Return to search

Existencialismo e marxismo - a filosofia de Sartre entre a liberdade e a história.

Made available in DSpace on 2016-06-02T20:12:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1
TeseLDS.pdf: 1095408 bytes, checksum: 5bbb665a182ba0862a422a92de650c4e (MD5)
Previous issue date: 2006-09-05 / Universidade Federal de Minas Gerais / L uvre de Sartre, depuis La transcendance de l Ego (1934) jusqu aux incomplets
Cahiers pour une morale (1983), est traversée par un axe thématique commun :
montrer la liberté humaine comme fondement du réel. Malgré toutes les difficultés
théoriques que cette philosophie a dû affronter un demi-siècle durant, la
consolidation de la liberté face à tout déterminisme ou causalisme fut sans aucun
doute l idéal de la production théorique et de la pratique du philosophe. C est la
philosophie allemande (Husserl et Heidegger), au vu de la possibilité qu elle offre de
surmonter les difficultés posées par une philosophie de la subjectivité absolue, qui a
permis le moment glorieux de la pensée sartrienne; toutefois, la doctrine de la liberté
présentée dans l Être et le Néant (1943) résulte en une réalité humaine absolument
vide, et ce n est certainement pas à partir de cette notion d homme que Sartre pourra
interroger les faits historiques et la société. Il est urgent de produire, dans un cadre
théorique, une synthèse philosophique entre la philosophie subjective de la phase
l Être et le Néant et le marxisme, philosophie indépassable de cette époque (Critique
de la raison dialectique, 1960). C est dans ce but que Sartre, dans la Critique,
chercha à mettre en évidence le fondement ontologique du matérialisme historique à
partir des conditions formelles de possibilité et d intelligibilité de la dialectique de
l histoire. C est dans ce contexte que se situe la problématique de cette recherche :
comprendre de quelle façon l histoire, qui du point de vue existentialiste est un
produit de la liberté humaine, peut se retourner contre l homme et faire de celui-ci un
objet qui ne fait que participer au processus historique. Ce problème n est que le
point de départ de beaucoup d autres et porte en lui les possibles interprétations que
l on peut faire de l oeuvre de Sartre : son rapprochement avec le marxisme exigea-t-il
qu il reniât son ontologie phénoménologique ? Peut-on parler d un premier Sartre,
partisan de la liberté, et d un second, marxiste ? Ou bien son oeuvre peut-elle être
lue comme un tout où la Critique serait un développement de L Être et le Néant ?
C est pour répondre à ces questions que nous avons développé cette recherche. / A obra de Sartre, desde A transcendência do Ego (1934) até os incompletos
Cadernos para uma Moral (1983), apresenta um eixo temático comum: mostrar a
liberdade humana como fundamento do real. Mesmo diante de todas as dificuldades
teóricas que essa filosofia encontra ao longo de quase meio século, consolidar a
liberdade frente a todo determinismo ou casuísmo foi, sem dúvida alguma, o ideal da
produção teórica e da prática do filósofo. A filosofia alemã (Husserl e Heidegger)
permitiu o momento glorioso do pensamento sartriano, uma vez que tornou possível
suprimir as dificuldades que uma filosofia da subjetividade absoluta pode colocar;
mas a doutrina da liberdade, apresentada em O Ser e o Nada (1943), redunda numa
realidade humana absolutamente vazia. Certamente não é dessa noção de homem
que Sartre poderá falar dos fatos históricos que se sucedem a partir de 1943. No
âmbito teórico se torna urgente produzir uma síntese filosófica entre a filosofia
subjetiva da fase de O Ser e o Nada e o marxismo, filosofia insuperável de sua
época (Critica da Razão Dialética, 1960). É com esse objetivo que Sartre, na Crítica,
procura fundamentar ontologicamente o materialismo histórico a partir das condições
formais de possibilidade e inteligibilidade da dialética da história. Nesse panorama
se insere o problema da presente pesquisa: compreender como a história, que na
perspectiva do existencialismo é produto da liberdade humana, pode se voltar contra
o homem e torná-lo um objeto que simplesmente participa do processo histórico.
Esse problema se desmembra numa série de outros, e tem no horizonte as
possíveis interpretações que se pode fazer da obra de Sartre: sua aproximação do
marxismo exigiu que ele renegasse sua ontologia fenomenológica? Pode-se falar
que há um primeiro Sartre, partidário da liberdade, e um segundo, marxista? Ou sua
obra pode ser lida como um todo, sendo a Crítica um desdobramento de O Ser e o
Nada? Para responder essas questões desenvolvemos esse trabalho.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/4739
Date05 September 2006
CreatorsSilva, Luciano Donizetti da
ContributorsFerraz Júnior, Bento Prado de Almeida
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Filosofia e Metodologia das Ciências, UFSCar, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageFrench
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0016 seconds