Trata do tema da higiene da habitação urbana paulista. Objetiva analisar em fontes documentais originais como a moradia foi incluída nas iniciativas governamentais estadual e municipal - para melhorar o estado sanitário da cidade de Campinas/SP, entre 1880 e 1934. Trabalha com a hipótese de que as medidas tomadas pelo governo de São Paulo e pela municipalidade, no final do século XIX, sob a organização do regime republicano e para combater as epidemias de febre amarela, estiveram fundamentadas nos princípios do urbanismo sanitarista europeu, que foram sistematizados na legislação sanitária estadual e edilícia municipal, embasando as práticas relacionadas à higiene das habitações e orientando a atividade edificativa em Campinas. Analisa o panorama da construção civil em Campinas por meio do procedimento administrativo que autorizou as licenças para construção de moradias, que foi formalizado na legislação edilícia e organizado na Repartição de Obras, identificando os protagonistas na concepção e na análise dos requerimentos e dos projetos arquitetônicos. Verifica que a expressiva maioria das obras foi conduzida por construtores não diplomados, sem formação acadêmica nas escolas tradicionais de engenharia e arquitetura, mas que foram licenciados conforme a normativa que estabeleceu a regulamentação profissional. Conclui que essa normativa municipal, atendendo aos preceitos da legislação sanitária estadual e dando suporte ao aparato sanitarista, foi decisiva para promover reformas e orientar a construção de novas habitações em Campinas/SP, ao estabelecer a obediência às determinações técnicas de aspecto, de solidez e de higiene, principalmente relacionadas à impermeabilização, à insolação e ao arejamento das edificações urbanas. / The theme of this thesis is the hygiene of urban housing of São Paulo state. It objectives to analyze, based on original documentary sources, how it was included in government initiatives - state and local - to improve sanitary conditions of the city of Campinas/SP, between 1880 and 1934. It works with the hypothesis that, the measures taken by São Paulos government and by the municipality - in the late nineteenth century - under the republican regimes organization and to fight yellow fever epidemics, were based on the European principles of sanitarian urbanism, which were organized in sanitary and constructive legislation, providing input to practices related to housing hygiene and guiding Campinas building activity. Examines construction scenery in Campinas through the administrative procedure that authorized permits for housing edification, which was formalized in constructive legislation and organized in the municipality, identifying the protagonists in the conception and analysis of requirements and architectural projects. It verifies that the significant majority of the work was conducted by non-graduated constructors, without academic degree in traditional schools of engineering and architecture, however were licensed according to rules that established the professional regulation. It concludes that these municipal rules, taking into account state laws provisions and supporting the sanitary apparatus, was decisive to promote reforms and guidance for the construction of new private urban houses in Campinas/SP, when establishes obedience to aspect, solidity and hygiene technical determinations, mainly related to buildings waterproofing, insolation and ventilation.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-11042017-093824 |
Date | 13 December 2016 |
Creators | Ferreira, Monica Cristina Brunini Frandi |
Contributors | Bortolucci, Maria Angela Pereira de Castro e Silva |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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