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Mortalidade por leucemia linfoide aguda : resultados de uma coorte de 35 anos na Região Nordeste do Brasil

Não informado / A leucemia linfoide aguda (LLA) é a neoplasia mais comum da infância. Protocolos terapêuticos multicêntricos, tornaram a LLA uma doença curável. As taxas de cura chegam a aproximadamente 90% nos países desenvolvidos. No entanto, estes resultados não se repetem em países em desenvolvimento, onde vivem mais de 80% das crianças afetadas pela doença e nos quais as taxas de sobrevida, muitas vezes, não atingem 35%. OBJETIVO Avaliar a tendência secular da mortalidade por LLA em crianças que vivem em Sergipe, estado da região nordeste do Brasil, e sua associação com variáveis metabólicas e as relacionadas ao nível socioeconômico.MÉTODO.Foram avaliados pacientes que tinham menos de 19 anos de idade e que foram tratados no serviço de referência do estado de Sergipe. A amostra foi composta por dois grupos de pacientes do serviço público de saúde: pacientes tratados 1980-2004 (coorte A) e 2005-2014 (coorte B). Os resultados foram comparados com os de pacientes tratados em um serviço privado para o tratamento do câncer pediátrico disponíveis na região, de 2005 a 2014 (coorte C). Duas categorias de variáveis foram consideradas neste estudo: biológica e socioeconômica. Em 111 pacientes foram coletados exames laboratoriais durante a fase de indução da remissão, nos dias de quimioterapia programados: glicemia no primeiro (D1), oitavo (D8), décimo quinto (D15), vigésimo segundo (D22), vigésimo oitavo (D28) e quadragésimo segundo (D42) dias de tratamento; as transaminases hepáticas estudadas foram alanina amino transaminase (ALT) e aspartato amino transaminase (AST) e os lipídeos séricos foram colesterol total e triglicérides, os quais, juntamente com amilase pancreática sérica, foram avaliados nos primeiro (D1) e no último dia da indução da remissão. (D42). RESULTADOS. Foram analisados 412 pacientes, que foram divididos em três coortes (coorte A: 287 pacientes, coorte B: 106 pacientes e coorte C: 19 pacientes). As taxas de mortalidade para as três coortes foram significativamente diferentes: 57,5% no grupo A, 45,3% no grupo B e 26,3% no grupo C (p = 0,006). A mortalidade durante a indução em coorte B foi de 22,6%, enquanto no grupo C não ocorreram óbitos durante esta fase (p = 0,041). Os pacientes que vivem em áreas rurais tiveram maiores taxas de mortalidade (p = 0,036) Em 112 pacientes foram avaliados a relação entre as alterações da glicemia, lipídeos séricos e transaminases hepáticas e sua relação com mortalidade nas fases de indução e pós-indução. Não foi encontrada nenhuma relação significativa entre óbitos na fase de IR e alterações das enzimas hepáticas ou presença de hiperglicemia, porém a proporção de óbitos na fase pós-indução foi mais elevada entre os pacientes que apresentaram hiperglicemia na indução da remissão (p=0,025).CONCLUSÃO: A redução das mortes por infecção durante a indução parece ser o ponto de partida para melhorar as chances de crianças e adolescentes com ALL em qualquer lugar do mundo

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/3604
Date13 November 2015
CreatorsViana, Simone Santana
ContributorsCipolotti, Rosana
PublisherUniversidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Ciências da Saúde, UFS, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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