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O que ensinar a quem já ensina em aula de língua estrangeira? : uma proposta pedagógica para ensino de línguas estrangeiras a alunos adultos

Este trabalho tem como objetivo pesquisar o que ensinar, em aula de língua estrangeira, a
alunos adultos, de mais de cinquenta anos de idade que, em virtude de sua experiência de
vida, muitas vezes, têm mais a ensinar que a aprender. O estudo está vinculado ao Programa
de Pós-graduação em Educação, da Universidade de Caxias do Sul- Mestrado em Educação-,
dentro da linha de pesquisa “Educação, Linguagem e Tecnologia” e vincula-se, também, ao
projeto de pesquisa “Aspectos da formação leitora e sua repercussão na relação entre
profissional eficiente e leitura (TEAR 5)”, desenvolvido na Universidade de Caxias do Sul.
Os procedimentos metodológicos utilizados incluíram um instrumento de pesquisa que
consistiu num questionário, com a inclusão de um relato de experiências, do qual foi feita uma
análise textual discursiva (Bardin e Moraes), juntamente com uma análise dialética dos
aspectos levantados. Percebe-se que o conteúdo das aulas de língua estrangeira para adultos
maiores precisa ser reformulado, a fim de torná-lo significativo. Com base na pesquisa
realizada, destacam-se os aspectos: subjetividade e expressão de sentimentos, o que leva a
sugerir um “novo” elemento a ser incluído no ensino de língua estrangeira para essa faixa
etária: a estética, entendida como uma possibilidade de entender o mundo de outra maneira. O
elemento estético, trabalhado por Bense, Ostrower, Hermann, Paviani, vem acompanhado do
processo reflexivo no ato de aprender, como forma de atingir a autonomia no
desenvolvimento cognitivo do indivíduo histórico (conceito apresentado por Hegel).
Relacionando a ética com a estética, a arte e a vida, compõe-se uma proposta que recorre,
também, aos usos do texto e da língua na perspectiva de Vygotsky e Bakhtin, como forma de
fazer com que o aluno dialogue consigo mesmo, com o outro e com o mundo. O estudo
mostra que o aluno, no momento em que consegue estabelecer esse diálogo, aprende,
interagindo e construindo sua subjetividade. Dessa forma, este estudo apresenta sugestões de
incluir elementos estéticos nos programas de ensino de língua estrangeira para alunos adultos
maiores e de continuar pesquisando se esses elementos são relevantes, também, para outras
áreas do ensino e da aprendizagem nessa faixa etária. / The aim of this work is to investigate what to teach, in foreign language classes, to more than
fifty-year-old adult learners, who, due to their life experience, have more to teach than to
learn. This study is linked to Post-Graduation Program in Education of Universidad de Caxias
do Sul- Master in Education- in research line “Education, Language, and Technology” and , it
is also linked to a research project “Aspects of reading training and its repercussions in the
relationship between efficient professional and reading (TEAR 5)”, also developed at
Universidade de Caxias do Sul. The methodological procedures used included a research
instrument which consisted in a questionnaire, containing an experience account. From the
latter, a textual discourse analysis was done (Bardin and Moraes) together with a dialectic
analysis of the referred aspects. It was noticed that the contents of foreign language classes for
older adults needs to be reformulated so as to be more significant. Based on the piece of
research done, two aspects: subjectivity and expression of feelings are highlighted, which
leads to suggest a “new” element to be included in foreign language teaching for this age:
aesthetics, considered as a possibility of seeing life in another way. The aesthetic element, as
studied by Bense, Ostrower, Hermann, and Paviani appears together with the process of
reflection in the act of learning, as a means of attaining autonomy in the cognitive
development of the historic individual (concept introduced by Hegel). Relating ethics and
aesthetics, art and life, this proposal is composed, also referring to uses of text and language,
in Vygotsky‟s and Bakhtin‟s approach, as a way of having the student talking to
himself/herself, to others, and to the world. This study shows that, when this dialogue takes
place, the student learns, and at the same time, builds his/her subjectivity. So, this study
suggests including aesthetics elements in foreign language curricula for older adult students,
and continuing research about the possibility of these points being also relevant in other areas
of teaching and learning at the referred age.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ucs.br:11338/533
Date22 August 2011
CreatorsBasso, Elsa Mónica Bonito
ContributorsBombassaro, Luiz Carlos, Azevedo, Tânia Maris de, Paviani, Neires Maria Soldatelli
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UCS, instname:Universidade de Caxias do Sul, instacron:UCS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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