CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Segundo a Teoria da ArgumentaÃÃo na LÃngua (TAL), a argumentaÃÃo encontra-se marcada nas escolhas linguÃsticas, em que os encadeamentos argumentativos possÃveis no discurso nÃo estÃo ligados apenas Ãs informaÃÃes que elas veiculam, mas à estrutura linguÃstica dos enunciados. Assim, os sentidos dos enunciados indicam a direÃÃo da continuaÃÃo do diÃlogo, orientando o interlocutor a certo tipo de conclusÃo. Sob o ponto de vista da argumentaÃÃo na lÃngua, em que o encadeamento argumentativo està ligado à estrutura linguÃstica dos enunciados, a presente pesquisa teve como escopo investigar o desenvolvimento do discurso argumentativo na escrita do gÃnero carta de reclamaÃÃo de estudantes do 4 ano do Ensino Fundamental de uma escola pÃblica municipal de Fortaleza. De acordo com a tipologia cientÃfica, que classifica os diversos tipos de pesquisas, este estudo caracterizou-se como uma pesquisa do tipo explicativa, todavia, de base interpretativa e de carÃter descritivo, visto que a pesquisa adotou um desenho experimental, que se justifica pelo fato de se trabalhar com uma sequÃncia didÃtica e a participaÃÃo de um grupo experimental. Para a anÃlise dos dados, utilizamos os pressupostos teÃricos ducrotianos da Teoria da ArgumentaÃÃo na LÃngua (TAL), a concepÃÃo de linguagem dialÃgica baktiniana, assim como baseados em Koch (1992, 1997, 2003, 2006), identificamos e analisamos os enunciadores presentes nas cartas produzidas. A anÃlise segue procedimentos quantitativos e qualitativos. No que diz respeito ao gÃnero carta de reclamaÃÃo, seguimos os pressupostos de Schneuwly e Dolz (2004), Barton & Hall (2000), e Bazerman (2005). Inicialmente, identificamos os elementos constituintes da estrutura do gÃnero carta de reclamaÃÃo. Em seguida, analisamos os aspectos discursivos e argumentativos das cartas, momento em que verificamos o desenvolvimento do tema e a construÃÃo de sentido nas cartas de reclamaÃÃo produzidas. Por fim, examinamos os aspectos socioculturais emergentes no corpus. ConcluÃmos que a argumentaÃÃo, como um traÃo constitutivo dos enunciados, està presente nas produÃÃes dos alunos, desde cedo, e que por isso ela à legÃtima na escrita infantil. Ressaltamos, contudo, que, embora a argumentaÃÃo seja inerente à lÃngua, como postula Ducrot (1980), faz-se necessÃrio o ensino sistemÃtico desta para que os textos argumentativos infantis sejam eficazes.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:7616 |
Date | 02 December 2013 |
Creators | Ana Paula Martins Alves |
Contributors | MÃnica de Souza Serafim, Ana CÃlia Clementino Moura, GlaÃs Sales Cordeiro |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em LingÃÃstica, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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