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Estrutura termohalina e massas d Água na Zona Econômica Exclusiva do NE brasileiro

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Previous issue date: 2003 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / No ambiente marinho, não só as relações térmicas e salinas são
responsáveis pela distribuição da vida neste habitat, como também sua
produtividade depende do suprimento de sais nutrientes em áreas com quantidade
de luz suficiente. O presente trabalho enfoca a estrutura termohalina e as massas
de água no ambiente da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Nordeste brasileiro e
os processos físico-oceanográficos ali atuantes, em particular, ressurgência de
borda de plataforma. Os dados foram obtidos durante as campanhas
oceanográficas NEI, NEII, NEIII e NEIV do programa REVIZEE/SCORE NE, a bordo
do NOc. Antares da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), Marinha do Brasil
em ago-out/95 (inverno), jan-abr/97 (verão), abr-jul/98 (outono) e set-dez/00
(primavera) e compreenderam levantamentos em grande escala da estrutura
termohalina (618 perfis de CTD e 396 perfis de XBT) e da microestrutura termohalina
(25 perfis de SCAMP), para o trecho costeiro Recife-Salvador. Na ZEE-NE, o campo
superficial de temperatura, é bastante homogêneo, com uma elevação global de 1,5
graus entre os períodos de primavera e verão/outono, com a maior variabilidade
sendo registrada para o nível de 100 m de profundidade (amplitude=12 °C) devido a
diferenças, ao longo da área, na profundidade de início da termoclina. Aos 200 m de
profundidade, a amplitude térmica cai 9°C, sendo cerca de 3°C ao nível limite da
ZEE (500 m) e comparável àquela de superfície aos 900 m de profundidade. A
salinidade aumenta em direção à costa brasileira, com as isohalinas seguindo o
contorno geral da costa para o trecho entre o Recife e a foz do Rio Parnaíba. No
trecho Recife-Salvador a distribuição das isolinhas tem um caráter mais zonal,
com a salinidade aumentando com a latitude. A camada mais superficial (primeiros
50 m) do trecho sul da ZEE-NE, apresentou um forte gradiente da salinidade, com
os maiores valores sendo encontrados mais próximos à costa. Este padrão, no
entanto, não foi verificado para as camadas mais profundas ou para o período de
verão. Um máximo de salinidade sub-superficial cerca de 1 a 1,5 unidades
superior aos valores da superfície esteve presente entre os 50 e 100 m de
profundidade, correspondendo aproximadamente à profundidade de início da
termoclina. O máximo de salinidade tende a ser mais acentuado para a área sul da ZEE-NE (LAT>5°). Na camada mais superficial, os diagramas T-S indicaram a
presença da Água Tropical Superficial (ATS), com salinidade superior a 36 usp e
temperatura acima de 20° C. Esta massa ocupa os primeiros 150-200 m de
profundidade. O primeiro ponto de inflexão do diagrama corresponde a região do
máximo de salinidade subsuperficial. Abaixo da ATS, encontramos a Água Central
do Atlântico Sul (ACAS) correspondendo ao trecho linear do diagrama T-S.
Apresenta salinidade entre 34,5 e 36,0 usp e temperatura entre 5° e 20° C,
ocupando a camada até os 800 m de profundidade.Abaixo dela, encontramos a
Água Antártica Intermediária (AAI), caracterizada por uma salinidade mínima. Em
toda a área a presença de uma termoclina permanente e bem definida é uma
constante. Verifica-se um aprofundamento da termoclina com o aumento de latitude
e contra a costa ao longo do trecho sul da ZEE-NE. Sazonalmente, para as áreas
de ilhas e bancos oceânicos e ao longo do trecho sul da costa, entre Recife e
Salvador, principalmente entre Aracaju e Salvador, verifica-se perturbações na
estrutura termohalina, com soerguimento de sub-superfície das isotermas
associado à formação de vórtices pela interação das correntes com o relevo
marinho, ou ainda formação de ondas internas e/ou de remoinhos pelo
desprendimento de meandros da corrente do Brasil

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8881
Date January 2003
CreatorsCristiano de Freitas, Isaac
ContributorsMedeiros Limongi, Carmen
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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