Return to search

A Lei do Ventre Livre e os caminhos da liberdade em Pernambuco, 1871-1888.

Made available in DSpace on 2014-06-12T18:32:14Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo3377_1.pdf: 3273715 bytes, checksum: 8b2aff1c2c21c2a0229c461b45f5a3f7 (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2007 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O principal objetivo deste trabalho é analisar como os escravos utilizaram a Lei do
Ventre Livre para pleitearem a alforria em Pernambuco, principalmente através das ações de
liberdade da Primeira Instância, entre 1871 e 1888.
Independente de qualquer permissão legal, já existia um cotidiano de resistência
escrava no Brasil, mas a justiça se apresenta como uma importante fonte para entendermos
um pouco mais a relação senhor - escravo na segunda metade do século XIX. Pois apesar de
ser um espaço da cultura letrada, soube ser utilizada por sujeitos sem personalidade jurídica e
por vezes lhes trouxe resultados favoráveis.
A Lei do Ventre Livre, que ficou conhecida por libertar as crianças nascidas a partir de
28 de setembro de 1871, continha diversos outros dispositivos que poderiam ser acionados em
prol da alforria. Nessas contendas, encontramos os escravos e seus familiares interferindo no
sagrado direito de propriedade, forçando os senhores a alforriarem não apenas os seus
escolhidos.
A disputa entre liberdade e propriedade ainda acirrava os ânimos dos senhores menos
dispostos a alforriarem seus cativos, levando-os a conseguiram a liberdade na justiça às
vésperas da assinatura da Lei Áurea. Nas últimas décadas da escravidão, não era mais
necessário fazer longas defesas do direito à liberdade. Com a nova legislação
emancipacionista, juízes, advogados e os demais membros da sociedade tinham um apoio
legal para se posicionarem a favor das alforrias.
Mesmo não resgatando da escravidão uma parcela considerável dessa população, não
podemos negligenciar o quanto a lei foi importante ao tornar legal ações baseadas no costume
e questionar o direito de propriedade. E o mais importante, tivemos a oportunidade de
observar que escravos com família não eram exceções. A família era tão presente quanto o
trabalho, a religião, os divertimentos, os castigos e o desejo de liberdade

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/7431
Date January 2007
CreatorsLima da Costa, Lenira
ContributorsJoaquim Maciel de Carvalho, Marcus
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0018 seconds