, o indivÃduo, que à a determinaÃÃo primeira do binÃmio, reaparece em todos os estÃgios de revoluÃÃo tÃcnica da produÃÃo capitalista, tais como a cooperaÃÃo, a manufatura e a industrial. Essas Ãltimas formas de produÃÃo, propriamente capitalistas, na medida em que modifica profundamente a produÃÃo, tambÃm modificam o indivÃduo e a relaÃÃo dos muitos indivÃduos, constituindo, assim, deformidades sociais, onde se revela a tragÃdia humana que surge com a produÃÃo de massa regida pela valorizaÃÃo do valor. Percebeu-se, nesse Ãnterim, que mesmo com a deformaÃÃo e a aniquilaÃÃo do tempo livre, pelo tempo de trabalho capitalista, o indivÃduo que, atà aqui, sà foi visto no ponto de vista do agente econÃmico, tambÃm possui outras instÃncias de vida, fora da produÃÃo. Essas outras instÃncias entram em confronto e em colaboraÃÃo com a exploraÃÃo capitalista, produzindo revoltas. Desse indivÃduo em todas as suas dimensÃes da vida, pode-se perceber o motivo constante da contradiÃÃo entre capital e trabalho, que à a causa, para Marx, da deterioraÃÃo do sistema capitalista de produÃÃo.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:5047
Date14 February 2012
CreatorsFrancisco Luciano Teixeira Filho
ContributorsEduardo Ferreira Chagas, Evanildo Costeski, Ãtila Amaral Brilhante, Christian Gerhart Iber
PublisherUniversidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Filosofia, UFC, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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