Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. / Made available in DSpace on 2012-10-20T18:36:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
190837.pdf: 530638 bytes, checksum: 91e5f2b0f6ae83a77e24174be53c265b (MD5) / A entrevista médica é um momento da relação médico-paciente em que a conversação é o instrumento utilizado para obter e registrar dados sobre o paciente. O diálogo que se estabelece tem objetivo e finalidade preestabelecidos, isto é, a reconstituição dos fatos e acontecimentos direta ou indiretamente relacionados com uma situação anormal na vida do paciente. A entrevista médica pode ser conduzida de várias maneiras: deixando-se o paciente relatar livre e espontaneamente suas queixas sem qualquer interferência do entrevistador, que se limita a ouvi-lo. Outra maneira é o que se pode denominar anamnese dirigida. Após análise e ponderação de todos os achados clínicos (sinais e sintomas), o médico estabelece as prováveis hipóteses diagnósticas. O processo é bastante complexo e os erros no diagnóstico podem ser devidos à conduta imperfeita no procedimento. O número de fatos que podem ser recolhidos numa história detalhada é praticamente incontável. Assim, toda questão que o médico pergunta deve ser cuidadosamente selecionada para eliminar alguns possíveis diagnósticos e para orientar a investigação da maneira mais objetiva possível. Diante do acima exposto, considerando-se a necessidade de estudos na área; torna-se premente a intenção de realizar um estudo com o objetivo de testar o modelo de entrevista médica. Para isto, foi testado um novo modelo de entrevista médica para a situação clínica: pacientes com dor torácica. Pacientes atendidos no Hospital Universitário da UFSC, com dor torácica, foram convidados a participar do estudo. Após o consentimento livre e esclarecido foi efetuada gravação com áudio da entrevista médica. Os dados registrados foram a queixa principal e a história da doença atual. A avaliação do modelo foi feita pela pesquisadora, sob o enfoque da análise da conversação, através de formulário padronizado. Foram selecionados para o estudo 30 pacientes; a média do tempo de entrevista foi de 41 minutos (17 a 63 minutos). Foram registrados 190 marcadores conversacionais, 25 marcas de atenção e 46,7% de comunicação não-verbal. Os recursos não-verbais utilizados pelos pacientes foram cinésica (n=183), paralinguagem (n=77); silêncio (n=20), proxêmica (n=4) e tacêsica (n=3). As mulheres utilizaram mais a paralinguagem do que os homens entrevistados. A média de ocorrência de cinésica foi maior nos pacientes entrevistados no ambulatório. Foi demonstrado que os princípios de análise da conversação têm aplicabilidade em entrevista médica; e podem otimizar a entrevista médica, aperfeiçoando a habilidade da comunicação na interação médico-paciente.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/85429 |
Date | January 2003 |
Creators | Heinisch, Liana Miriam Miranda |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Fialho, Francisco Antonio Pereira |
Publisher | Florianópolis, SC |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 129 f.| tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0021 seconds