Return to search

Fatores de risco ao envolvimento materno com filhos préescolares : associações com estresse e burnout

Made available in DSpace on 2016-06-02T19:46:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2359.pdf: 1333601 bytes, checksum: b4596b8e9cd0eee7eec054d789340ba3 (MD5)
Previous issue date: 2009-03-11 / Universidade Federal de Sao Carlos / Healthy infant development greatly depends on the quality of interactions between the children and their primary caregivers. In its turn, based on Bronfrenbrenner´s bioecological model, parental involvement is affected by the responsibilities and relationships that parents must attend to in various spheres of their lives, which can contribute to the intensification or distancing of the parent-child relationship. As such, it is hypothesized that the parents jobs can have a positive or negative influence on their children s development, depending on the frequency with which job-related demands
interfere with their family involvement, generating insatisfaction and stress. The effect of such problems should be even more intense when occupational stress is extreme and
chronic, leading to burnout. In view of the importance of identifying factors that can affect the quality of parental involvement, the overall objective of this study was to
examine the relationships that exist among stress, burnout and parental involvement among mothers whose children attend preschool. In total, 56 working mothers were interviewed, whose children (between three and five years old) attended a public daycare for at least half days. Using instruments previously tested in other studies, measures were made of the frequency of demands in the family and work spheres and of conflicts between these demands, of the adequacy of various practical resources (support provided by their husband and other relatives) and psychological resources
(work satisfaction, perception of the adequacy of their family role performance) to help them deal with these demands, and of the results of the stress process on the well-being of the mothers (stress and burnout symptoms) and on their involvement with the target child. Mothers who reported spending a greater number of hours on domestic chores
had higher stress and burnout scores and made lower evaluations of the frequency of their involvement with the target child. In addition, on days with a heavy workload, the
respondents reported that they had less frequent positive parenting interactions with their child, such as playing and conversing. With respect to stress and burnout, the
regression analyses indicated that mothers who said that work demands interfered with their family life had lower job satisfaction at the same time that the more the mothers
could allow family tasks to reduce work performance (without losing their jobs), the greater their job satisfaction. The greater the mothers job satisfaction (fewer extra demands and more flexibility) the lower their stress. Reinforcing this, mothers whose job demands interfered more frequently with their family life had less positive perceptions of the adequacy of their parental role performance and presented symptoms
of burnout with a higher frequency. These results provide information that contributes to a better understanding of a critical phase in the life of working women, while their
children are young, pointing to a need for a widening of the social support network of workers with children in this age group, and for the review of policies and worker s rights, so as to reduce the stress and burden felt by working parents and to promote more positive parenting involvements in the lives of their children. / O desenvolvimento infantil saudável depende significativamente da qualidade das interações entre a criança e seus cuidadores principais. Por sua vez, segundo o modelo
bioecológico de Bronfenbrenner, o envolvimento parental é afetado pelas responsabilidades e relacionamentos que os pais mantêm nas diferentes esferas de suas vidas que podem contribuir para a estreitamento ou distanciamento da relação pai-filho. Assim, levanta-se a hipótese de que o trabalho dos pais pode influenciar positiva ou negativamente no desenvolvimento dos filhos, a depender da freqüência com a qual demandas na esfera profissional interfiram no envolvimento familiar, gerando insatisfações e estresse. O efeito destes problemas deveria ser ainda mais intenso quando o estresse ocupacional fosse extremo e crônico, levando ao burnout. Tendo em vista a importância de identificar fatores que podem afetar a qualidade do envolvimento parental, o objetivo geral desta pesquisa foi de examinar as relações entre estresse, burnout e envolvimento parental em mães trabalhadoras, cujos filhos freqüentam
escolas infantis. Foram entrevistadas 56 trabalhadoras, mães de filhos de três a cinco anos que freqüentavam uma creche pública em pelo menos meio período. Utilizando instrumentos previamente testados em outros estudos, foram aferidas a freqüência das demandas nas esferas de trabalho e família e dos conflitos entre estas, a adequação de diferentes recursos práticos (apoio recebido do marido e familiares) e psicológicos
(satisfação no trabalho, percepção da adequação do desempenho no papel familiar) para lidar com estas demandas e os resultados do processo de estresse para o bem-estar das
mães (sintomas de estresse e burnout ) e no seu envolvimento com o filho alvo. Verificou-se que as mulheres que afirmavam dedicar mais horas às atividades domésticas atingiram mais altos escores de estresse e burnout e se avaliaram como estando menos envolvidas com seus filhos alvo. Além disso, em dias de carga de trabalho pesada, as respondentes disseram que interagiam menos com seus filhos em atividades relacionadas ao envolvimento parental positivo, como brincar e conversar. Em relação ao estresse e ao burnout, as análises de regressão apontaram que quanto
mais freqüentemente as demandas no trabalho interferiam na vida familiar, menor a satisfação no trabalho, ao mesmo tempo em que mães que puderam deixar demandas familiares reduzirem seu desempenho no trabalho (sem perder o emprego) estavam mais satisfeitas no trabalho. Quanto maior a satisfação no trabalho (menos tarefas extras e maior flexibilidade), menores os escores de estresse. Reforçando isso, quanto mais freqüentes foram as demandas do âmbito profissional que interferiam na família, mais baixa a percepção da adequação do desempenho no papel familiar e mais freqüentes foram os sintomas de burnout. Estes resultados trazem informações que contribuem para uma melhor compreensão de uma fase crítica na vida de mulheres que trabalham enquanto seus filhos são pequenos, apontando para a necessidade de ampliação da rede de suporte social de trabalhadores que têm filhos nessa faixa etária, bem como a revisão de políticas e direitos trabalhistas, a fim de reduzir a sobrecarga e o estresse parental e para promover um envolvimento mais positivo na vida dos filhos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/3009
Date11 March 2009
CreatorsZanfelici, Tatiane Oliveira
ContributorsBarham, Elizabeth Joan
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Educação Especial, UFSCar, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0032 seconds