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Formação de intérpretes de Libras e Língua Portuguesa: encontros de sujeitos, discursos e saberes / The Brazilian Sign Language and Portuguese Interpreters Training: encounters among subjects, discourses and knowledges

Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-12-22T11:11:13Z
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Previous issue date: 2016-12-06 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / This dissertation aims to generally discuss the unpredictability, immediateness, discursivity and norms of interlanguage interpretation and its effects on the professional training of experienced or beginning Brazilian Sign Language and Portuguese Language Interpreters. We explore the enunciative-discursive complexity of this language activity as we consider the semiotic-ideological dimensions of the languages involved and the concreteness of its realization based on the needs of the interactants of the communicative situation and its striking dimension of its “language-as-work” condition. By means of a theoretical triangulation between Bakhtinian studies, ergology and interpreting studies, we transferred the self-confrontation methodology, originally developed by French linguist Daniel Faïta in the Activity Clinic context, to work activity intervention, to the context of professional training with a group of interpreters in a pós-graduação lato sensu [graduate continuing education program] in a course dedicated to the training interpretation in Libras-LP directionality of Brazilian Sign Language/Portuguese Translation and Interpretation offered by a private university in Sao Paulo. Students were divided into three pairs, and in each pair one student played the role of the Main Interpreter and the other, of the Supporting Interpreter. They also changed roles during the activity, in which they had to interpret texts from three different discourse genres, viz., Valedictorian speech, militant political discourse, prosaic opinionative discourse, at two moments: during the first class with no prior professional training action in sensu stricto and during the last class, after their professional training was over. In the last part of the course, the pairs watched the two video recordings and commented on the interpretations based on simple self-confrontation (when they talked about what they had done) and crossed self-confrontation (when the other peers talked about what they had done). The data show that the main interpreters of the interpretation activities, when placed before their own interpretation performance during self-confrontation, were able to learn, in the activity, much beyond what they know about their performance. In the first video, they recognized that their knowledge was a result of prior experience, and in the second that they discursively re-elaborated this knowledge according to their professional training. They also realized that the mobilized genres summoned for specific knowledge related to the interpretation activity: in the second video recording they used strategies they had learned during the professional training program, which were not used in the first one. This dialogical movement related to the interpretation activity before and after the professional training program prompted them to mobilize discourses on the I-for-myself, I-for-the-other, and other-for-me during self-confrontation, contributing, thus, to a shift in the perception of the I and the other classmates as workers who deal with an unpredictable, immediate, and striking activity. We hope that this research may contribute to the teaching/professional training of sign language interpretation, to studies on the relationship between language and work, and to discourse studies / Esta tese tem por objetivo geral discutir a imprevisibilidade, imediatismo, discursividade e normas da interpretação interlíngue e seus efeitos para a formação de Intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e Língua Portuguesa (LP) experientes e iniciantes. Explora-se a complexidade enunciativo-discursiva desta atividade de linguagem considerando a dimensão semiótico-ideológico das línguas envolvidas, a concretude de sua realização a partir das necessidades interacionais dos sujeitos participantes da situação comunicativa e a dimensão dramática de sua condição de “linguagem como trabalho”. Por meio de uma triangulação teórica entre os estudos bakhtinianos, a ergologia e os estudos da interpretação, realizou-se um deslocamento da metodologia da autoconfrontação, originalmente elaborada pelo linguista francês Daniel Faïta no contexto da Clínica da Atividade para a intervenção na atividade de trabalho, para o contexto de formação profissional com um grupo de intérpretes em um curso de pós-graduação lato sensu em Tradução e Interpretação de Libras/Português de uma instituição de educação superior privada na cidade de São Paulo. Foram montadas três duplas – sendo que, nelas, um sujeito assumiu a posição de intérprete de turno (IT) e outro a de intérprete de apoio (IA), mudando a posição durante a atividade – para interpretar três gêneros discursivos diferentes (discurso de formatura, político-militante e prosaico-opinativo) em uma disciplina dedicada à apreensão da direcionalidade interpretativa Libras-LP em dois momentos: na primeira aula, sem qualquer ação formativa stricto sensu; e o segundo na última aula, após terem passado pela formação. Na última parte da disciplina, as duplas, diante das duas gravações, comentaram as interpretações por meio da autoconfrontação simples (eles falando sobre o que eles fizeram) e da autoconfrontação cruzada (colegas comentando sobre o que eles fizeram). Os dados mostram que os intérpretes protagonistas da atividade interpretativa no contexto de formação, ao se depararem com seu fazer nas autoconfrontações, reconheceram, na atividade, muito além daquilo que sabiam sobre o seu fazer. Reconheceram, no primeiro vídeo, um saber marcado pela experiência e, no segundo vídeo, uma reelaboração discursiva desse saber de acordo com a formação. Observaram, também, que os gêneros mobilizados convocaram saberes específicos ligados a atividade interpretativa o que os mobilizou à utilização, no caso da segunda gravação, de estratégias abordadas no processo formativo que não foram utilizadas no primeiro. Esse movimento dialógico sobre a atividade interpretativa antes e depois da formação conduziu os sujeitos a mobilizarem discursos sobre o eu-para-mim, o eu-para-o-outro e o outro-para-mim durante as autoconfrontações contribuindo, com isso, para uma mudança na percepção de si e dos outros participantes da aula como trabalhadores que lidam com uma atividade imprevisível, imediata e dramática. Espera-se que esta pesquisa contribua com a pedagogia da interpretação das línguas de sinais, com os estudos do binômio linguagem e o trabalho e com os estudos do discurso

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/19562
Date06 December 2016
CreatorsNascimento, Marcus Vinícius Batista
ContributorsBrait, Elisabeth
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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