O presente trabalho procura acompanhar a proposta modelar de Theodor W. Adorno, formulada de modo ensaístico e paratáxico na Teoria estética. Visa compreender esse modelo de pensamento, sua atualidade como manifesto crítico e como possibilidade de construção cognitiva não mais voltada a uma racionalidade que se sobrepõe às particularidades do objeto do conhecimento, reprimindo-as em favor da soberania do sujeito. Busca esclarecer como o estético, em Adorno, tornou-se um experimento teórico para apresentar objetos sociais e históricos – as obras de arte – que resistem ao jogo do valor de troca e que, por meio de uma linguagem enigmática e de uma perspectiva utópica, propõem mudanças para o atual estado de coisas. Pretende, ainda, mostrar que a Teoria estética superou os traços desesperançosos e pessimistas que marcavam o discurso de Adorno: a razão humana não está destinada a reprimir-se e a reprimir a natureza e os homens. A obra de arte resiste e, ao resistir, nega. Ao negar, propõe algo que não existe, um não-idêntico, algo que não se sabe o que é. O desejo de algo novo, liberto do peso totalizador da Aufklärung, atravessa a Teoria estética. / This paper is an attempt to study Theodor W. Adorno‟s model proposition formulated in an essay-like and parataxic-like model in his Ästhetische Theorie. The paper pursues a better understanding of Adorno´s thought model, its today‟s actuality both as a criticism manifest and as a possibility of cognitive construction no longer dependent on a rationality that supersedes the particularities of the object under study, inhibiting them in favour of the subject‟s sovereignty. The paper also tries to make it clearer how the concept of esthetics, in Adorno, has become a theoretical experiment to present social and historical objects – works of art – that do not yield vis-a-vis the exchange value game and which, by means of an enigmatic language and of a utopic perspective, propose changes in favour of the present-day status quo. Besides, this paper also tries to show that Adorno‟s Ästhetische Theorie has overcome the hopeless and pessimistic traits that marked Adorno‟s discourse: human nature is not bound to repress itself and to repress nature and men. A work of art resists and, upon resisting, it denies. Upon denying, it proposes something that does not exist, something non-identical, something one does not know what it really is. A desire for something new, free from the totalizing weight of the Aufklärung permeates the Ästhetische Theorie.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/49667 |
Date | January 2012 |
Creators | Schaefer, Sergio |
Contributors | Zilberman, Regina |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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