A crise de 2008 deflagrou uma onda de questionamentos em relação à contribuição social dos bancos dada às inovações financeiras que atendiam desejos gananciosos enquanto milhões de pessoas continuavam excluídas de crédito e de cidadania, tem-se aí um quadro de crise de legitimidade. O desafio da sustentabilidade se torna cada vez mais popular, fazendo com que a crescente preocupação com os impactos socioambientais das nossas ações seja incorporada ao conjunto de valores da sociedade com impacto, também, sobre a licença social para os bancos existirem, dado que por trás de muitos empreendimentos que devastam nossos capitais social e natural tem o financiamento bancário. O que fazer perante uma crise desta? Trabalhar para retornar ao estado anterior à eclosão do problema ou assumir a responsabilidade para a mudança? Esta tese visa a olhar como os bancos podem responder aos desafios deste cenário de convergências de crise (notadamente, uma econômica e outra ambiental). Mostramos que ao adotarem a transição para a sustentabilidade como negócio central implicando em práticas que não parecem economicamente atraentes (ou responsável), como o financiamento para atingir uma escala ótima de produção e consumo, o fomento ao decrescimento ou à estabilização para manter esta escala, o uso de moedas complementares junto a moedas convencionais e a organização de processos em rede, na verdade, estão desenvolvendo e explorando a nova fonte de vantagem competitiva e de manutenção dos bancos a longo prazo, trazendo diversos benefícios para a empresa e para a sociedade, numa verdadeira relação simbiótica. / The 2008 crisis triggered a wave of questions concerning the social contribution of banks given the financial innovations that met greedy desires while millions of people were still excluded from credit and citizenship, that brings us to a legitimacy crisis. The sustainability challenge becomes increasingly popular, that is, or growing concern about the social and environmental impacts of our actions becomes embedded in our societys set of values. That has a strong impact on the social license for banks to operate, given that many projects that devastate our social and natural capital are bank financed. What to do before such a crisis? Work hard to return to the state before the onset of the problem or take responsibility for change? This thesis aims to answer how banks can meet the challenges of this scenario of converging crises (notably, an economic and an environmental crisis). We show that by adopting the transition to sustainability as a core business resulting in practices that do not seem economically attractive (or responsible), as funding to achieve an optimal scale of production and consumption, and then promoting the decrease or stabilization to maintain this scale, the use of complementary currencies with conventional ones and creating network processes, in fact, are actually developing and exploring the new source of competitive advantage and maintenance of banks operations in the long term, bringing many benefits to companies and to society, in a true symbiotic relationship.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-05092015-150250 |
Date | 19 August 2015 |
Creators | Luis Felipe Bismarchi |
Contributors | Maria Cecilia Loschiavo dos Santos, Sylmara Lopes Francelino Gonçalves Dias, Ana Cristina Limongi Franca, Derk Loorbach, Armindo dos Santos de Sousa Teodosio |
Publisher | Universidade de São Paulo, Ciência Ambiental, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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