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[en] SHORT NARRATIVE RESISTANCE: THE VERY SHORT STORIES THROUGH THREE VOICES / [pt] PEQUENAS RESISTÊNCIAS DA NARRATIVA: A MICROFICCÇÃO EM TRÊS VOZES

[pt] O relato brevíssimo é um espaço particular que vem
experimentando um crescimento sustentado desde meados do
século XX, especialmente na América Latina. Uma plétora de
escritores e de antologias organizadas nesse formato
invadiu o mercado editorial hispano-americano nos últimos
anos. Trata-se da microficção, uma narrativa que cabe no
espaço de uma página. Muitas das ferramentas narrativas dos
pequenos relatos provêm do conto, do qual herda a
capacidade de criar uma tensão, um ritmo que se traduz na
sua pulsão interna, embora nelas também haja ressonâncias de
outros gêneros. Na economia da linguagem da microficção
esconde-se um olhar lúdico com forte presença do
humor e da paródia no tratamento de certas temáticas.
Situações do cotidiano, contos populares ou versões
corriqueiras de clássicos da literatura misturam-se
com ângulos inéditos da condição humana. Vozes aparentemente
anônimas trazem de um lugar de não-tempo e de não-espaço
histórias que provocam um despertar dos sentidos sobre
aquilo que, em princípio, parece inexplicável. A
perspectiva de análise a que nos propomos é a da recriação
da tendência atual da praxis cultural de desintegração dos
gêneros, examinando alguns de seus antecedentes, várias das
características que constituem as microficções, como
também a idéia de resistência que a atomização da narrativa
em pequenos blocos (fragmentos) acarreta. A dissertação
aborda a microficção como uma forma de escrita fragmentária
e faz algumas leituras sobre a sua relação com a geometria
de fractais a partir da obra de Ana María Shua, Luisa
Valenzuela e Marina Colasanti. / [en] The very short stories belong to a particular narrative
space which has been experiencing a sustained growth since
the middle of XX century, especially in Latin America.
During the last years, many writers and anthologies around
this narrative form have appeared in hispano-american book
market. It`s the microfiction, a narrative that fits in a
single page. Many narrative tools of these fictions arise
from the short stories, from which they inherit the capacity
of recreate tension. A rhythm that is translated in an
internal pulse, even though resonances of other genres can
be identified in these minimum stories.
Microfiction´s language economy hides a ludic glance with a
strong presence of humor and parody in the treatment of
certain themes. Everyday situations, popular tales or
hilarious versions of literature`s classics are blended with
unknown perspectives of the human condition. Stories are
told by apparently anonimous voices from a field of no-time
and no-space inducing the awakening of senses
over those things that in principle seem unexplainable. The
analytical perspective that this study proposes is the
recreation of the current cultural praxis trends of
genre disintegration, by looking at some of its previous
manifestations, its constitutive characteristics, as well as
the implications of the resistance that the
atomization of narrative in small fragments brings about.
This thesis embraces microfiction as a fragmentary
narrative, also analysing its relationship with fractal
geometry throughout Ana Maria Shua, Luisa Valenzuela and
Marina Colasanti`s work.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:12216
Date22 September 2008
CreatorsCARLA VICTORIA ALBORNOZ
ContributorsKARL ERIK SCHOLLHAMMER
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTEXTO

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