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Previous issue date: 2011 / Objetivando criticar a utopia da comunicação, tomou-se como corpus de análise três distopias
literárias: Admirável Mundo Novo (1932), de Aldous Huxley; 1984 (1948), de George Orwell
e Fahrenheit 451 (1953), de Ray Bradbury. A despeito de seu caráter ficcional, considera-se
que tais obras dialogam com o real. Em adição, ao imaginarem o porvir, estas distopias
servem como metáforas e como alerta para os dias de hoje, uma vez que se referem a aspectos
da comunicação que seriam encontrados contemporaneamente. Nos regimes distópicos há o
embate entre duas forças antagônicas: o poder que faz de tudo para se manter, utilizando para
isso os meios de comunicação disponíveis, e os sujeitos que tentam resistir com as poucas
armas que têm. Para contemplar estas forças, correspondentes a duas formas de poder, e as
estratégias de comunicação correlatas a cada uma, parte-se da discussão tradicional da
comunicação como Aparelho Ideológico do Estado (Althusser) e da sua participação na
Indústria Cultural (Adorno e Horkheimer) até chegar à noção foucaultiana de micropoder. As
distopias tratam da comunicação através de três perspectivas distintas, porém
complementares: a da construção da verdade; a das mídias e da Indústria Cultural; e a do
sujeito que busca formas alternativas de comunicação para escapar de um sistema hostil. Esta
tese sugere que, para abarcar a complexidade dos problemas e demandas da comunicação na
primeira metade do século XXI, o foco nas mídias e no poder que elas exercem não basta.
Como o poder não existe sem o micropoder, não se pode falar de comunicação sem considerar
o sujeito, seu corpo e o espaço que ocupa. Assim, aponta-se, para fenômenos de comunicação
que estão em ordens de sentido não mediatizadas e busca-se o sujeito da e na comunicação.
Trata-se de restaurar a categoria sujeito e a dimensão do humano ao invés de focalizar a razão
instrumental. Paralelamente, a ideia de comunicação como a priori, que a considera existente
antes do sujeito ou na sua ausência, é criticada. A utopia da comunicação passa pelo sujeito.
Ela não jaz unicamente nos processos técnicos, mas nos sujeitos que, dispondo de
instrumentos melhores, podem ampliar suas possibilidades de acesso aos saberes, aos outros
sujeitos e, sobretudo, de serem mais livres e promoverem mudanças sociais e culturais
efetivas, usando estes instrumentos. Só aí estaria finalmente cumprida a profecia do Homo
communicans
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/2885 |
Date | 31 January 2011 |
Creators | Dantas de Figueredo, Carolina |
Contributors | Teixeira Vieira de Melo, Cristina |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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