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Previous issue date: 2017-02-22 / Não recebi financiamento / The present research aims to understand and analyze the suffering in the work from the perspective of the teacher of Basic Education. As suffering and pleasure are not incompatible, but a contradictory and inseparable pair, we deal not only with what makes suffering at work, but how teachers deal with this suffering, just as we consider the possibilities of pleasure that arise in this struggle. In this investigation we examine the reality of a municipal public school in the peripheral zone of a municipality in the State of São Paulo. The research is based on the theoretical reference of the Psychodynamics of Work, as well as on studies concerning the Brazilian basic education that analyze the developments of the State Reform in educational policies and in the teaching work. The analysis is anchored in data obtained in the years 2015 and 2016 through a questionnaire answered by a sample of 29 teachers; semi-structured interviews conducted with 8 teachers; official documents of Brazilian fundamental education and municipal education; data from the Division of Medicine and Safety at Work concerning the deviations for health motives of the municipal teachers. The categories of analysis constructed - conditions and work routine; recognition and work relations; autonomy and meaning in the work; the feminine condition in the teaching work - allowed to understand the conflicts between suffering and pleasure and in what way they interfere in the work, subjectivity and health. The daily work is composed of high loads of hours/class, intensification of the rhythms and demands and invasion of labor in the spaces of non work, in a context of objective and subjective precarization. In the working relationships established between the peers working in the same school year the recognition is configured as punctual, if not limited. Strategies have been identified to fight for recognition. About half of the group stays in school every year and part of it shares a political ideal of transformative education. The collective, contradictory unity contains internal quarrels and disagreements, which hinder and/or create obstacles to cooperative and solidarity relations. There are objective and subjective impediments that alienate them from the authentic meaning of work. Suffering and illness were identified in the narrative of six of the eight interviewees. Pleasure and suffering coexist, but suffering overcomes pleasure, in a context of precariousness and degradation of oneself and of the collectives, subjecting workers to wear and tear, so as to affect their well-being, health, professional identity and quality of work. / A presente pesquisa tem o objetivo de compreender e analisar o sofrimento no trabalho a partir da perspectiva do professor da Educação Básica. Como sofrimento e prazer não são incompatíveis, mas sim um par contraditório e indissociável, tratamos não somente daquilo que no trabalho faz sofrer, mas sim como os professores lidam com o sofrimento, de forma a considerarmos as possibilidades de prazer que surgem no embate desse par. No percurso investigativo examinamos a realidade de uma escola pública municipal da zona periférica de um município do Estado de São Paulo. A pesquisa se pauta no referencial teórico da Psicodinâmica do Trabalho, como também em estudos referentes à educação básica brasileira que analisam os desdobramentos da Reforma do Estado nas políticas educacionais e no trabalho docente. A análise se ancora em dados obtidos nos anos 2015 e 2016 por meio de: questionário respondido por uma amostra de 29 professores; entrevistas semiestruturadas com 8 professores; documentos oficiais da educação fundamental brasileira e educação municipal; dados da Divisão de Medicina e Segurança do Trabalho sobre afastamentos por motivos de saúde dos professores. As categorias de análise construídas - condições e cotidiano de trabalho; reconhecimento e relações de trabalho; autonomia e sentido no trabalho; a condição feminina no trabalho docente - permitiram compreender os embates entre sofrimento e prazer e de que maneira interferem no trabalho, subjetividade e saúde. O cotidiano de trabalho é constituído por cargas elevadas de horas/aula, intensificação dos ritmos e demandas e invasão do labor nos espaços de não trabalho, em um contexto de precarização objetiva e subjetiva. Nas relações de trabalho estabelecidas entre os pares que trabalham no mesmo ano escolar o reconhecimento se configura como pontual, senão limitado. Identificou-se haver estratégias de luta para o reconhecimento. Cerca de metade do grupo se mantém na escola todos os anos e parte dele partilha de um ideal político de educação transformadora. A unidade coletiva, contraditória, contém rixas e desavenças internas que dificultam e/ou criam obstáculos às relações cooperativas e solidárias. Há impedimentos objetivos e subjetivos que os afastam do sentido autêntico do trabalho. Sofrimento e adoecimento foram identificados na narrativa de seis dos oito entrevistados. Prazer e sofrimento coexistem, mas o sofrimento se sobrepõe ao prazer, num contexto de precariedade, degradação de si e dos coletivos, submetendo trabalhadores a um desgaste que afeta o bem-estar, saúde, identidade profissional e qualidade do trabalho.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/9375 |
Date | 22 February 2017 |
Creators | Reis, Geny Gonçalves dos |
Contributors | Silva, Eduardo Pinto e |
Publisher | Universidade Federal de São Carlos, Câmpus São Carlos, Programa de Pós-graduação em Educação, UFSCar |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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