O objetivo deste estudo foi verificar o poder de predição da medida da altura uterina para a restrição do crescimento fetal (RCF), por meio da curva de MARTINELLI et al. (2001), tendo como limite o percentil 5 e 10 para a idade gestacional e comparar com a curva de BELIZÁN et al. (1978). Entre julho de 2000 e fevereiro de 2003, 238 gestantes de alto risco foram submetidas a medidas de altura uterina, da 20a à 42a semana de gestação. Todas possuíam idade gestacional confirmada por ultra-sonografia precoce. A confirmação do diagnóstico de RCF foi dada após o nascimento pela curva de RAMOS (1983). Entre as gestantes, 50 (21,0%) tiveram recém-nascidos pequenos para a idade gestacional. O mesmo observador realizou 1617 medidas de altura uterina, com fita métrica, da borda superior da sínfise púbica ao fundo uterino. Para a ocorrência de RCF, considerando um exame positivo se uma medida de altura uterina encontrava-se abaixo do percentil 10 para a idade gestacional na curva de MARTINELLI et al. (2001), a sensibilidade (S) foi de 78%, especificidade (E) de 77,1%, valor preditivo positivo (VPP) de 47,6% e valor preditivo negativo (VPN) de 92,9%. Utilizando como limite o percentil 5, foram obtidos S= 64%, E= 89,9%, VPP= 62,7% e VPN= 90,4%, para o diagnóstico da RCF. Utilizando-se a curva de BELIZÁN et al. (1978) e considerando positivo exame com um valor abaixo do percentil 10 para a idade gestacional, os resultados encontrados foram S= 54%, E= 97,3%, VPP= 84,4% e VPN= 88,8% para a identificação da RCF. Comparada à curva de BELIZÁN et al. (1978), a curva de altura uterina de MARTINELLI et al. (2001) apresentou maior sensibilidade e valor preditivo negativo, consistindo em método de triagem mais adequado para a RCF / The aim of this study was to correlate uterine height measurements below the 5th and 10th percentiles using MARTINELLI et al. (2001) curve to fetal growth restriction (FGR) and to compare with the BELIZÁN et al. (1978) curve. During the period of July 2000 and February 2003, 238 pregnant women of high risk were submitted to uterine height measurements between the 20th and 42nd weeks of gestation. The whole group had well-known gestational age, confirmed by early ultrasound. The diagnosis of FGR was confirmed after birth according to RAMOS (1983). Among these women, 50 (21,0%) gave birth to light for gestational age infants. The same observer, using tape measure, performed 1617 uterine height measurements, from the upper border of the symphysis pubis to the fundus uteri. For the diagnosis of FGR, being considered as positive the exam with measurements below the 10th percentile according to MARTINELLI et al. (2001) curve, the sensitivity (SE), specificity (SP), positive predictive value (PPV) and negative predictive value (NPV) were 78,0%, 77,1%, 47,6% and 92,9%, respectively. For the 5th percentile, this curve showed SE= 64,0%, SP= 89,9%, PPV= 62,7% and NPV= 90,4% for the detection of FGR. The BELIZÁN et al. (1978) curve, having the 10th percentile as the limit, yielded SE= 54,0%, SP= 97,3%, PPV= 84,4% and NPV= 88,8% for the identification of FGR. We conclude that, when used for screening FGR, the MARTINELLI et al. (2001) curve showed greater sensitivity and negative predictive value, and presents better results than that of Belizán et al. (1978)
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-23092014-160804 |
Date | 08 March 2004 |
Creators | Silvio Martinelli |
Contributors | Roberto Eduardo Bittar, Victor Bunduki, Mário Henrique Burlacchini de Carvalho, Rossana Pulcineli Vieira Francisco, Maria Delizete Bentivegna Spallicci |
Publisher | Universidade de São Paulo, Medicina (Obstetrícia e Ginecologia), USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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