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A PRÁTICA DA MÍSTICA E A LUTA PELA TERRA NO MST

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Previous issue date: 2010-06-15 / The Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra MST (Landless Worker Movement) has been a research aim in the most varied knowledge fields, hence evidencing its wealth and action amplitude among society. This movement has emerged in the first half of the eighties, mainly owing to the social, political and economical reality of the time, not to mention the fundamental support from the religious agents connected with the CPT. Therefore, the movement has resisted over twenty-six years in the Brazilian setting and it is known as a movement in motion whose history is in its coming-to-be. Since its creation, and among many activities and actions, its organization has developed one practice called mystic. In this perspective, this work has as its aim the discussion of how the MST had thought and has been systematizing the practice of the mystic in its organization. So as to write this narrative, a varied set of sources was analyzed, highlighting the several printed materials, images as well as oral sources published by the MST. This temporal cutting delimited between the decade of 1980 and the year of 2009 characterizes the work into something that
may be denominated as present time story. The mystic was developed by the religious agents who advised the Movement. These advisors were very popular among the workers. Thus, the
MST has grasped such practice and has re-meant it for its struggle, investing in their own mystic, or even better, in a new doing. Investing in creating the mystic is something intense
for the Movement, so it must be developed in the most distinct spaces and circumstances. The mystic might be performed in a very diverse and plural way, taking into consideration the
context and the reality of the group. Its making is in a theatrical way, by having music, poetry and many symbols. As a cultural and political practice, this is a moment in which the
Movement is able to communicate effectively with the subjects, producing representations concerning everything that composes the way of being of the landless worker. The mystic has
become essential and strategical in the organization of the MST, and it is gifted with power, id est, it brings about memory, representation and political action. In both camping sites Madre
Cristina and Estrela da Ilha, the subjects have experienced with this practice, resulting in meanings and senses in their lives. The mystic was developed in the settlement according to
the context and the quotidian of the people. While in the settlements, the subjects did not perform the mystic, evidencing that this practice also has its own limits, not being able to extend its effects for all the areas in which the participants of the MST are / O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem sido objeto de pesquisa nos mais variados campos do saber, evidenciando, assim, sua riqueza e amplitude de ações
face à sociedade. Emergido na primeira metade da década de 1980, sobretudo, a partir da realidade política, econômica e social da época, e por meio do apoio fundamental de agentes
religiosos ligados à CPT, o Movimento resiste há mais de vinte e seis anos no cenário brasileiro e se configura como um Movimento em movimento, em que sua história está em seu
devir. Desde sua criação, entre tantas atividades e ações, sua organização desenvolveu uma prática chamada mística. Nesta perspectiva, este trabalho tem por objetivo discutir como o
MST pensou e vem sistematizando a prática da mística em sua organização. Para a escrita da narrativa, analisou-se um conjunto variado de fontes, destacando diversos materiais impressos publicados pelo MST, imagens e fontes orais. O recorte temporal delimitado situa-se entre a década de 1980 e o ano de 2009, caracterizando o trabalho no que pode ser denominada história do tempo presente. A mística era desenvolvida pelos agentes religiosos que prestavam assessoria ao Movimento e tinha grande aceitação entre os sujeitos. Deste modo, o MST se apropriou de tal prática e a ressignificou para as suas lutas, investindo em uma mística própria, ou melhor, em um novo fazer. O investimento no fazer da mística é intenso por parte do Movimento, devendo ela ser desenvolvida nos mais distintos espaços e circunstâncias. A mística pode ser realizada de maneira diversa e plural, levando em consideração o contexto e a realidade do grupo. O seu fazer é em forma de teatro, contendo músicas, poesias e muitos símbolos em seu interior. Como uma prática cultural e política, e um momento em que o Movimento consegue se comunicar eficazmente com os sujeitos, construindo representações sobre tudo aquilo que compõe o modo de ser Sem Terra, a mística se tornou essencial e estratégica na organização do MST, sendo ela dotada de poder, isto é, desencadeadora de memória, representação e ação política. No acampamento Madre Cristina e no assentamento Estrela da Ilha, os sujeitos tiveram experiências com essa prática, tendo ela significados e sentidos em suas vidas. A mística era desenvolvida no acampamento de acordo com o contexto e o cotidiano do grupo. Já no assentamento, os sujeitos não realizavam a mística, evidenciando que essa prática também tem seus limites, não podendo assim, estender seus efeitos para todos os espaços em que se fazem presentes integrantes do MST

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.ufgd.edu.br:tede/223
Date15 June 2010
CreatorsCoelho, Fabiano
ContributorsSouza, João Carlos de, Borges, Maria Celma, Magalhaes, Marionilde Dias Brepohl de
PublisherUNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS, Programa de Pós-Graduação em História, <script src="http://uui.com.br, BR, História, Região e Identidades
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFGD, instname:Universidade Federal da Grande Dourados, instacron:UFGD
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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