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Estudo fitoquímico e biológico de espécies amazônicas: Pradosia huberi (Ducke) Ducke (Sapotaceae) e Licania macrophylla Bent. (Chrysobalanaceae)

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Previous issue date: 2008-12-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The use of plants as a treatment method has gained prominence and became fashionable in
the world. In Brazil is not different. In recent years some brazilian states has been
implementing phytotherapy as an alternative therapy for the public health. However
there are some drawbacks as the lack of scientific information that supporting traditional
knowledge of some species. The Licania macrophylla Benth species belongs to the
Chrysobalanaceae family and is known popularly as "anauera" or "anuera." The stem bark
of this species is used in the state of Amapá like amebicide as antidiarrheal. The Pradosia
huberi Ducke species belongs to the Sapotaceae family, and is popularly called "fresh
bark" or "stick candy ' and its stem bark is used by Amazonian peoples to assist in the
treatment of stomach problems and indigestion. However the use of the stem bark of these
species in the preparation of herbal formulation or even home preparation is a predatory
practice, because recovery of the damage caused by removal of the bark takes years to
rebuild, if not eliminates the specimen. The aim of this work was the phytochemical and
biological study of the Licania macrophylla Benth and Pradosia huberi (Ducke) Ducke
species and compare the chemical composition of leaves and stem bark of both species, so
as to suggest that you can replace the use of shells stem by the leaves, and thus contribute
to the conservation of the species under discussion. The species studied were collected at
Porto Grande - Amapá - Brazil and specimens are deposited in the Herbarium Amapaense
HAMAB IEPA. The phytochemical study of the stem bark of the L. macrophyla Benth
(Chrysobalanaceae) species led to the isolation of (-)-4'-O-methyl-epigallocatechin-3'-O-α-
L-raminosídeo (LM-1), (-)-4'-methyl-epigallocatechin (Lm -2), while the leaves were
isolated pheophytin A (Lm-3), 132-hydroxy-(132-S) pheophytin A (Lm-4), pheophytin B
(Lm-5), β-sitosterol (Lm-6a ), stigmasterol (Lm-6b), β-sitosterol-O-glycoside (Lm-7),
alcohol betulínco (Lm-8) and oleanolic acid (Lm-9), the first not reported in the literature.
From species was isolated Pradosia huberi 2,3-dihidromiricetina-3-α-LO-raminosídeo
(Ph-1) and leaves the fatty ester erythrodiol (Ph-2), ester of fatty oleanolic acid (Ph-3) fatty
ester betulínco acid (Ph-4) and espinasterol (Ph-5), all identified by techniques 1H NMR
and 13C single and two-dimensional and comparisons with published literature. Evaluation
of antidiarrhoeal activity of the methanol extract of the stem bark (EMC) of L.
macrophylla showed that this does not interfere with intestinal parameters: modulation of
normal defecation, cathartic agent-induced diarrhea and intestinal transit stimulated. But
EMC had to be active against Staphylococcus aureus ATCC 25928, Pseudomonas
aeruginosa ATCC 25853 and Escherichia coli ATCC 10536, a result similar to that seen
with Lm-1. The methanol extract of leaves (EMF) of L. macrophylla was active against the
twelve bacterial strains tested, a result similar to that observed with Lm-4 and Lm-9.
Regarding the chemical constituents isolated from the stem bark and leaves in two species
can state that are not similar. Regarding the antimicrobial activity of EMC and EMF were
similar, suggesting that the activity is antidiarrhoeal proven that one should only
antimicrobial can be no substitution of the stem bark of the leaves. / O uso das plantas como recurso terapêutico tem ganhado destaque e tornado modismo no
mundo. No Brasil não é diferente, e nos últimos anos alguns estados da federação vem
implantando a fitoterapia como alternativa terapêutica para o sistema único de saúde.
Porém algumas dificuldades são encontradas, entre elas a falta de informações científicas
que subsidie o conhecimento tradicional de determinadas espécies. A espécie Licania
macrophylla Benth pertence a família Chrysobalanaceae e é conhecida popularmente por
anauera ou anuera . As cascas do caule dessa espécie é usada no estado do Amapá
como antidiarréica e amebicida. A espécie Pradosiahuberi Ducke, pertence à família
Sapotaceae, e é designada popularmente de casca doce ou pau doce , suas cascas do
caule são usadas pelos povos amazônicos como auxiliar no tratamento de problemas
gástricos e má digestão. No entanto o uso das cascas do caule dessas espécies na
preparação de fitoterápico ou mesmo em preparações caseiras é uma prática predatória,
pois a recuperação do dano causado pela retirada das cascas leva anos para sua
reconstituição, quando não elimina o espécime. O objetivo deste trabalho foi realizar o
estudo fitoquímico e biológico das espécies Licania macrophylla Benth e Pradosia huberi
(Ducke) Ducke e comparar a composição química entre folhas e cascas do caule das duas
espécies, de forma a sugerir se é possível substituir o uso das cascas do caule pelas folhas,
e assim contribuir com a conservação das espécies em discussão. As espécies estudadas
foram coletadas no município de Porto Grande Amapá Brasil e exsicatas estão
depositadas no Herbário Amapaense HAMAB do IEPA. O estudo fitoquímico das cascas
do caule da espécie L. macrophyla Benth (Chrysobalanaceae) levou ao isolamento de (-)-
4 -O-metil-epigalocatequina-3 -O-α-L-raminosídeo (Lm-1), (-)-4 -metil-epigalocatequina
(Lm-2), enquanto das folhas foram isoladas feofitina A (Lm-3), 132-hidroxi-(132-S)-
feofitinaA (Lm-4), feofitina B (Lm-5), β-sitosterol (Lm-6a), estigmasterol (Lm-6b), β-Oglicosídeo-
sitosterol (Lm-7), álcool betulínco (Lm-8) e ácido oleanólico (Lm-9), sendo o
primeiro não relatado na literatura. Da espécie Pradosiahuberi foi isolado 2,3-
dihidromiricetina-3-α-L-O-raminosídeo (Ph-1) e das folhas éster graxo do eritrodiol (Ph-
2), éster graxo do ácido oleanólico (Ph-3), éster graxo do ácido betulínco (Ph-4) e
espinasterol (Ph-5), todas identificadas através de técnicas de RMN de 1H e 13C uni e
bidimensionais e comparações com a literatura. A avaliação da atividade antidiarréica do
extrato metanólico das cascas do caule (EMC) de L. macrophylla mostrou que esse não
interfere nos parâmetros intestinais: modulação da defecação normal; diarréia induzida por
agente catártico e trânsito intestinal estimulado. Porém EMC apresentou-se ativo frente à
Staphylococcus aureus ATCC 25928, Pseudomonas aeruginosa ATCC 25853 e
Escherichia coli ATCC 10536, resultado semelhante ao obtido com Lm-1. O extrato
metanólico das folhas (EMF) de L. macrophylla mostrou-se ativo frente as doze cepas
bactérianas testadas, resultado semelhante ao observado com Lm-4 e Lm-9. No que se
refere aos constituintes químicos isolados das cascas do caule e folhas nas duas espécies
pode-se afirmar que não são semelhantes. Já em relação a atividade antimicrobiana do
EMC e EMF esses apresentaram-se semelhantes, sugerindo que se a atividade antidiarréica
fica comprovada que se deve apenas a ação antimicrobiana pode-se haver substituição do
uso das cascas do caule pela folhas.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/6784
Date18 December 2008
CreatorsMedeiros, Fernando Antônio de
ContributorsSilva, Marcelo Sobral da
PublisherUniversidade Federal da Paraí­ba, Programa de Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, UFPB, BR, Farmacologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-3526991091727869, 600, 600, 600, 600, 1949513326075358303, 700814650651154363, 2075167498588264571

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