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Reflexões sobre o herói na literatura brasileira contemporânea: uma análise do romance O Cheiro do Ralo, de Lourenço Mutarelli

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Previous issue date: 2014-04-24 / Universidade Estadual da Paraíba / Exploring the crossroads between different artistic languages and influenced by
authors such as Dostoevsky, Kafka, Paul Auster, James Ellroy, Kurt Vonnegut,
Ferréz, Valêncio Xavier and Glauco Matoso (some of these are mentioned in O
cheiro do ralo) Lourenço Mutarelli emerges in the Brazilian literature of the XXI
century producing works that, rather than provoke admiration and delight, provoke
unease and estrangement. His novels generally have a hybrid language, inherited
from his production as an author of comics, as an actor and as a dramatist, and it is
deeply marked by oraliture, by references and reverence to his favorite authors, by
pop and popular culture, by crime and eschatology and, most of all, by the urban
settings. His characters, noticeable by their alienation, their lack of sense for the
existence, reflect a reality that is increasingly common in contemporary life:
fragmented, disillusioned, disoriented and frustrated people; men who, unable to
cope with their own feelings, close themselves in a psychological universe grounded
in dark and unhealthy individualism; narrators who sometimes lurk, as we see in
Nada me faltará, or reveal their most intimate thoughts, as in O cheiro do ralo; heroes
who, instead of virtues, have only vices. In our research, seeking to uncover the
settings of contemporary hero in the novel O cheiro do ralo, by Lourenço Mutarelli,
we reflect about his idiosyncrasies, as well as how this hero is portrayed and what
kind of human being he is. We wonder: Can we call the unnamed protagonist of O
cheiro do ralo a hero? If so or if not, why? How does the characterization of this hero
happens? What kind of man the narrative paints? What traits (behaviors,
preferences, values) show signs of the various constitutive dimensions of the
supposed hero? In order to think about these questions we develop a bibliographical
research based on qualitative-interpretative assumptions, in which, initially, we
discuss the novel as a literary genre (based on authors like Lucáks, Maingueneau
and Watt) and the concept of hero we use (by Campbell, Jung and Meletínski). In
chapters two and three, we undertook a detailed analysis of the narrative,
emphasizing the most significant moments of the characterization of the hero. In the
last chapter, these characteristics were observed through the concepts of perversion
(by Freud) and of individualism, inspired by the discussion about the contemporary
times prompted by Agamben. / Explorando as encruzilhadas entre as diferentes linguagens artísticas e influenciado
por autores como Dostoiévski, Kafka, Paul Auster, James Ellroy, Kurt Vonnegut,
Ferréz, Valêncio Xavier e Glauco Matoso (alguns destes homenageados em O
cheiro do ralo), Lourenço Mutarelli emerge na literatura brasileira do século XXI
produzindo obras que, antes de provocar admiração e deleite, provocam
estranhamento e inquietação. Seus romances, em geral, têm uma linguagem híbrida,
herdada de sua produção como autor de histórias em quadrinhos, dramaturgo, ator e
roteirista, muito marcada pela oralidade, pelas referências e reverências aos seus
autores favoritos, pela cultura pop e popular, pelo crime, pela escatologia e pelo
cenário urbano. Seus personagens, caracterizados pelo alheamento e pela
sensação de dessentido da existência, refletem uma realidade que é cada vez mais
comum na vida contemporânea: sujeitos fragmentados, desiludidos, desorientados e
frustrados; homens que, incapazes de lidar com seus próprios sentimentos,
recolhem-se num universo psicológico pautado na obscuridade e no individualismo
doentio; narradores que ora se ocultam, como vemos em Nada me faltará, ora
revelam suas mais escusas intimidades, como ocorre em O cheiro do ralo; heróis
que, ao invés de virtudes, ostentam apenas vícios. Em nossa pesquisa, buscando
conhecer as configurações do herói contemporâneo no romance O Cheiro do Ralo,
de Lourenço Mutarelli, refletimos a respeito de suas idiossincrasias, bem como sobre
de que modo este herói é retratado e que tipo de ser humano ele representa,
questionamo-nos: Será que podemos chamar o protagonista sem nome d'O cheiro
do ralo de herói? Se sim ou se não, por quê? Como se dá a caracterização desse
herói? Que tipo de homem a narrativa pinta? Que traços (comportamentos,
preferências, valores) dão mostras das várias dimensões constitutivas do suposto
herói e de seu tempo? A fim de trabalhar estes questionamentos, desenvolvemos
uma pesquisa de natureza bibliográfica com base em pressupostos qualitativointerpretativos,
na qual, inicialmente, discutimos a questão do romance enquanto
gênero (baseada em autores como Lucáks, Maingueneau e Watt) e o conceito de
herói (para Campbell, Meletínski e Jung) que utilizamos. Nos capítulos dois e três,
empreendemos uma análise detalhada da obra, frisando os momentos mais
significativos da caracterização do herói e, no último capítulo, observamos estas
características, principalmente a perversão (para Freud) e o individualismo, à luz da
discussão sobre o contemporâneo ensejada por Agamben.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/2526
Date24 April 2014
CreatorsSantos, Renata Oliveira dos
ContributorsQueiroz, Rosângela Maria Soares de
PublisherUniversidade Estadual da Paraíba, Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI, UEPB, Brasil, Centro de Educação - CEDUC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB, instname:Universidade Estadual da Paraíba, instacron:UEPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-33720892889466387, 600, 600, 600, -3913650091454659684, -1988061944270133392

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