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Refugiados congoleses na cidade de São Paulo: processo migratório e itinerários terapêuticos

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Previous issue date: 2017-11-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / No contexto das migrações em busca de refúgio, as experiências vividas tanto nos países de origem quanto nos locais de acolhida envolvem elementos com potencial de desencadear sofrimentos nas pessoas em situação de refúgio. O deslocamento em busca de refúgio pode comprometer a saúde dessas pessoas. O objetivo desta pesquisa é investigar os itinerários terapêuticos para a preservação e recuperação da saúde entre pessoas em situação de refúgio oriundas da República Democrática do Congo, residentes na cidade de São Paulo. Foram realizadas quinze entrevistas em profundidade com congoleses com o status de refugiado, além da observação etnográfica. Esta pesquisa mostrou que não é possível generalizar as condições de saúde das pessoas em situação de refúgio. Embora todos os congoleses tenham relatado casos de sofrimento, sobretudo, pelas dificuldades e adversidades encontradas no local de acolhida, o processo de refúgio não se traduziu na vida dessas pessoas, de forma geral, em casos de adoecimento físico e/ou mental de grande significado. Apesar disso, essas pessoas necessitam de suporte em relação à sua saúde pelo sofrimento a que invariavelmente são submetidas. A análise dos itinerários demonstrou que os caminhos percorridos pelos congoleses em busca de cuidados terapêuticos nem sempre coincidem com esquemas ou fluxos pré-determinados. Suas escolhas expressam construções subjetivas individuais e também coletivas acerca do processo de adoecimento e de formas de tratamento, forjadas sob as influências de diversos fatores e contextos. De maneira geral, os caminhos percorridos pelos congoleses abarcam, em menor escala, a autoatenção e, de maneira expressiva, o sistema profissional (SUS) e, sobretudo, as redes sociais (familiares e amigos) e a espiritualidade. Vale destacar que quase todos os entrevistados não têm a percepção de saúde mental em termos biomédicos. A doença não é vista como um processo estritamente biológico/corporal, mas como o resultado do contexto cultural e a experiência subjetiva de sentir-se mal. / In the context of migrants in search of refuge, the experiences reported in both the country of origin and destination involve elements with the potential of triggering suffering in those people seeking refuge. The displacement in search of refuge may compromise the health of those people. This research project aims to look into the therapeutic itineraries for the preservation and recovery of the health of the refugees who come from the Democratic Republic of the Congo, who are now residents of São Paulo. Fifteen in-depth interviews have been carried out with the Congolese people living here as refugees, as well as ethnographic observations. This research has shown that it is not possible to generalize about the health situation of the refugees. In spite of the fact that all the Congolese have reported cases of suffering, mainly due to the difficulties and adversities found in the places of refuge, the process of refuge has not been translated into cases of both physical and/or mental illnesses of great significance as a whole. Nonetheless, those people need a great deal of support in regard to their health situation as a result of the suffering they are invariably submitted to. The analysis of the itineraries has demonstrated that the paths taken by the Congolese in search of therapeutic care do not always coincide with predetermined schemes or influxes. Their choices express both individual and collective subjective constructions with regard to the process of falling ill and the methods of treatment, forged under the influences of various factors and contexts. As a whole, the paths taken by the Congolese encompass self-awareness, on a smaller scale, and the Brazilian Unified Health System (SUS), more significantly speaking, but above all, social networks (family and friends) and spirituality. It is worth pointing out that almost all of the interviewees do not have a full perception of their mental health in biomedical terms. The illness is not seen as a strictly biological/bodily process, but as a result of the cultural context and the subjective experience of feeling ill. / BV UNIFESP: Teses e dissertações

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unifesp.br:11600/41876
Date24 November 2017
CreatorsHaydu, Marcelo [UNIFESP]
ContributorsUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Martin, Denise [UNIFESP]
PublisherUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format217 p.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UNIFESP, instname:Universidade Federal de São Paulo, instacron:UNIFESP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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